setembro 23, 2008

Disléxicos superam dificuldades /CONTINUAÇÃO

Hoje recuperada das incertezas, a futura neuropedagoga dedica horas de trabalho para socializar o conhecimento adquirido, fruto de muita força de vontade, dedicação e superação. Em seu blog, a "sacerdote" da educação especial orienta familiares e a comunidade disléxica sobre direitos constitucionais além de confabularem experiências. "Apesar de todas as barreiras, decidi seguir em frente para ajudar outras pessoas. Não gosto de ficar com o conhecimento guardado. Faço o possível para divulgar informações de um jeito democrático e acessível onde qualquer um possa entender."

Além da página, Elizabete ainda tem um perfil no Orkut para debater temas correlatos à dislexia. Ela também esclarece dúvidas aos disléxicos, amigos e familiares através do MSN dis.lexi@hotmail.com. Todas as informações acerca do tema são passadas gratuitamente. Em um mês ela conversa com aproximadamente 150 pessoas, uma média de cinco por dia.

Para calar o preconceito, milhares de famosos ou anônimos como Elizabete Rodrigues, Charles Darwin, Leonardo Da Vinci, Napoleão Bonaparte, Pablo Picasso, Robin Willians, Cher, Tom Cruise, Walt Disney, entre outros, servem como exemplos de superação e dão uma lição à sociedade que, na grande maioria tratam disléxicos como incapacitados. "Dificuldades não impõem limites. Preconceito sim", afirmou Elizabete Rodrigues.


Fotomontagem produzida por Tiago Rafael.
Muitos vivem desestimulados porque possuem algum tipo de deficiência física ou mental. Outros buscam nas dificuldades um incentivo para vencer obstáculos. Essa situação é vivenciada por anônimos e famosos que possuem um transtorno que dificulta as habilidades de ler e escrever.


TIAGO RAFAEL, 6° SEMESTRE NOTURNO


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Comentários:


Maria da Betania Souto Pedrosa Monteiro Secretária de Cultural Municipal. Correntes/Pernambuco.
betaniapedrosa@hotmail.com
O artigo esclareceu minhas dúvidas sobre o tema e, além do exemplo de perseverança de Elizadete Rodrigues, que continua vencendo todos os desafios, tomei conhecimento das pessoas que fizeram e fazem história e conseguiram conquistar espaço e reconhecimento em suas áreas.

10/09/2008 15:26

Ana Maria S. Trindade Enfermeira. Guarujá/São Paulo.
suareztrindade@uol.com.br
Sou mãe de um filho com dislexia que, graças à Deus, está terminando a faculdade este ano; fala mais de uma língua e tem muita vontade de ser reconhecido como profissional como os outros colegas e de ter chance para concorrer aos concursos. O grande problema que a dislexia não é tratada como deficiência e assim os disléxicos acabam sendo prejidicados em concursos públicos.

08/09/2008 10:48

Elizabete Rodrigues Psicopedagoga. Taguatinga/Distrito Federal.
dis.lexic@bol.com.br
Parabéns! Tiago, você com esta reportagem, vem com um alerta! A dislexia, não prejudica o seu portador. Mas o preconceito, que as pessoas têm de tudo que traz uma leitura de mundo que possa trazer mudanças, questionamentos e respostas diferentes para situações "novas" para uma dinâmica pessoal EXCLUSIVA! ABJNCRÇÃO!! Atenciosamente.

06/09/2008 23:57

José Francis de Oliveira Estudante. Cambé/Paraná.
jose2005chaos@yahoo.com.br
Na verdade a dislexia não precisa nem ser encarada como um distúrbio, porque a pessoa pode desempenhar diversas atividades brilhantemente sendo disléxica. O que mais chama a atenção nessa questão é como a Elizabete coloca. O preconceito barra o progresso das pessoas, enquanto que a deficiência não.

