setembro 27, 2008

Cientistas explicam como o cérebro reage .

25/09/08 - 20h03 - Atualizado em 25/09/08 - 21h28

Cientistas explicam como o cérebro reage à leitura
O cérebro junta as regiões da linguagem e da visão para a atividade.
Lado esquerdo, atrás da orelha, é ativado.

Do G1, com informações do Jornal Nacional

O prazer de ler, todo mundo compreende. O que ninguém nunca soube explicar é de que forma isso acontece na cabeça das pessoas. Com a participação de pesquisadores brasileiros, a ciência conseguiu, pela primeira vez, fazer o mapa da leitura no cérebro humano.


Veja o site do Jornal Nacional

Cientistas afirmam que, para cada sentido, para cada função, o cérebro reservou uma área. A região da audição, por exemplo, é acima da orelha. A da visão, atrás da cabeça. Mas, para a leitura, o cérebro ainda não teve tempo de desenvolver uma região específica. “A escrita tem cinco mil anos. Considerando o desenvolvimento da espécie humana, é muito recente”, explica a neurocientista do Hospital Sarah, Lúcia Braga.



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No DF, crianças aprendem a ler brincando 39% dos leitores do país têm entre 5 e 17 anos
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Neurocientistas do Hospital Sarah, de Brasília, e do Centro Neurospin, de Paris, descobriram que o cérebro junta as regiões da linguagem e da visão para proporcionar a leitura. O neurocientista francês Stanislas Dehaene afirma que o lado esquerdo do cérebro é ativado durante a leitura, precisamente atrás da orelha. A descoberta foi feita ao se submeter estímulos visuais dois grupos de pessoas examinadas pela máquina de ressonância magnética: alfabetizados e analfabetos.

“As pessoas alfabetizadas, ao lerem, elas ativam esse circuito. E as pessoas analfabetas, ao serem expostas a letras, não ativam esse circuito”, relata a neurocientista Lúcia Braga.

Ela afirma que saber exatamente como o cérebro aciona a leitura abre novas possibilidades para a medicina. “Por exemplo, no diagnóstico da dislexia, no tratamento de pessoas que tiveram traumatismo craniano. O descobrir, desvendar os mistérios do cérebro é uma coisa fantástica e é um passo para o desenvolvimento”.



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setembro 24, 2008

Há 15 anos existem leis de proteção aos disléxicos nos Estados Unidos..


Dislexia
Associação Brasileira de Dislexia

Dislexia

"É uma dificuldade acentuada que ocorre no processo da leitura e da escrita. É uma incapacidade de ler, como as outras crianças, apesar de possuir uma inteligência normal, boa saúde e órgãos sensoriais intactos". Maria Ângela Nogueira Nico – Coordenadora da Associação Brasileira de Dislexia – ABD

A autora acima recomenda que, aos comprovados disléxicos, seja dada maior ênfase à aplicação de provas orais, visto sua grande dificuldade na parte escrita. Os disléxicos trocam fonemas na escrita. Ex. veio – feio; vaca – faca; bato – pato , etc., fazem inversões, separações, junções inadequadas.

Já se sabe que a dislexia tem causas genéticas: é provocada por alterações nos cromossomos 6 e 15. O Neurologista norte-americano Albert M. Galaburda, uma das maiores autoridades internacionais no assunto, dissecou cérebros de disléxicos e detectou outras causas que provocam o distúrbio. São ectopias ( células fora do lugar ) e displasias ( células com funções diferentes ).

A dislexia faz vítimas em todas as camadas sociais, muitas vezes impedindo o progresso e a ascensão social dos que apresentam o problema. Mas isso não é regra. O bem sucedido empresário Mauricio Abdala é um ótimo exemplo de que o distúrbio não impede a realização profissional e pessoal.

Mauricio Abdala tem convicção de que os disléxicos são criativos, raciocinam bem e enxergam longe. Vão até além dos normais, se ajudados em tempo hábil.

Em outros países, como os Estados Unidos e a Inglaterra, a ampla conscientização das autoridades, dos pais e professores, faz com que as pessoas com dislexia sejam adequadamente tratadas e orientadas na escola, no lar e nos demais ambientes sociais. Esta forma de agir evita que elas abandonem os estudos ou se submetam a posições sociais subalternas, deixando de lado potenciais que podem ter destaque na sociedade, como foram os casos de Albert Einstein, Thomas Edison, Leonardo da Vinci, Hans Christian Anderssen, Agatha Christie e Walt Disney, todos portadores de distúrbios de aprendizagem.

Outros disléxicos famosos, estes da atualidade, são os atores norte-americanos Tom Cruise, Whoopy Goldberg e Cher reconhecidos e admirados mundialmente pela competência, graça e criatividade com que desenvolvem os personagens.

Há 15 anos existem leis de proteção aos disléxicos nos Estados Unidos. Existem escolas e universidades onde é permitido o uso do computador em sala de aula para a criança disléxica que tenha disgrafia. Na Inglaterra, há um canal de televisão para os disléxicos exporem suas dúvidas, dificuldades e conquistas. Há inúmeras pesquisas em andamento, a respeito do disléxico, todas com o apoio do Ministério da Educação.

