maio 24, 2011

Dislexia ou distúrbio do processamento auditivo central (DPAC).

Distúrbio do processamento auditivo central, a doença da incompreensão.
Problema afeta a capacidade de entendimento dos indivíduos. A pessoa ouve, mas não consegue interpretar os sons
Márcia Neri
Publicação: 15/05/2011 08:18 Atualização: 15/05/2011 08:23


Ivone e Valdir com Akemi, 12 anos: depois de sofrer duramente com o problema, a menina foi diagnosticada, fez acompanhamento multidisciplinar e chegou a ser condecorada na escola (Rafael Ohana/CB/D.A Press)
Ivone e Valdir com Akemi, 12 anos: depois de sofrer duramente com o problema, a menina foi diagnosticada, fez acompanhamento multidisciplinar e chegou a ser condecorada na escola.


Preguiçoso, distraído, desinteressado, “enrolão”, manhoso e “diferente” foram alguns adjetivos atribuídos ao filho da professora Mônica Aviani pelas colegas de profissão que acompanhavam o garoto em sala de aula desde os primeiros anos na escola. Desesperada com a situação e suspeitando da existência de um problema por trás do comportamento da criança, Mônica procurou uma explicação médica. Suspeitas de dislexia, disgrafia e transtorno do deficit de atenção e hiperatividade (TDAH) foram levantadas. Os tratamentos para cada mal diagnosticado resultavam em algumas — poucas — melhoras no quadro, mas logo estagnava. Aos 11 anos, Emanuel Aviani Curi não conseguia ler nem escrever.


“Quem é mãe pode imaginar a minha agonia. Cansei de ouvir que meu filho era inteligente, mas não conseguia evoluir na escrita e na leitura por malandragem”, lembra. O diagnóstico correto veio depois de muita persistência: Emanuel era vítima do distúrbio do processamento auditivo central (DPAC). “Cheguei a castigá-lo. Professores e médicos que desconheciam o problema falavam que eu tinha que ser linha-dura. Foi muito triste, até encontrar uma psicopedagoga, que mostru-se fundamental para o enfrentamento da situação. Hoje, meu filho tem 13 anos, está alfabetizado e tenta recuperar o tempo perdido”, relata.

O DPAC é um problema reconhecido pela medicina há apenas 15 anos. O transtorno afeta a capacidade de compreensão do indivíduo. A pessoa detecta os sons normalmente, mas não os interpreta, é como se fossem apenas ruídos. Quando relegados à própria sorte, a alfabetização não é bem-sucedida, porque os estudantes não entendem o que o professor fala, não são capazes de escrever, interpretar textos e compreender o enunciado de problemas. No Brasil, pouquíssimos profissionais da saúde e da educação estão capacitados a lidar com o distúrbio, deixando as crianças reféns da própria incapacidade e do desconhecimento alheio.

A psicopedagoga Carla Silva, coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Atendimento ao Aluno com Diagnóstico de DPAC do Centro de Apoio ao Surdo (CAS) do Distrito Federal, profissional que socorreu Mônica, é uma das poucas no país dedicada a reabilitar estudantes com o problema. “Iguais ao Emanuel, existem muitas crianças. Quando chegam ao CAS, a maioria passa por um diagnóstico errado, inclusive de deficiência mental. É uma tristeza, porque são meninos e meninas inteligentes e completamente reabilitáveis”, observa.

Segundo Carla, os principais sintomas do DPAC são a dificuldade de memória de curto prazo, falta de entendimento, pouca concentração e incapacidade de leitura e escrita. Passando por um processo de reeducação, no entanto, os estudantes desenvolvem rotas alternativas de aprendizado. A demora no diagnóstico pode gerar comorbidades, como dislexia, TDAH e distúrbio do deficit de atenção — justamente as suspeitas levantadas para a situação de Emanuel. “A abordagem multidisciplinar permite que o paciente aprenda a desenvolver mecanismos diferentes e rotas alternativas para driblar seu distúrbio, o que não ocorre com os outros problemas. O tempo de reabilitação, assim como a gravidade do DPAC, é variável”, sustenta Carla.
Ele não conseguia copiar, emendava palavras, não lia e não acompanhava a turma. Eu ia conversar com as professoras e elas achavam que ele tinha preguiça, que uma hora ia deslanchar. Isso não ocorreu antes do diagnóstico e da reabilitação%u201DCristina Gonçalves dos Anjos, mãe de Lucas, hoje com 9 anos e em pleno tratamento de reabilitação (Kleber Lima/CB/D.A Press)





Ele não conseguia copiar, emendava palavras, não lia e não acompanhava a turma. Eu ia conversar com as professoras e elas achavam que ele tinha preguiça, que uma hora ia deslanchar. Isso não ocorreu antes do diagnóstico e da reabilitação%u201D

Cristina Gonçalves dos Anjos, mãe de Lucas, hoje com 9 anos e em pleno tratamento de reabilitação

Ouvido saudável


O problema dos pacientes com DPAC não é no ouvido, mas no sistema nervoso central. O processamento do estímulo sonoro não é feito corretamente e a decodificação é lenta. “O papel do professor é fundamental. O aluno com DPAC precisa sentar-se na frente. O professor deve articular devagar com esse estudante, falar olhando para ele. Quando isso não ocorre, a criança fica dispersa ou hiperativa, torna-se um problema para a turma”, alerta Carla Silva.