06/09/2008 14:17

Natalia Monezi Estudante. Londrina/Paraná.
nataliamonezi@hotmail.com
É inadimíssivel que um problema que ocorre com cerca de 20% da população seja visto com preconceito e que não seja tratado como uma doença. Como pode ser possível as pessoas conviverem com o fantasma de se sentirem diferentes por não conseguirem aprender como as demais pessoas e não terem o direito ao tratamento desse distúrbio?

06/09/2008 13:55

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Então, como diagnosticar a dislexia?

Diagnóstico

Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes que seja feito um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, mas não confirmam a dislexia. Os mesmos sintomas podem indicar outras síndromes neurológicas ou comportamentais.
Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve-se procurar ajuda especializada.
Uma equipe multidisciplinar formada por: Psicóloga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clínica deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista, Otorrinolaringologista e outros, conforme o caso.A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de AVALIAÇÃO DIFERENCIAL MULTIDISCIPLINAR.

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

COMO É A VIDA DE UMA PESSOA COM DIS...

PORQUÊ, SOMOS DIS !!!

Saiba , que entendo muito bem , quando vc fala (mal sabem eles o que tenho de fazer para chegar ate onde cheguei.... ´´e horrivel para mim. Agora vou ter que enfrentar um exame da ordem. Nao sei se mostro que sou dislexica ou nao para fazer a prova. Tenho que decidir, gostaria que vcs me orientasse o que devo fazer) vou te dar varias razões, para você não esconder que é dislexica, e outras tantas mais para você se cuidar e se respeitar em quanto há tempo. Seja quem você realmente é !!! Não seja preconceituosa com você mesma , como eu fui, por pura falta de conhecimento , coisa que você já tem.
e o mais importante ...tem a conciência dos seus direitos como cidadã. O meu conselho é: exerçar seus direitos e cumpra seus deveres, como ser pensante e atuante na nossa sociedade.