Maria Ângela Nogueira Nico, Coordenadora da Associação Brasileira de Dislexia, lamenta a omissão do poder público e das Instituições de Ensino, em relação ao problema tão crucial do disléxico. Ainda pede Maria Ângela: "É importante que autoridades e coordenadores pedagógicos dêem mais atenção ao assunto".

Matéria extraída da Revista Supra Ensino – Páginas 36 e 37 – Edição 19 – Ano 3 – Março de 1998

setembro 23, 2008

Os diferentes tipos de dislexia


Os diferentes tipos de dislexia
Como prometido no último post, aqui ficam as explicações dos diferentes tipos de dislexia...

FONTE DE PESQUISA:
dislexianainfancia.blogs.sapo.pt/2007/04/

DISLEXIA ADQUIRIDA

O termo dislexia foi usado primeiramente por médicos para descrever as dificuldades de leitura e ortografia de doentes que tinham sofrido certos tipos de danos cerebrais.

Estes danos podem ter sido ocasionados por acidentes ou durante acções de guerra, ou como resultado de tumores, embolias, transtornos psiquiátricos, drogas os efeitos do envelhecimento. A dislexia não é uma enfermidade, senão um termo que se utiliza para descobrir sintomas de dano do cérebro: isto é a deterioração das funciones da leitura. Certos pacientes só têm problemas para ler e soletrar palavras compridas e pouco comuns, no entanto outros demonstram dificuldades em reconhecer as letras do alfabeto, e outros as "palavras pequenas" como "a", "se", "por", "porem". Alguns não conseguem ler bem em voz alta; outros conseguem faze-lo, mas sem compreender o que leram. Cada vez mais especialistas distinguem não só simplesmente entre graus de dificuldade de leitura, ortografia ou escrita, senão também entre tipos de dislexia adquirida como: profunda, superficial, central, semântica, auditiva e visual.


Em todos os casos de dislexia adquirida, os especialistas contam com sinais directos ou indirectos que suportem a sua opinião de que tais dificuldades são causadas em parte por dano cerebral. Os sinais directos são, por exemplo, o dano físico o lesão cerebral, e as evidencias reveladas por uma operação ou autopsia, ou quaisquer outros que mostrem que pudesse existir lesões cerebrais ou hemorragia, como numa embolia. Os sinais indirectos consistem em padrões irregulares numa electrencefalografia (EEG), reflexos anormais, ou dificuldades na coordenação e orientação mão/olho, por exemplo.



A dislexia visual
é a dificuldade para seguir e reter sequências visuais e para a análise e integração visual de quebra-cabeças e tarefas similares. Esta dificuldade caracteriza-se pela inabilidade para captar o significado dos símbolos da linguagem impressa. No esta relacionado com problemas de visão, só com a inabilidade de captar o que se vê. A maioria percepciona letras invertidas e percepciona também invertidas algumas partes das palavras e têm problemas com as sequências. Este tipo de dislexia é o mais fácil de corrigir, por meio de exercícios adequados pode-se aprender os signos gráficos com precisão e gradualmente aprender sequencias; porém a lentidão pode perscistir.

A dislexia auditiva
é a dificuldade de discriminar os sons de letras, reconhecer variações de sons, sequencias de, palavras, ordens e historias. Esta é a forma de dislexia máis difícil de corrigir e radica na inabilidade de perceber os sons separados (descontínuos) da linguagem oral. A maioria dos disléxicos auditivos apresenta uma audição normal. A sua faculdade discriminativa auditiva traz como consequência, grandes dificuldades no ditado e na composição.


O ensino da fonética tradicional carece de sentido para eles. Também apresentam dificuldades em repetir palavras que rimem, interpretar marcas diacríticas, aplicar generalizações fonéticas e pronunciar palavras com exactidão, tendo estas crianças obstruídas as relações fundamentais de sons e símbolos da linguagem o seu transtorno torna difícil de corrigir, e as ideias e exercícios especialmente pensados para eles requerem de muita paciência, tanto para o docente como para a criança. Regra geral, os disléxicos auditivos devem delinear os seus próprios exercícios de soletrar e outras tarefas análogas.




Na dislexia profunda ou fonética encontram-se erros de tipo semântico,
dificuldade para compreender o significado das palavras, com adição de prefixos e sufixos, maior facilidade para as palavras de conteúdo que para as de função.




A dislexia fonológica,
sobre a qual existem poucos trabalhos, encontram-se menos erros que na profunda.




A dislexia superficial
as crianças revelam dificuldades dependendo da longitude e complicação das palavras, como acontece a tantas crianças disléxicas.




DISLEXIA DO DESENVOLVIMENTO

Quando os médicos começaram a estudar as dificuldades na leitura, ditado e escrita nas crianças que eram saudáveis e normais, tiveram que fazer distinção entre estas crianças, e as vítimas de dislexia adquirida. Estes casos descreveram-nos como de dislexia específica do desenvolvimento ou dislexia congénita. Estes termos mais ou menos ambíguos empregam-se para indicar que as dificuldades destas crianças são constitucionais e não produto de alguma incapacidade primária da mente ou dos sentidos ou de falta de oportunidade educativa. A dislexia do desenvolvimento sugere, não que se fale do desenvolvimento da dislexia, senão que pode existir um atraso nalgum aspecto do desenvolvimento, alguma deficiência na maturação neural, que ocasiona as dificuldades da criança. A dislexia congénita simplesmente significa que a criança parece ter nascido com essas dificuldades. Supostamente grande parte de crianças incapacitados padecem de problemas disléxicos que se podem atribuir-se directamente às suas incapacidades primárias, como a paralisia cerebral e espinha bífida, porem o número de crianças incapacitados que também são disléxicas, é muito menor do que se deveria esperar, se considerar a gravidade das disfunções físicas de que são vitimas. Sem embargo, é focado aqui apenas a atenção para aquelas crianças que apresentam uma dislexia específica do desenvolvimento ou congénita, sem que existam outras irregularidades relacionadas directa ou indirectamente com as suas dificuldades de leitura, ortografia e escrita.