As crianças com DPAC sofrem tanto que a autoestima delas fica completamente afetada. A garotada se sente incapaz perante os colegas. O pequeno Lucas Gonçalves Ramos, 9 anos, também teve dificuldade desde que entrou na escola. “Ele não conseguia copiar, emendava palavras, não lia e não acompanhava a turma. Eu ia conversar com as professoras e elas achavam que ele tinha preguiça, que uma hora ia deslanchar. Isso não ocorreu antes do diagnóstico (aos 8 anos) e da reabilitação”, lamenta a mãe do menino, a dona de casa Cristina Gonçalves dos Anjos. “Lucas chorava, se escondia e ficou um ano sem ir à escola. Persisti, procurei clínicas particulares, porque, se fosse esperar atendimento público, meu filho estaria sem diagnóstico até hoje. Embora atrasado em relação à idade escolar, ele está superando o problema graças ao tratamento e ao acompanhamento psicopedagógico”, considera.

Os mesmos dissabores de Lucas foram vivenciados por Akemi Yokozawa Vasco, 12 anos. “Ficamos completamente perdidos, buscando respostas que demoraram a vir. Minha filha foi diagnosticada com deficit de atenção. Tomou medicamentos fortíssimos por cinco anos e nunca melhorou, porque esse não era o seu problema”, lamenta o empresário Valdir Cordeiro Vasco. Akemi não conseguia copiar nada durante a aula. Para levar as tarefas feitas, a mãe precisava ligar para outras mães e resgatar o que ela perdera.

Os professores não entendiam o que se passava, porque reconheciam em Akemi uma aluna esforçada. Muitos pais também têm dificuldade e preconceito em aceitar que o filho é vítima de distúrbio de aprendizagem. “Nós não desistimos e enfrentamos. Ela chegou a questionar a própria existência. Depois que passou pelo acompanhamento multidisciplinar, seguiu em frente e já recebeu alta. Akemi foi até condecorada na escola por seu desempenho e esforço”, conta Ivone Yokozawa, mãe da menina.



Hipóteses

A neuropsicóloga Ana Fonseca explica que não se sabe ao certo como o DPAC é desencadeado. Uma corrente de pesquisadores acredita que infecções do ouvido médio (que impedem o cérebro de receber adequadamente os estímulos sonoros); lesões nas vias de condução; doenças neurodegenerativas; males como rubéola, sífilis e toxoplasmose; ou mesmo alcoolismo e dependência química materna podem promover o transtorno. Nada, contudo, ainda foi provado cientificamente. “Não acredito que seja um distúrbio adquirido. Acho que o bebê já nasce com DPAC. O diagnóstico é consolidado pela fonoaulogia com testes especiais que descartam outros problemas. Não há exames de imagem que aponte danos nos neurônios, por exemplo. A avaliação do neuropsicólogo, entretanto, é fundamental para a indicação do tratamento”, avalia Ana, especialista pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A neuropsicóloga pondera que não se pode falar em cura, mas lembra que o cérebro é um órgão com capacidade plástica impressionante, que se molda a novos estímulos. “Exatamente por isso, a terapia multidisciplinar pode reabilitar o paciente totalmente, proporcionando uma vida normal ao estudante, mas para isso é preciso um trabalho em equipe com fonoaudiólogo, neuropediatra, neuropsicólogo e psicopedagogo”, especifica.

A fonoaudióloga Lana Bianchi explica que a alteração no processo auditivo central descaracteriza a qualidade do som. Como consequência, a criança que está em processo de aquisição de aprendizagem sucumbe a essa dificuldade. “O neuropediatra faz uma investigação cerebral, a psicóloga, a avaliação mental e o fonoaudiólogo, todos os testes de audição e do processamento auditivo. Nós reabilitamos as habilidades auditivas. O psicopedagogo ensina a criança a usar o que foi reabilitado”, aponta.

Formação de profissionais

É uma unidade da Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação do Distrito Federal (Eape), criada em 1997 para promover a formação continuada de professores e pedagogos da rede pública de ensino. Além de oferecer aprendizagem da linguagem específica e currículo para necessidades especiais, o CAS também oferece atividades que propiciam a inclusão, interação social e desenvolvimento psicossocial. Os profissionais ligados ao CAS foram pioneiros em lidar com crianças vítimas do DPAC no DF. Pela Eape, eles produzem material didático para esses estudantes e treinamento para pedagogos que se interessam pelo assunto



FONTE DE PESQUISA: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2011/05/15/interna_ciencia_saude,252293/disturbio-do-processamento-auditivo-central-a-doenca-da-incompreensao.shtml

maio 20, 2011

De Disléxico para Disléxico


Depoimentos


De Disléxico para Disléxico

Data: 01/08/2007
Autor: Cláudio Teixeira - São Paulo

Não podemos nadar contra a correnteza, somos diferentes e é muito melhor ser assim; quer dizer que os outros 87% da população não pensam como nós. A natureza compensa tudo, da mesma forma que o surdo, o mudo tem mais tato, maior sensibilidade, etc . Naturalmente temos coisas que são infinitamente superiores aos normais , o segredo é achá-las , e como desenvolvê-las sem saber . Quando estamos conversando, sabemos que além do assunto, já resolvemos até a cor da cortina, a textura da parede, coisas que alguém nem pensou; nos adaptamos com muita facilidade aos assuntos com a menor informação possível. Na prática a prática é mais fácil .