como vc sabe , também sou dislexica, mas só tive conciência do que estava acontecendo comigo, depois que ...já tinha meu emocional todo comprometido.
E mesmo assim , tive que passsar por mentirosa, pois já havia passado em um concurso publico, atuava como professora alfabetizadora e estava fazendo uma graduação em pedagogia. E te digo ...só eu e deus, sabia o que eu escondia !!!
Vivi toda minha vida com medo, e com vergunha , quando alguèm percebia meus erros ortograficos ,minha total incapacidade de escrever ao mesmo tempo que outra pessoa falava, não consiguia anotar as informações.
Com tudo isto, fui desfaçando para conseguir viver neste mundo letrado!!!
Até que minha mente e meu corpo , não suportou o estress!!! E tudo ficou encontrolavel, entrei em um processo de depressão, ansiedade e hiperatividade , altissimo.
Foi quando , fui em busca de ajuda medica. Sem saber o que eu escondia...os profissionais de saúde, se desdobraram em busca de explicações para o meu estado de saúde. Cada um chegou a um diagnostico conclusivo.
O psiquiatra, depressão e asiedade, que deveria ser trabalhada com terapia e medicação. A psicologa, hiperatividade causada por meu comportamento obcessivo de perfeição, e fata de confiança, deveria tentar me concentrar melhor no presente. O reumatologista, para ele eu estava com fibromialgia e outras coisas, causadas pelo estress, elevado, seria necessario procurar auternativas de relaxamento, e medicação. Fiz , hidroterapia, acupuntura, rpg , caminhada, cessão de relaxamento mental, com os psicologos, participei de programas para levantar minha auto-estima. Mais nada adiantava...tive outros sintomas, como gagueira, que foi trabalhado com a fonaldiologa. Labirintite, refluxo, que foram tratados por medicos da aréa, especialistas.
Depois tive problemas na visão, ai foi que tudo se entrelaçou, o oftalmologista , pedio um exame para descartar , adivinha o que?
Esclerose multipla....ai na resomância deu possitivo!!! E tudo levava a crer, neste diagnostico, quando se juntava tudo o que estava acontecendo com o meu corpo!!!
Pensa que acabou por ai!!?? Não! Tudo só estava recomeçando...
Mas paralelo a tudo isto, que vinha se passando, eu não parei de estudar, herá ponto de hora!!Para mim!! Fiquei de licença do trabalho , para tratamento, e ainda tive que enfrentar a doença da minha mãe que estava com o diagnostico de câncer. E meus filhos confusos e em plena adolecência. Eu estava completamente perdida!!!! Sem estrutura emocional, e sem controle cognitivo, esquecia as coisas , chorava muito,comecei a escrever e ler com muito mais dificuldades , já estava saindo da realidade, que me parecia um pesadelo!!
Mas, como uma boa dislexica, até então sem saber, não deixei de lutar contra o mundo. E quando estava fazendo minhas pesquisas para o trabalho do tcc, para conclusão do curso de graduação em pedagogia, sobre o tema que mais mim encomodava, os erros ortograficos em sala de aula e a visão do professor, quanto os problemas de aprendizagem. Por acaso, entrei no site da associação brasileira de dislexia, e quando estava lendo um depoimento de um dislexico adulto!!! O chão se abriu e o céu também...e as coisas foram tendo sentido, minha vida tava fazendo sentido. Eu estava diante , de uma explicação para a minha total "burrice"!!! Diante dos meus maiores medos, das minhas grandes vergunhas, das minhas piores dificuldades, e de tudo o que eu fazia questão de esconder, que erá a minha incompetência, diante do desafio de ler e escrever!!!
Mas o que eu julgava ter diante de me, toda solução para explicar todos as minhas angustias, sem fundamento , porquê , agora haveria uma razão. Senti meu esprírito leve, despreoculpado, pensei, agora não vou mais ter que mentir , tenho que revelar o meu maior segredo, e só atravez desta revelação serei liberta do medo, da vergunha, desta vida prisioneira da culpa de ser o que eu herá!!!
Bem , caros colegas, as coisas não foram, e não são tão faceis deste jeito que pensei...todos os profissionais de saúde que estavam , cuidando do meu equilibrio, duvidaram da minha verdade. Passaram a olhar , para me, como se eu estevesse, louca...e se perguntavam!!???
E questionavam, como eu tinha dislexia e tinha chegado onde cheguei sem ajuda!!??? Como eu saberia ler e escrever !!??? Porquê, e como poderia ter escondido isto!!!?? Bem , as respostas para estas perguntas, só eu e deus sabe o que tive que fazer,e tive que reunir forças,buscar conhecimento para meus argumentos e levanta uma quantia em dinheiro, para ir até são paulo, o unico lugar , onde teria profissionais seguramente competêntes para fazer o diagnostico, porquê todos os outros se mostravam completamente impossibilitados para assinar um laudo fechado de um diagnostico sobre dislexia.
E neste exato momento , luto contra todos os mesmos, sentimentos e há todos os mesmos pré-conceitos. E tenho que usar os mesmos meios para continuar sobrevivendo. Mas com uma diferênça fundamental,hoje já não tenho tanta vergonha de escrever errado, entendi que isto não mim tira o direito de ser respeitada e que sou competente e capaz .
Imagina ser ...professora alfabetizadora, pedagoga e atualmente estou fazendo pós- de psicopedagogia. Se tenho dificuldades...claro!! Se vejo discriminação nos olhos de muitos ...simmm!!! Fui aposentada pelo governo do distrito federal, por razões óbvias, que já não tenho forças para questionar.

Mas o que mais importa é que dessidi ir á luta, por mim e por nós!!

Quero que todo disléxico assuma sua condição, não somos doentes para procurar há cura...devemos ir a procura do entendimento do nosso ser pensante e atuante , diante desta sociedade letrada e preconceituosa.

Abjncrção!
Elizabete aguiar.
Perfil profissional:
Profª Elizabete M. Rodrigues R. da R. Aguiar.
Graduada em Pedagogia – UNB.
Especialização em Psicopedagogia Reeducativas Clínica e Institucional –UniEvangelica
Especialista e Neuropedagogia e Psicanálise – FTB.
Dir. Adm. Adjunta da Associação de Psicopedagogia – ABPp- Seção BRASÍLIA.
Profª da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal – GDF.
Consultoria e Assessoria em Psicoeducação.