A diferencia da dislexia adquirida, da dislexia do desenvolvimento, demonstra ser na maioria dos casos a ausência de danos cerebrais directos. Também difere da primeira num aspecto fundamental: por dislexia adquirida se entende que o paciente já não consegue utilizar determinadas destrezas de que antes era capaz, em compensação a criança que apresenta uma dislexia do desenvolvimento, tem dificuldades para aprender essas ditas destrezas.

Dislexia e Outras Dif. de Aprendizagem


Descrição / Sumário:
Este livro foi escrito para os profissionais, pais e todos que tenham interesse em saber porque algumas crianças inteligentes têm dificuldades para aprender. Trata-se de um guia prático, abordando as dificuldades específicas de aprendizagem de uma forma equilibrada e abrangente. A ênfase é dada ao diagnóstico correto e aos meios simples, convencionais de ajudar as crianças a adquirir habilidades e a melhorar sua auto-estima.

Pistas para identificar dislexia


Pistas para identificar dislexia


Primeiros anos

0 Atraso na linguagem, comparando com as outras áreas de desenvolvimento


Anos pré-escolares:

0 Dificuldade em aprender canções, rimas e lenga-lengas;
0 Falha na apreciação de rimas;
0 Dificuldade em pronunciar as palavras, persistência da fala à bebé;
0 Dificuldade em aprender e lembrar nomes das letras;
0 Não saber bem as letras do seu próprio nome;
0 Dificuldade em lembrar nomes próprios.


Pré primário e primeiro ano:

0 Falha em perceber que as palavras se podem separar;
0 Falha em perceber que as palavras se podem segmentar em sons:
0 Dificuldade em ligar as letras a sons (por ex. a letra b ao som b);
0 Erros de leitura que revelam não ter ligação aos sons das letras;
0 Dificuldade ou incapacidade de ler palavras comuns de uma sílaba;
0 Queixas de que ler é muito difícil, foge quando é altura de ler;
0 História de problemas de leitura em familiares:

Áreas fortes:

0 Curiosidade;
0 Muita imaginação;
0 Apanha as coisas facilmente;
0 Adere facilmente a novas propostas;
0 Boa compreensão de novos conceitos;
0 Maturidade;
0 Vocabulário extenso para grupo etário;
0 Gosto por resolver puzzles;
0 Facilidade em construir modelos;
0 Boa compreensão de histórias lidas.


A partir do 2º ano

Problemas na fala

0 Má pronúncia de palavras longas e pouco familiares (omitir partes ou confundir a ordem);
0 Fala pouco fluente, com pausas e hesitações, com “hums...” enquanto fala;
0 Uso de linguagem imprecisa, referências vagas a “coisas” em vez o nome do objecto;
0 Não conseguir encontrar o nome exacto do objecto e confundir com palavras que têm um som parecido;
0 Precisa de tempo para dar uma resposta, não é de resposta rápida
0 Dificuldade em lembrar informações e factos (por exemplo nº de telefone, nomes, datas);

Problemas na leitura

0 Progresso muito lento;
0 Falta de estratégia para aprender novas palavras;
0 Dificuldade em ler palavras desconhecidas, adivinha a palavra, falha em soletrar de forma sistemática;
0 Dificuldade em ler as palavras pequenas de ligação (por, de, ...)
0 Atrapalha-se a ler palavras multisilábicas;
0 Omite partes de palavras ao ler, como se a palavra tivesse um buraco no meio;
0 Medo de ler em voz alta; evita ler em voz alta;
0 Substituições, omissões, má pronúncia;
0 A leitura é entrecortada e esforçada, não é fluente ou suave;
0 Tem falta de entoação;
0 Apoia-se no contexto para descodificar as palavras;
0 Lê melhor as palavras em contexto do que isoladas;
0 Rendimento muito mau em testes de escolha múltipla;
0 Não consegue acabar os testes dentro do tempo;
0 Substituição de palavras por outras com o mesmo significado (carro, automóvel)
0 Péssima ortografia;
0 Dificuldade em ler os problemas de matemática;
0 Leitura muito lenta e cansativa;
0 Os trabalhos de cãs nunca mais acabam, pede ajuda aos pais para lhe lerem;
0 Má caligrafia;
0 Muita dificuldade em aprender língua estrangeiras;
0 Evita a leitura lúdica;
0 A precisão de leitura vai melhorando mas continua a faltar fluência;
0 Baixa auto estima, com um sofrimento que nem sempre é visível para os outros.