Regras

1- Aprenda a gostar de quem gosta de você . (é o caminho mais curto para ser feliz)

2- Não se preocupe com a sua organização ela é muito boa . (melhore sempre a atenção)

3- Crie pilares para a sua sustentação e equilíbrio, e seja fiel a eles (família , secretárias , amigos)

4- Aja com a intuição , tenha bom senso . (faça o que você naturalmente gosta de fazer e trabalhe com isso)

5- Tenha calma , muita calma. (é necessário para andarmos no mesmo giro dos 87%)

6- Não se magoe ou não dê bola para quem não é seu amigo . (faça duas escalas e qualifique em qual lugar ele merece ficar)

7- Dê ouvidos aos mais velhos . (eles dizem sem escrever)


É natural que a auto-estima é necessária. Pratique esportes, vista-se bem, abra os ouvidos, aprenda olhando, que os resultados virão. Nem sempre é rápido .Após vinte anos de trabalho, sei que é muito melhor ir a uma reunião sem papéis para escrever ou expor, fazer algumas anotações e pronto; sem contar as soluções que aparecem com rapidez ... e a “ata”, deixa para outro fazer. Não precisamos perder tempo com isso.


AUTOR: Cláudio Teixeira

FONTE DE PESQUISA: http://www.amigosedislexia.com.br/detDepoimento.aspx?idDep=14

maio 18, 2011

Perguntas e Respostas sobre dislexia.



Ponto de Apoio



Perguntas e Respostas

A avaliação é importante? Tratamento O que é?

E porque um diagnóstico multidisciplinar e de exclusão?

O disléxico precisará sempre de suporte e/ou acompanhamento profissional? Provas e Exames

Critérios para avaliação diferenciada nas provas podem ser solicitados com a apresentação de laudo.

Veja mais

Há algum método ou linha eficaz?

Qual a idade ideal para se fazer um diagnóstico?

Como é feito o diagnóstico na ABD?

O que é preciso para se fazer uma avaliação na ABD?

Qual o custo do atendimento da ABD?

O que a ABD oferece?

Como é feito o ATENDIMENTO SÓCIO ECONÕMICO



A avaliação é importante?

Sim, muito importante. Ela é fundamental para entender o que está acontecendo com o indivíduo que apresenta sintomas de distúrbio de aprendizagem. Além do que, é pela avaliação multidisciplinar que se tem condições de um encaminhamento adequado a cada caso, considerando as várias possibilidades, inclusive de manifestação da própria dislexia. topo

E porque um diagnóstico multidisciplinar e de exclusão?


Somente um diagnóstico multidisciplinar pode identificar com precisão o que está ocorrendo. Os distúrbios de leitura e escrita são os fatores de maior incidência em sala de aula, mas nem todos têm uma causa comum. Embora a dislexia seja o maior índice, outros fatores também podem causar os mesmos sintomas; distúrbios psicológicos, neurológicos, oftalmológicos, etc.

Uma equipe multidisciplinar analisa o indivíduo como um todo, verificando todas as possibilidades. Não se parte da dislexia, mas se chega à dislexia, excluindo qualquer outra possibilidade. Por outro lado, se um outro fator for confirmado, o encaminhamento também se dará de modo que o avaliado possa ter um acompanhamento adequado.

Com relação à dislexia ocorre o mesmo; são considerados os inúmeros fatores e as características de cada paciente, para se fazer um encaminhamento adequado a cada caso. Na ABD, um relatório é entregue ao paciente ou responsável (no caso de menores) e este relatório deve ser apresentado ao profissional que fará o acompanhamento, permitindo a este, adotando a linha que mais lhe convier, direcionar imediatamente suas intervenções, alcançando assim resultados mais eficazes em menor tempo.topo


O disléxico precisará sempre de suporte e/ou acompanhamento profissional?

Uma pessoa disléxica sempre será um disléxico, não podemos alterar esse fato, mas com acompanhamento adequado, mediante uma avaliação adequada, o disléxico evoluirá de forma consistente em seu acompanhamento até obter alta. Esse tempo de acompanhamento vai variar de disléxico para disléxico, além do que temos que considerar os diferentes graus da dislexia (leve, moderado e severo). Ele pode variar de dois a cinco anos. Embora esse tempo seja considerado longo para algumas pessoas, desde o princípio do acompanhamento o próprio disléxico, como os familiares e a escola poderão notar as mudanças, o que vai ser altamente positivo para sua vida acadêmica,familiar, social e profissional.