Áreas fortes:

0 Excelentes capacidades cognitivas, conceptualização raciocínio, imaginação, abstracção;
0 Aprendizagem é atingida mais pela compreensão do que pela memorização;
0 Capacidade para apanhar as ideias principais;
0 Boa capacidade de compreensão do material que lhe é lido;
0 Habilidade para ler coisas dentro de uma área de interesses, em que fez uma sobreaprendizagem dos termos;
0 Excelente compreensão de vocabulário, pode ter um vocabulário sofisticado;
0 Muito bom em áreas que não dependam da leitura como matemática, computadores, artes visuais, ou em áreas mais conceptuais como filosofia, biologia, estudos sociais ou escrita criativa.

Jovens adultos e adultos

Problemas na fala

0 Persistência dos problemas anteriores na linguagem oral;
0 Má pronúncia de nomes de pessoas e lugares; tropeçar em partes de palavras;
0 Dificuldade em lembrar nomes de pessoas e lugares e confusão entre nomes com som parecido;
0 Dificuldade em evocar palavras, parece que estão “debaixo da língua”;
0 Falta de expressividade na fala, em particular quando é o centro das atenções;
0 Vocabulário compreensivo mais vasto que o expressivo, evitar usar palavras que podem ser mal pronunciadas;

Problemas na leitura

0 História de dificuldades de leitura e escrita na infância;
0 A leitura vai-se tornando mais precisa mas continua a envolver esforço;
0 Falta de fluência;
0 Embaraço na leitura oral, evitar participar em actividades que exijam leitura oral
0 Dificuldade em ler e pronunciar palavras pouco comuns ou estranhas;
0 Persistência de dificuldades de leitura;
0 Grande cansaço com a leitura;
0 Leitura lenta na maioria dos materiais: livros, revistas, legendas;
0 Dificuldade em testes de escolha múltipla;
0 Muito tempo gasto para ler materiais relacionados com a escola ou trabalho;
0 Prefere livros com figuras, gráficos ou esquemas;
0 Prefere livros com pouco texto em cada página;
0 Pouca tendência para ler por prazer;
0 A ortografia continua desastrosa e preferência por escrever palavras mais simples;

Áreas fortes:

0 Mantém as áreas fortes sinalizadas em anos anteriores;
0 Grande capacidade de aprendizagem;
0 Melhoria significativa quando tem mais tempo em testes de escolha múltipla;
0 Pode ser muito competente em áreas muito especializadas;
0 Pode ser muito bom em escrita se for o conteúdo o importante e não a ortografia;
0 Boa capacidade de expressão de ideias e de sentimentos;
0 Excelente capacidade de empatia e relacionamento caloroso com os outros;
0 Sucesso em áreas que não dependam da memorização de factos;
0 Talento para a conceptualização e capacidade para encontrar perspectivas originais;
0 Notável capacidade de adaptação a situações novas.

A VIDA SECRETA DA CRIANÇA COM DISLEXIA .


A VIDA SECRETA DA CRIANÇA COM DISLEXIA
Como ela pensa. Como ela se sente. Como eles podem ser bem-sucedidos.

Portador de dislexia, o autor, Robert Frank conta que sua dislexia não foi diagnosticada até a faculdade.

Hoje, casado e pai de dois filhos, argumenta que a criança com dislexia muitas vezes é confundida com uma criança pouco inteligente, preguiçosa e que finge não entender.

Segundo o autor, em “A Vida Secreta da Criança com Dislexia”, os pais finalmente vão descobrir pelo que os filhos passam todos os dias.

Sobre o autor

Robert Frank, Ph.D., é psicólogo educacional, terapeuta familiar e professor-assistente em Oakton Community College, em Des Plaines, Illinois. Sua dislexia não foi diagnosticada até a faculdade. Ele é casado e pai de dois filhos.

Disléxicos superam dificuldades .


Londrina, 05 de Setembro de 2008. ANO V. Edição nº 150
REPORTAGEM:

TIAGO RAFAEL, 6° SEMESTRE NOTURNO



A dislexia é um distúrbio caracterizado pela dificuldade na decodificação das palavras, leitura e oratória fluente. Ao contrário do que muitos pensam a disfunção não é um problema de ordem visual e sim uma baixa capacidade de formação da fala e escrita no cérebro. Estudos divulgados pela Associação Brasileira de Disléxicos (ABD) revelam que de 10 a 15% da população mundial é disléxica.

Pessoas desinformadas sobre o assunto relacionam as dificuldades dessas pessoas com desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa inteligência. Porém, para os especialistas, o problema é genético e hereditário. Apesar de ter outros talentos, o indivíduo com dislexia apresenta dificuldades para ler, escrever, incapacidade para decorar e copiar textos longos.

Na fase escolar o desempenho nas avaliações não é bom. Mesmo com perfeita audição e visão, o aluno com o distúrbio constrói um currículo acadêmico de fracasso. Na grande parte, a dislexia se manifesta no período da alfabetização, porém, existe uma parcela que descobre a disfunção apenas na fase adulta.

Embora haja tratamento, a dislexia não tem cura, já que não é considerada uma doença. No entanto, um fato que agrava a análise clínica é a dificuldade de diagnosticar o distúrbio. De acordo com o professor de Psicologia e especialista em dislexia, Vicente Martins, para descobrir o transtorno, é necessário uma equipe formada por psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo e neurologista.

Para amenizar os desgastes causados pela disfunção, o psicólogo sugeriu que esses quatro profissionais trabalhem juntos. "A dislexia pode se dividir em quatro gêneros e para cada caso se usa um tratamento diferente: intervenções pedagógicas, quando as dificuldades decorrem de métodos de ensino; neurológicas, quando motivadas por questões de déficit de memória, tendo acompanhamento do neurologista cognitivista; ajuda fonoaudiólogica, quando tiver relação direta na articulação dos sons da fala; trabalho psicológico, quando o agravante parte de ordem motivacional", explicou Martins.

Por ser semelhante a outros tipos de disfunções que resultam no déficit de aprendizado, a vítima do transtorno pode passar anos sofrendo sozinha e calada. Prova disto foi o caso da psicopedagoga Elizabete Rodrigues, 48 anos (foto abaixo), do Distrito Federal. Ela recebeu o diagnóstico há três anos. "Descobri que tinha dislexia apenas em 2005 quando estava concluindo meu TCC sobre problemas de aprendizagem. Até então, sofria calada e sozinha. Só tive consciência do que acontecia comigo quando meu emocional já estava totalmente comprometido", disse em entrevista ao ComTexto, por e-mail.

A profissional da educação afirmou que viveu a vida inteira com medo, envergonhada pelos erros ortográficos e a total incapacidade de escrever ao mesmo tempo em que outra pessoa falava. "Por toda minha vida, fui disfarçando meus erros para conseguir viver em um mundo letrado! Até que um dia não agüentei o estresse e resolvi buscar ajuda médica."

Elizabete disse que sentiu na pele como os profissionais estãodespreparados para diagnosticar um paciente portador de dislexia. "Cada profissional que eu procurei chegou a um diagnóstico diferente. O psiquiatra dizia que eu estava com depressão e ansiedade. A psicóloga afirmava hiperatividade. Para o reumatologista, era fibromialgia e estresse devido a minha incessante busca pela perfeição. O resultado foi que nenhum deles chegou a um diagnóstico claro", concluiu.

Na busca de melhorias para seu corpo e mente, Elizabete recorreu à medicina alternativa onde começou a praticar relaxamento e meditação. Em vão. Nenhuma dessas práticas resolveu o seu problema. À medida que o tempo passava, ela adquiriu outros agravantes. Gagueira, labirintite, refluxo, problemas na visão e esclerose múltipla foram alguns dos sintomas desencadeados pela dislexia.

Paralelo aos problemas de saúde, Elizabete tinha que cuidar dos filhos adolescentes, trabalhar, estudar e o mais triste: ajudar a mãe que estava com câncer. "Sem saber o que acontecia comigo, não deixei de lutar contra as dificuldades. Quando estava redigindo o meu TCC sobre os erros ortográficos e a visão dos professores diante deste quadro, entrei por acaso no site da Associação Brasileira de Dislexia e achei a explicação."

Elizabete afirmou que quando encontrou a causa da dificuldade que a angustiava se sentiu mais leve por entender o problema. "No momento em que descobri que tinha dislexia, achei a resposta para a minha incapacidade de ler e escrever. Todos os erros que eu cometia agora teriam uma explicação. A única coisa que me restava era revelar o meu maior segredo", ressaltou.

Mas, confessar aos 45 anos que tinha dislexia não foi uma tarefa fácil. Após lecionar para a rede de ensino, estar na conclusão da graduação e ter passado em um concurso público, ninguém acreditou que Elizabete sofria do transtorno. "As coisas não foram tão fáceis do jeito que eu imaginava. Os profissionais que cuidavam da minha saúde duvidaram da minha verdade. Todos pensavam que eu estava louca ou era mentirosa. Questionavam como eu tinha chegado até aquela graduação sendo disléxica. Achavam impossível eu ter aprendido a ler e escrever."

Para provar que realmente era disléxica, Elizabete teve que juntar dinheiro para viajar a São Paulo onde encontrou profissionais que confirmaram o diagnóstico. "Na sociedade existem muitos preconceitos e se recusar a aceitar o diferente é natural do ser humano", esclareceu.

Os sonhos da pedagoga não foram interrompidos pelo distúrbio. Mesmo com dificuldades, ela concluiu a graduação, se tornou professora alfabetizadora, fez pós-graduação em psicopedagogia e, atualmente, se prepara para mais uma especialização em neuropedagogia. Elizabete foi afastada do cargo de professora pelo governo do Distrito Federal por ser considerada incapaz de lecionar. Mesmo com o preconceito e dificuldades, a brasiliense não parou sua trajetória.

Fonte de pesquisa:
http://www13.unopar.br/unopar/publicacao/manchete.action?m=4030

Nascemos com um eixo genético



Agenda lotada faz crianças terem problemas de saúde de adultos

“Nós nascemos com um eixo genético para ser o que a gente é. Mas a interação desse eixo com o ambiente pode modificar esse funcionamento”, explicou o neuropediatra Deusvenir de Souza Carvalho, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ou seja, crianças com predisposição genética a uma doença – como, por exemplo, uma enxaqueca -- podem ter quadros extremamente leves ou até não-existentes se viverem em um ambiente tranqüilo. Crianças estressadas, pressionadas e preocupadas, no entanto, têm maiores chances de sofrerem com o problema. ( ,,,)
(...)Em outros casos, o estresse da criança aumenta porque os pais, ao não encontrarem causas para o problema, acham que é “frescura” do filho.