Observação: Se não forem sentidas mudanças significativas no primeiro ano de acompanhamento (vamos considerar um tempo de entrosamento entre profissional e paciente e ainda de entrosamento com o próprio tratamento), entre em contato com membros da equipe que realizou o diagnóstico. Verifique se o relatório foi redigido adequadamente e se este está sendo considerado para elaborar o plano de acompanhamento. Deve-se lembrar sempre, que o disléxico tem uma dificuldade, não uma impossibilidade. Devidamente acompanhado ele vai paulatinamente superando ou contornando suas dificuldades.topo


Há algum método ou linha eficaz?

Não há nenhuma linha de tratamento que seja considerada ‘’a melhor’’ ou ‘’a única’’. O importante é a aceitação e adaptação do próprio disléxico à linha adotada pelo profissional. O que podemos dizer é que como a principal característica dos disléxicos é a dificuldade da relação entre a letra e o som (Fonema -Grafema), na terapia deverá ser enfatizado o método Fônico. Deve-se também treinar a memória imediata a percepção visual e auditiva. É sugerido que se adote o método multissensorial, cumulativo e sistemático. Ou seja, deve-se utilizar ao máximo todos os sentidos. Um exemplo básico é poder ler e ouvir enquanto se escreve. O disléxico assimila muito bem tudo que é vivenciado concretamente.topo

Qual a idade ideal para se fazer um diagnóstico?

Qualquer idade, sendo adulto ou jovem terá atendimento adequado a sua faixa etária. Muitas vezes, antes do primeiro ano de alfabetização, poderá acorrer um ‘’quadro de risco’’, ou seja, poderá não ser confirmada a dislexia, mas também não se descartam outros fatores. Podemos sugerir um acompanhamento adequado e fazer uma observação mais cuidadosa, até podermos diagnosticar com precisão após a alfabetização se há, de fato, a presença de um quadro de dislexia.topo

Como é feito o diagnóstico na ABD?

O diagnóstico é multidisciplinar de exclusão. A ABD conta com uma equipe de profissionais das áreas de Fonoaudiologia, Psicologia, e Psicopedagogia. As equipes estão preparadas para o diagnóstico diferencial dos distúrbios de aprendizagem e não se fecham em si mesmas. Havendo necessidade, há encaminhamento para outros profissionais, para pareceres quanto à possibilidade de ocorrência de outros fatores.



Para quem mora em São Paulo, capital ou regiões próximas como Guarulhos e ABC, são ao todo dez consultas: uma primeira entrevista com os pais (anamnese), onde estes receberão um questionário para responder em família; no caso de crianças e adolescentes estes também receberão um questionário para responder individualmente. Também pede-se audiometria e exame oftalmológico. Os locais para esses exames podem ser indicados pela ABD, ou feito em locais onde o convênio do paciente cubra as despesas. Após a primeira entrevista com os pais ou responsável, inicia-se a avaliação com a criança, sendo quatro consultas com a Psicóloga e três com a Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clinica. Durante o diagnóstico está inclusa uma sessão de Arteterapia. Depois de realizadas todas as sessões e entregues todos os questionários e exames pedidos, a equipe se reúne junto a Coordenadora Técnica e Cientifica da ABD para o estudo do caso e fechamento do diagnóstico. É marcada uma última entrevista , para a devolutiva. O relatório contém os resultados dos testes aplicados e observações dos profissionais com conclusão e encaminhamento.



Para pessoas que moram no interior de São Paulo ou em outras cidades do Brasil, todo procedimento para a avaliação será feito em até 3 (três) dias não consecutivos. Para isso, todos os questionários aplicados na avaliação de crianças e adultos, assim como os pedidos e modelos de exame oftalmológico e de audiometria serão enviados por correio ou e-mail pela ABD para que sejam entregues no dia dos testes. A parte final da avaliação, relativa ao comunicado do resultado, é feita no mesmo dia, porém, o laudo impresso que contém os resultados dos testes aplicados e observações dos profissionais com conclusão será enviado por correio no prazo de 15 dias. Informações mais detalhadas por contato telefônico. topo

O que é preciso para se fazer uma avaliação na ABD?

Marcar uma primeira entrevista pelos telefones (11) 3231-3296 * (11) 3258-7568 * (11) 3207-0809. Não é preciso encaminhamento, e os pais podem entrar em contato diretamente com a ABD. Caso haja encaminhamento, por parte de profissional ou escola, recomenda-se que seja feito através de um pequeno relatório ou histórico contendo os motivos da indicação. Mesmo assim, os pais é que devem entrar em contato para agendar a primeira consulta.topo


Qual o custo do atendimento da ABD?

A ABD é uma entidade sem fins lucrativos e cobra parte de seus serviços e atividades para poder manter a entidade em funcionamento. topo

O que a ABD oferece?

Orientação direcionada a cada caso.

Atendimento a pais, familiares, escolas, profissionais clínicos, imprensa, órgãos públicos e toda a comunidade.

Curso de Formação em Dislexia, dirigido a profissionais, que ocorre anualmente focando a questão multidisciplinar e abordando os seguintes temas: Evolução do ser humano, Avaliação, Diagnóstico e Acompanhamento pós-diagnóstico e Inclusão do Disléxico na escola.

Simpósio Nacional a cada dois anos.

Simpósio Internacional – Dislexia, Cognição e Aprendizagem.

Encontros com disléxicos e reunião com pais.