A principal causa desses problemas, para os dois especialistas, é a “profissionalização da infância”. “Mesmo quando os pais são tranqüilos, as crianças hoje lidam com uma infinidade de pressões. Dos colegas, da escola, da mídia. Elas têm que fazer dezenas de coisas por semana. E na hora de descansar e brincar, em vez de fazer algo relaxante, vão para o videogame”, critica Carrara.(...)

Deusvenir Carvalho concorda. “Ser pai e ser mãe é muito fácil, a natureza deu essa condição com a afetividade”, diz ele. O médico acredita que muitas vezes os pais buscam ser uma infinidade de outras coisas, psicólogos, psicoanalistas, terapeutas, para serem melhores – sendo que o ideal é que sejam apenas pais. Um pai próximo, carinhoso e companheiro é muito mais útil para o futuro de seu filho do que um que se preocupa apenas com a sua formação profissional, segundo ele.

Disléxicos superam dificuldades /CONTINUAÇÃO

Hoje recuperada das incertezas, a futura neuropedagoga dedica horas de trabalho para socializar o conhecimento adquirido, fruto de muita força de vontade, dedicação e superação. Em seu blog, a "sacerdote" da educação especial orienta familiares e a comunidade disléxica sobre direitos constitucionais além de confabularem experiências. "Apesar de todas as barreiras, decidi seguir em frente para ajudar outras pessoas. Não gosto de ficar com o conhecimento guardado. Faço o possível para divulgar informações de um jeito democrático e acessível onde qualquer um possa entender."

Além da página, Elizabete ainda tem um perfil no Orkut para debater temas correlatos à dislexia. Ela também esclarece dúvidas aos disléxicos, amigos e familiares através do MSN dis.lexi@hotmail.com. Todas as informações acerca do tema são passadas gratuitamente. Em um mês ela conversa com aproximadamente 150 pessoas, uma média de cinco por dia.

Para calar o preconceito, milhares de famosos ou anônimos como Elizabete Rodrigues, Charles Darwin, Leonardo Da Vinci, Napoleão Bonaparte, Pablo Picasso, Robin Willians, Cher, Tom Cruise, Walt Disney, entre outros, servem como exemplos de superação e dão uma lição à sociedade que, na grande maioria tratam disléxicos como incapacitados. "Dificuldades não impõem limites. Preconceito sim", afirmou Elizabete Rodrigues.


Fotomontagem produzida por Tiago Rafael.
Muitos vivem desestimulados porque possuem algum tipo de deficiência física ou mental. Outros buscam nas dificuldades um incentivo para vencer obstáculos. Essa situação é vivenciada por anônimos e famosos que possuem um transtorno que dificulta as habilidades de ler e escrever.


TIAGO RAFAEL, 6° SEMESTRE NOTURNO


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Comentários:


Maria da Betania Souto Pedrosa Monteiro Secretária de Cultural Municipal. Correntes/Pernambuco.
betaniapedrosa@hotmail.com
O artigo esclareceu minhas dúvidas sobre o tema e, além do exemplo de perseverança de Elizadete Rodrigues, que continua vencendo todos os desafios, tomei conhecimento das pessoas que fizeram e fazem história e conseguiram conquistar espaço e reconhecimento em suas áreas.

10/09/2008 15:26

Ana Maria S. Trindade Enfermeira. Guarujá/São Paulo.
suareztrindade@uol.com.br
Sou mãe de um filho com dislexia que, graças à Deus, está terminando a faculdade este ano; fala mais de uma língua e tem muita vontade de ser reconhecido como profissional como os outros colegas e de ter chance para concorrer aos concursos. O grande problema que a dislexia não é tratada como deficiência e assim os disléxicos acabam sendo prejidicados em concursos públicos.

08/09/2008 10:48

Elizabete Rodrigues Psicopedagoga. Taguatinga/Distrito Federal.
dis.lexic@bol.com.br
Parabéns! Tiago, você com esta reportagem, vem com um alerta! A dislexia, não prejudica o seu portador. Mas o preconceito, que as pessoas têm de tudo que traz uma leitura de mundo que possa trazer mudanças, questionamentos e respostas diferentes para situações "novas" para uma dinâmica pessoal EXCLUSIVA! ABJNCRÇÃO!! Atenciosamente.

06/09/2008 23:57

José Francis de Oliveira Estudante. Cambé/Paraná.
jose2005chaos@yahoo.com.br
Na verdade a dislexia não precisa nem ser encarada como um distúrbio, porque a pessoa pode desempenhar diversas atividades brilhantemente sendo disléxica. O que mais chama a atenção nessa questão é como a Elizabete coloca. O preconceito barra o progresso das pessoas, enquanto que a deficiência não.

06/09/2008 14:17

Natalia Monezi Estudante. Londrina/Paraná.
nataliamonezi@hotmail.com
É inadimíssivel que um problema que ocorre com cerca de 20% da população seja visto com preconceito e que não seja tratado como uma doença. Como pode ser possível as pessoas conviverem com o fantasma de se sentirem diferentes por não conseguirem aprender como as demais pessoas e não terem o direito ao tratamento desse distúrbio?

06/09/2008 13:55

setembro 17, 2008

DISLEXIA

Read this document on Scribd: A Dislexia

setembro 04, 2008

APOIO INSTITUCIONAL DA UnB AO ESTUDANTE COM DISLEXIA



Glaura Borges M. G. Evangelista
Definição de Política Internacional
Linha de ação sobre Necessidades Educacionais Especiais da Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais aprovada em 10/06/1994 em Salamanca – Espanha.
"Conceito de Necessidades Educacionais Especiais: “todas as crianças ou jovens cujas necessidades decorrem de sua capacidade ou dificuldades de aprendizagem”.

Atendimento Especial no Ingresso na UnB
Candidato Disléxico e o
PAS/Vestibular da UnB

Edital - normatiza concursos públicos, vestibular e PAS realizados pelo CESPE:
O candidato deverá indicar, na solicitação de inscrição os recursos especiais necessários para realização de prova objetiva e discursiva.
Deverá enviar ao CESPE, até o último dia de inscrição, laudo médico que justifique o atendimento especial solicitado. Após esse período a solicitação será indeferida, salvo nos casos de força maior.
Atendimento em Sala Especial
De acordo com a necessidade do candidato, a solicitação e o relatório médico e/ou especialista, aprovado pela junta médica do CESPE/UnB.

Adequação dos recursos físicos e equipamentos no Vestibular

Sala coletiva com poucos candidatos;
Sala individual, com mesa apropriada, em prova com ledor ou quando o candidato quer ler a prova em voz alta;
Máquina de calcular com tipos ampliados;
Gravação de toda a prova com ledor.
Tem direito a tempo adicional de provas de até uma hora conforme recomendação do parecer médico ou especialista;
Correção de provas de redação ou discursiva feita por especialista, quando solicitado.

Programa de Tutoria Especial PTE

Apoio acadêmico realizado ao estudante universitário com necessidade educacional especial (Tutorado), por estudante universitário regularmente matriculado na mesma disciplina e/ou, quando recomendado, por estudante que já tenha cursado a disciplina (Tutor Especial) , com supervisão acadêmica do professor da disciplina e acompanhamento do PPNE e DAIA/DEG.
PTE – 2003 a 2007
PTE em 2007
e as Necessidades Especiais
A Tutoria Especial com estudante
disléxico e com TDAH
Formas de apoio do Tutor Especial nas disciplinas:

“copista” – auxilia/faz as anotações do quadro;

“ledor” – lê e/ou grava os textos, livros, etc;

“monitor” - tira dúvidas, faz exercícios, etc.



FONTE DE PESQUISA:
http://www.unb.br/temas/necessidades_esp/index.php

setembro 03, 2008

Lectoescritura


Uploaded on authorSTREAM by villaves56

Então, como diagnosticar a dislexia?

Diagnóstico

Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes que seja feito um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, mas não confirmam a dislexia. Os mesmos sintomas podem indicar outras síndromes neurológicas ou comportamentais.
Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve-se procurar ajuda especializada.
Uma equipe multidisciplinar formada por: Psicóloga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clínica deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista, Otorrinolaringologista e outros, conforme o caso.A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de AVALIAÇÃO DIFERENCIAL MULTIDISCIPLINAR.

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

COMO É A VIDA DE UMA PESSOA COM DIS...

PORQUÊ, SOMOS DIS !!!

Saiba , que entendo muito bem , quando vc fala (mal sabem eles o que tenho de fazer para chegar ate onde cheguei.... ´´e horrivel para mim. Agora vou ter que enfrentar um exame da ordem. Nao sei se mostro que sou dislexica ou nao para fazer a prova. Tenho que decidir, gostaria que vcs me orientasse o que devo fazer) vou te dar varias razões, para você não esconder que é dislexica, e outras tantas mais para você se cuidar e se respeitar em quanto há tempo. Seja quem você realmente é !!! Não seja preconceituosa com você mesma , como eu fui, por pura falta de conhecimento , coisa que você já tem.
e o mais importante ...tem a conciência dos seus direitos como cidadã. O meu conselho é: exerçar seus direitos e cumpra seus deveres, como ser pensante e atuante na nossa sociedade.