Palestras em Escolas, Faculdades, Comunidades, Clinicas, etc.

Palestras para professores da Rede Pública de Ensino.

Outras palestras diversificadas conforme áreas de interesse.

CAE - Centro de Avaliação e Encaminhamento.

Diagnóstico multidisciplinar de Exclusão.

Encaminhamento adequado a cada caso atendido.

Tratamento para Distúrbios de Aprendizagem e Dislexia.

Cadastro de profissionais e clínicas especializadas.

Biblioteca para consulta.

Acesso a livros selecionados e materiais relacionados com distúrbios de aprendizagem.

Desenvolvimento de pesquisas cientificas e estudos quanto à incidência e forma da dislexia no Brasil.

topo

Atendimento Sócio-Econômico

“A ABD cumprindo os objetivos do Estatuto Social na condição de organização não governamental atende gratuitamente pessoas com sinais de dislexia, que comprovem ausência de recursos para custear a avaliação multidisciplinar. Desta forma elaborou norma para aperfeiçoar o atendimento das pessoas desta classe sócio-econômica.”



Serão atendidos conforme as normas do CTAS - Centro de Triagem e Assistencia Social somente:

- Alunos da Rede Pública de Ensino da capital e grande São Paulo.

- Com idade entre 6 e 18 anos,

- Que estejam cursando o Ensino Fundamental e Ensino Médio,

- Que comprovem situação de ausência de recursos.

Os pais ou responsáveis devem comparecer à ABD às terças-feiras das 8h às 12h.



Apresentando os seguintes documentos :

1- Encaminhamento da Escola, feito em papel timbrado oficial, assinado e carimbado pela Coordenação Escolar, relatando sumariamente o motivo do encaminhamento.

2- Comprovante de gastos mensais: contas de água, luz, aluguel, telefones fixo e celular.

3- Comprovante de renda, holerite ou declaração com o valor recebido mensalmente.

4- Xerox do ultimo registro da carteira de trabalho

5- Xerox dos documentos dos pais

5- Xerox do documento da criança

6- Xerox do Exame do pezinho

7- Telefones de contato


Esta documentação será analisada pelo CASP – Centro de Atendimento Social e Pesquisa da ABD. Após análise, o responsável pelo menor será comunicado da aprovação ou não.

Informamos que há fila de espera para este atendimento.


FONTE DE PESQUISA:
http://www.dislexia.org.br/

maio 17, 2011

A relevância do diagnóstico da dislexia e da intervenção de qualidade


Este documento foi elaborado por uma comissão de especialistas com o intuito de divulgar e disseminar informações consensuais e cientificamente comprovadas sobre a Dislexia.

Caso você concorde com o teor do documento envie para (comunica@dislexia.org.br) com as informações abaixo. Sua resposta autorizará a inclusão de seu nome e instituição demonstrando adesão ao documento.

A Associação Brasileira de Dislexia - ABD está colaborando na distribuição do texto para as assinaturas e na coleta das autorizações para divulgação.




Nome do Profissional Instituição a qual está vinculado





A relevância do diagnóstico da dislexia e da intervenção de qualidade



Dados sobre a Educação no Brasil em 2009 apontam que há 13% de crianças entre 10 e 14 anos com mais de dois anos de atraso escolar, com grande variação entre as regiões do País (PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios / Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, 2009). Esses resultados apontam que parte de nossas crianças consegue atingir níveis de competência em leitura, mas uma parcela importante da população que cursa o ensino fundamental no Brasil ainda não alcançou níveis recomendáveis para sua idade. Aproximadamente 40% das crianças em séries iniciais de alfabetização apresentam dificuldades escolares devido a múltiplas causas incluindo falta de oportunidade social, ambiente cultural pouco estimulante, desvantagens sócio-econômicas, falhas no acesso ao ensino e aos métodos pedagógicos adequados, além de fatores neurobiológicos diversos.

É evidente que o ensino de leitura no país ainda tem muito que melhorar e muitas vezes este desempenho ruim reflete um acúmulo de dificuldades desde a época da alfabetização. No entanto, dentre as crianças com dificuldades escolares há um número de crianças que apresentam uma condição de ordem funcional, como o transtorno específico de leitura, ou a dislexia.

Estudos epidemiológicos atuais apontam que os transtornos específicos de leitura são muito freqüentes com prevalência entre 5 a 10% da população

mundial em idade escolar. Nos países em desenvolvimento, tais transtornos contribuem significativamente para as altas taxas de fracasso e evasão escolar.

Neste sentido, dada a complexidade e características multifatoriais dos transtornos de aprendizagem é essencial distinguir os casos onde há predomínio dos fatores psicossociais e ambientais daqueles de bases orgânicas e neurobiológicas. Tal distinção é essencial tanto para a condução de um diagnóstico preciso como para a seleção das diferentes estratégias de intervenção, sejam estas na área da saúde ou educacionais e sociais, mais adequadas e específicas a cada caso.