como vc sabe , também sou dislexica, mas só tive conciência do que estava acontecendo comigo, depois que ...já tinha meu emocional todo comprometido.
E mesmo assim , tive que passsar por mentirosa, pois já havia passado em um concurso publico, atuava como professora alfabetizadora e estava fazendo uma graduação em pedagogia. E te digo ...só eu e deus, sabia o que eu escondia !!!
Vivi toda minha vida com medo, e com vergunha , quando alguèm percebia meus erros ortograficos ,minha total incapacidade de escrever ao mesmo tempo que outra pessoa falava, não consiguia anotar as informações.
Com tudo isto, fui desfaçando para conseguir viver neste mundo letrado!!!
Até que minha mente e meu corpo , não suportou o estress!!! E tudo ficou encontrolavel, entrei em um processo de depressão, ansiedade e hiperatividade , altissimo.
Foi quando , fui em busca de ajuda medica. Sem saber o que eu escondia...os profissionais de saúde, se desdobraram em busca de explicações para o meu estado de saúde. Cada um chegou a um diagnostico conclusivo.
O psiquiatra, depressão e asiedade, que deveria ser trabalhada com terapia e medicação. A psicologa, hiperatividade causada por meu comportamento obcessivo de perfeição, e fata de confiança, deveria tentar me concentrar melhor no presente. O reumatologista, para ele eu estava com fibromialgia e outras coisas, causadas pelo estress, elevado, seria necessario procurar auternativas de relaxamento, e medicação. Fiz , hidroterapia, acupuntura, rpg , caminhada, cessão de relaxamento mental, com os psicologos, participei de programas para levantar minha auto-estima. Mais nada adiantava...tive outros sintomas, como gagueira, que foi trabalhado com a fonaldiologa. Labirintite, refluxo, que foram tratados por medicos da aréa, especialistas.
Depois tive problemas na visão, ai foi que tudo se entrelaçou, o oftalmologista , pedio um exame para descartar , adivinha o que?
Esclerose multipla....ai na resomância deu possitivo!!! E tudo levava a crer, neste diagnostico, quando se juntava tudo o que estava acontecendo com o meu corpo!!!
Pensa que acabou por ai!!?? Não! Tudo só estava recomeçando...
Mas paralelo a tudo isto, que vinha se passando, eu não parei de estudar, herá ponto de hora!!Para mim!! Fiquei de licença do trabalho , para tratamento, e ainda tive que enfrentar a doença da minha mãe que estava com o diagnostico de câncer. E meus filhos confusos e em plena adolecência. Eu estava completamente perdida!!!! Sem estrutura emocional, e sem controle cognitivo, esquecia as coisas , chorava muito,comecei a escrever e ler com muito mais dificuldades , já estava saindo da realidade, que me parecia um pesadelo!!
Mas, como uma boa dislexica, até então sem saber, não deixei de lutar contra o mundo. E quando estava fazendo minhas pesquisas para o trabalho do tcc, para conclusão do curso de graduação em pedagogia, sobre o tema que mais mim encomodava, os erros ortograficos em sala de aula e a visão do professor, quanto os problemas de aprendizagem. Por acaso, entrei no site da associação brasileira de dislexia, e quando estava lendo um depoimento de um dislexico adulto!!! O chão se abriu e o céu também...e as coisas foram tendo sentido, minha vida tava fazendo sentido. Eu estava diante , de uma explicação para a minha total "burrice"!!! Diante dos meus maiores medos, das minhas grandes vergunhas, das minhas piores dificuldades, e de tudo o que eu fazia questão de esconder, que erá a minha incompetência, diante do desafio de ler e escrever!!!
Mas o que eu julgava ter diante de me, toda solução para explicar todos as minhas angustias, sem fundamento , porquê , agora haveria uma razão. Senti meu esprírito leve, despreoculpado, pensei, agora não vou mais ter que mentir , tenho que revelar o meu maior segredo, e só atravez desta revelação serei liberta do medo, da vergunha, desta vida prisioneira da culpa de ser o que eu herá!!!
Bem , caros colegas, as coisas não foram, e não são tão faceis deste jeito que pensei...todos os profissionais de saúde que estavam , cuidando do meu equilibrio, duvidaram da minha verdade. Passaram a olhar , para me, como se eu estevesse, louca...e se perguntavam!!???
E questionavam, como eu tinha dislexia e tinha chegado onde cheguei sem ajuda!!??? Como eu saberia ler e escrever !!??? Porquê, e como poderia ter escondido isto!!!?? Bem , as respostas para estas perguntas, só eu e deus sabe o que tive que fazer,e tive que reunir forças,buscar conhecimento para meus argumentos e levanta uma quantia em dinheiro, para ir até são paulo, o unico lugar , onde teria profissionais seguramente competêntes para fazer o diagnostico, porquê todos os outros se mostravam completamente impossibilitados para assinar um laudo fechado de um diagnostico sobre dislexia.
E neste exato momento , luto contra todos os mesmos, sentimentos e há todos os mesmos pré-conceitos. E tenho que usar os mesmos meios para continuar sobrevivendo. Mas com uma diferênça fundamental,hoje já não tenho tanta vergonha de escrever errado, entendi que isto não mim tira o direito de ser respeitada e que sou competente e capaz .
Imagina ser ...professora alfabetizadora, pedagoga e atualmente estou fazendo pós- de psicopedagogia. Se tenho dificuldades...claro!! Se vejo discriminação nos olhos de muitos ...simmm!!! Fui aposentada pelo governo do distrito federal, por razões óbvias, que já não tenho forças para questionar.

Mas o que mais importa é que dessidi ir á luta, por mim e por nós!!

Quero que todo disléxico assuma sua condição, não somos doentes para procurar há cura...devemos ir a procura do entendimento do nosso ser pensante e atuante , diante desta sociedade letrada e preconceituosa.

Abjncrção!
Elizabete aguiar.
Perfil profissional:
Profª Elizabete M. Rodrigues R. da R. Aguiar.
Graduada em Pedagogia – UNB.
Especialização em Psicopedagogia Reeducativas Clínica e Institucional –UniEvangelica
Especialista e Neuropedagogia e Psicanálise – FTB.
Dir. Adm. Adjunta da Associação de Psicopedagogia – ABPp- Seção BRASÍLIA.
Profª da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal – GDF.
Consultoria e Assessoria em Psicoeducação.