A dislexia conforme conceito atual proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) consiste de um transtorno do neurodesenvolvimento que é caracterizado pela dificuldade específica de leitura, não explicada por déficit de inteligência, falta de oportunidade de aprendizado, motivação geral ou acuidade sensorial diminuída seja visual ou auditiva. A habilidade mais prejudicada na dislexia é a de segmentar, manipular e sintetizar seqüências de sílabas e fonemas que compõe as palavras, a habilidade de consciência fonológica. A avaliação diagnóstica da dislexia é essencialmente interdisciplinar e requer zelo, critérios diagnósticos clínicos e deve envolver um amplo espectro de instumentos padronizados, questionários para escola e familiares, afastando-se causas sensoriais (visuais, auditivas). Os exames de neuroimagem podem ser utilizados como auxílio clínico nos casos com anormalidades no exame neurológico ou com sintomas neurológicos clínicos como de crises epilépticas. A avaliação diagnóstica interdisciplinar deve abranger também outros aspectos funcionais:

1. A avaliação da eficiência, velocidade e automatização da leitura;

2. Avaliação da eficiência, velocidade e automatização da escrita e discriminação do tipo de erros na escrita;

3. A discrepância entre o mau desempenho na leitura quando comparado com o seu desempenho cognitivo (geralmente, discrepância de dois anos).

O diagnóstico de dislexia tem uma extensa e sólida demarcação clínica e neuropsicológica enquanto transtorno reconhecidamente de base orgânica (neurológica) e genética caracterizada pela falha nos mecanismos cerebrais responsáveis pela manipulação da estrutura sonora das palavras e/ou pela dificuldade na transposição da representação gráfica em seu correspondente fonológico (sonoro). Como a maioria dos transtornos do desenvolvimento e dos problemas psiquiátricos de maneira geral, não há até o momento um marcador biológico único, seja de neuroimagem ou genético, presente em todos os casos.

Os avanços da neurociência, tornando mais nítida e objetiva a interface mente/cérebro, permite-nos compreender melhor os aspectos neurológicos e cognitivos que subjazem aos padrões comportamentais da dislexia.

Estudos recentes avaliando áreas cerebrais durante provas de leitura mostram que as crianças com dislexia apresentam baixa ativação metabólica da rede neural do hemisfério cerebral esquerdo, nas diferentes tarefas como leitura, no reconhecimento de rimas, e estes dados são consistentes nas diversas culturas e línguas.

A leitura e a escrita compartilham áreas cerebrais com outras funções cognitivas, incluindo os circuitos relacionados à atenção, memória e

planejamento executivo. Neste sentido, não é de se surpreender a associação da dislexia com outros transtornos do desenvolvimento como o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade que pode ser encontrado em aproximadamente 30% das crianças com dislexia. Pode haver também uma continuidade multidimensional para a habilidade de leitura, em geral, e para as demais habilidades cognitivas relacionadas.

Há heterogeneidade de manifestações de transtornos de leitura em uma gradação completa e contínua, desde a criança com dislexia severa, em um extremo, até o leitor fraco por atraso de desenvolvimento da linguagem. Estudos recentes com neuroimagem mostram a importância da reabilitação, principalmente baseada no treino de habilidades fonológicas. Há um aumento da atividade metabólica de áreas temporo-parietais e frontais do hemisfério esquerdo e um recrutamento de circuitos em áreas homólogas do hemisfério direito e de áreas cerebrais responsáveis pela modulação emocional e motivacional. Observa-se ainda uma correlação entre a magnitude da ativação e a melhora clínica sugerindo que tais achados podem num futuro próximo sugerir marcadores neurobiológicos de sucesso da reabilitação. Neste sentido, o avanço nas pesquisas de tais tecnologias poderá contribuir tanto para um diagnóstico precoce quanto para a reabilitação facilitando a seleção das estratégias mais efetivas para potencializar rotas residuais.

De acordo com dados publicados pelo IBGE (2010) o Brasil tem cerca de 190 milhões de habitantes, dos quais quase 45 milhões de crianças e adolescentes estão matriculados no ensino regular. Se considerarmos a prevalência reservada de 4% de alunos disléxicos ainda assim estaremos diante de 1.8 milhões de brasileiros nessa condição.

É importante ressaltar que o bom e o mau prognóstico da dislexia não dependem apenas de fatores biológicos e neurológicos, mas do diagnóstico precoce, e conseqüentemente do início precoce da intervenção. Isto irá permitir uma maior integração com a escola, facilitar a aceitação e inserção social da criança com dificuldade de leitura e escrita, prevenindo as conseqüências emocionais e comportamentais desastrosas do não reconhecimento em termos de autocompetência e autoestima. Embora o diagnóstico clínico definido requeira pelo menos 2 anos de diferença entre a idade cronológica e a idade de leitura, é possível reconhecer precocemente crianças em idade pré-escolar de risco por exemplo aquelas com dificuldade de manipulação fonológica, já verificada aos 5 e 6 anos. Se passarmos a identificar tais crianças podemos estabelecer um programa de estimulação e intervenção também mais precoce e eficiente. Tal identificação é fundamental quando entendemos que a janela de desenvolvimento da linguagem na criança é mais ativa antes dos 6 anos de vida.

Para finalizar é essencial reconhecer que as bases neurobiológicas da dislexia já estão bem estabelecidas e fazem parte do conhecimento científico amplamente confirmado por estudos epidemiológicos e de pesquisa clínica em todo o mundo. Trazer à luz a questão da dislexia e buscar ajuda nas políticas públicas de saúde e educação com o intuito de apoiar crianças e jovens com dislexia e suas famílias, não significa que estamos dando as costas para a questão da educação em nosso país. E ainda, assumir posições irracionais e negar a existência da dislexia justificando toda e qualquer dificuldade de aprendizagem por aspectos de ordem geral sócio-econômicas, pedagógicas e institucionais é um grande desserviço para a comunidade tão carente de

atenção, leis adequadas de adaptação e capacitação profissional necessárias. Há que se ater à necessidade de criar abordagens tanto para reconhecer como para implementar estratégias efetivas e precoces de intervenção. Tal postura centrada na ideologização do conhecimento, no reducionismo ancorado na bandeira ideológica contra a medicalização dos problemas de saúde deve ser combatida com conhecimento e capacitação. Identificar a dislexia é também prover as escolas de condições ideais para a adaptação curricular, recursos pedagógicos especializados, mobilizando a sociedade para apoiar a aprovação de leis que auxiliem nossas crianças a enfrentarem seus desafios pedagógicos e humanos com maior dignidade e autoestima. Um dos maiores indicadores de mau prognóstico da dislexia é o estigma que acompanha o não reconhecimento da dislexia pela sociedade. Um estigma que deve ser combatido com informação para que crianças inteligentes e criativas não fiquem à margem do processo de socialização garantido através da educação e da cultura.

Documento elaborado em março de 2011 por:

 Prof. Dr. Abram Topczweski

Formou-se na Escola Médica do Rio de Janeiro (Universidade Gama Filho) em 1970. Mestre em neurologia pela USP, Doutor em neurociências pela UNICAMP. Ex-Professor assistente de neuropsicologia da PUC-SP, Neuropediatra do Hospital Israelita Albert Einstein, Consultor de neuropediatria da AACD e do Hospital Infantil Darcy Vargas. Vice-Presidente da Associação Brasileira de Dislexia(ABD); Diretor do Hospital Israelita Albert Einstein; Membro do conselho de Ética Médica do Hospital Israelita Albert Einstein.

 Profa. Dra. Ana Luiza Navas

Possui graduação em Distúrbios da Comunicação Humana pela Universidade Federal de São Paulo (1988), mestrado em Psicolinguistica - University of Connecticut (1993) e doutorado em Psicolinguistica - University of Connecticut (1998). Membro do Conselho administrativo da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Professora adjunto, e atual Diretora do Curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Membro da Diretoria da Society for the

Scientific Studies of Reading (SSSR) como Coordenadora Internacional. Diretora do Instituto ABCD (2010 – presente).

 Prof. Dr. Jaime Zorzi

Possui graduação em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1976), mestrado em Distúrbios da Comunicação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1988) e doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1997). Ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia e Ex-Conselheiro do Conselho Regional de Fonoaudiologia - 2ª Região. Foi professor de cursos de graduação em fonoaudiologia na PUCSP e na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Na pós-graduação, atua no CEFAC Pós-Graduação em Saúde e Educação, como coordenador, organizador e professor de cursos de especialização nas áreas da Fonoaudiologia e Educação. Tem trabalhado em programas de formação de professores de ensino fundamental e em assessoria educacional, com enfoque principalmente no desenvolvimento de propostas para facilitar a alfabetização de alunos com problemas de aprendizagem.

 Prof. Dr. Mauro Muskat

Médico neurologista com graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (1977), mestrado em Medicina (Neurologia) pela Universidade Federal de São Paulo (1989) e doutorado em Medicina (Neurologia) pela Universidade Federal de São Paulo (1992). Atualmente é coordenador do Núcleo de Atendimento Neuropsicológico Infantil Interdisciplinar do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Neurologia, atuando principalmente nos seguintes temas: epilepsia, neurodesenvolvimento infantil, neuroplasticidade e TDAH. Professor orientador do Curso de Pós Graduação de Educação e Saúde da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo.
 
Fonte de consulta: http://www.dislexia.org.br/
 

Nome do Profissional Instituição a qual está vinculado

maio 13, 2011

A Dislexia caracteriza-se só por problemas na leitura ?


Índice

1.O que é a Dislexia?
2.A dislexia é uma doença?
3.Toda pessoa disléxica tem sempre problemas na leitura?
4.Com que idade pode ser feito um diagnóstico de dislexia. Quais os profissionais que fazem esse diagnóstico?
5.Existem sintomas antes da idade escolar?
6.Quais são os direitos de um aluno disléxico perante a lei?
7.A dislexia pode ser encontrada também no adulto?
8.Como pode uma pessoa com dislexia enfrentar a vida académica?
9.A criança disléxica pode frequentar uma escola normal? E uma escola bilíngue?
10.Como identificar a diferença entre uma criança má alfabetizada ou com dificuldades na aprendizagem e uma criança disléxica?
11.A dislexia é hereditária?
12.A dislexia pode ser adquirida?


Resposta:

O que é a Dislexia?

A Dislexia caracteriza-se por problemas na leitura. Quando a pessoa lê, ela pode não entender bem os códigos da escrita. A leitura pode ser lenta, silabada e a pessoa pode ter dificuldades em reconhecer até mesmo as palavras mais familiares.

A Dislexia é inesperada pois não tem uma causa evidente. A pessoa tem inteligência normal e condições adequadas no seu meio assim como no ensino, não apresenta doenças neurológicas ou psiquiátricas e não tem alterações significativas auditivas e visuais.

Resposta:A dislexia é uma doença?

A dislexia não é considerada uma doença. As pessoas com dislexia apresentam um funcionamento peculiar do cérebro para os processamentos linguísticos relacionados com leitura. O disléxico tem dificuldade em associar o símbolo gráfico, as letras, com o som que elas representam, e organizá-los, mentalmente, numa sequência temporal . É uma dificuldade de linguagem inesperada, pois não está relacionada com problemas visuais, auditivos, lesões neurológicas,atraso, problemas psicológicos e sócio culturais.

Resposta:

Toda a pessoa disléxica tem sempre problemas na leitura?
O que caracteriza a dislexia é a dificuldade para descodificar os símbolos escritos e reconhecer imediatamente as palavras, tendo como consequência dificuldades na compreensão dos textos.

Resposta:

Com que idade pode ser feito um diagnóstico de dislexia? Quais os profissionais que fazem esse diagnóstico?

Podemos suspeitar a presença da dislexia desde cedo, principalmente na época da alfabetização, quando a leitura e escrita são formalmente apresentadas à criança. Um diagnóstico mais precisa é feito a partir do 2º ano, após dois anos de aprendizagem da leitura. Mas havendo sinais de dificuldades nas áreas de linguagem, um atendimento adequado deve ser iniciado antes mesmo da alfabetização.

Os profissionais que podem realizar este diagnóstico são os Terapeutas da Fala trabalhando conjuntamente com os psicólogos especializados no assunto. Quando necessário, podem ser solicitados exames complementares (neurológico, neuropsicológico, processamento auditivo central, neuroftalmológico)
Resposta:

Existem sintomas antes da idade escolar?
Alguns sintomas podem ser observados desde cedo, como dificuldades para se expressar oralmente, dificuldades em identificar rimas e sons nas palavras, compreender o que é falado, dificuldades na orientação de espaço e tempo.

Resposta:

Quais são os direitos de um aluno disléxico perante a lei?

Todas as crianças tem o direito fundamental á educação. O Decreto-Lei n.º 3/2008 vem enquadrar as respostas educativas a desenvolver no âmbito da adequação do processo educativo às necessidades educativas especiais dos alunos com limitações significativas ao nível da actividade e participação, num ou vários domínios da vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais de permanente e das quais resultam dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação social.
Resposta:

A dislexia pode ser encontrada também no adulto?

A dislexia é um transtorno de linguagem que perdura ao longo da vida, nasce-se disléxico. Mediante um grande esforço, os adultos podem ter aprendido a conviver com suas dificuldades, e se tiverem feito um tratamento adequado, terão desenvolvido estratégias que compensarão estas dificuldades, facilitando-lhes a vida académica.
Resposta:

Como pode uma pessoa com dislexia enfrentar a vida académica?

A intervenção terapêutica adequada para o desenvolvimento de estratégias de leitura, realizadas com a ajuda do Terapeuta da Fala especializado, são essenciais para o êxito da aprendizagem.

A família tem um papel de grande importância, assim como a escola. Ambos devem conhecer as características do disléxico, respeitando os seus limites e valorizando muito seu potencial.


Resposta:

A criança disléxica pode frequentar uma escola normal?

E uma escola bilíngue?

A criança disléxica deve freqüentar a escola regular. É importante que a equipa escolar conheça os aspectos característicos da dislexia, o funcionamento leitor do disléxico e esteja pronta e disponível para atender estas necessidades especiais. A escola bilíngue não é indicada para uma criança com dificuldades de linguagem, pois ela deverá lidar com vários idiomas simultaneamente, com diferentes estruturas fonéticas e gramaticais, o que tornará mais complexa a aprendizagem da língua escrita.


Resposta:

Como identificar a diferença entre uma criança má alfabetizada ou com dificuldades na aprendizagem e uma criança disléxica?

A criança má alfabetizada, consegue vencer suas dificuldades, até ficarem totalmente superadas.

A criança disléxica tem sinais que a acompanharão por toda a vida. Há possibilidade de realizar este diagnóstico diferencial utilizando-se avaliações específicas.


Resposta:

A dislexia é hereditária?

A dislexia de desenvolvimento, aquela que nasce conosco, com freqüência aparece em outros casos familiares. As causas genéticas e distúrbios neuroquímicos estão a ser estudadas pelas ciências neurocognitivas.



Resposta:

A dislexia pode ser adquirida?

Se uma pessoa tiver um traumatismo craniano, doenças neurológicas graves ou problemas emocionais severos, ela poderá apresentar um grande transtorno na sua aprendizagem e consequentemente na leitura, mas com causa evidente.

É uma dislexia com história clínica diferente da dislexia de desenvolvimento, que nasce com a pessoa e sem motivo aparente.



FONTE DE PESQUISA: http://www.appdae.net/pfdislexia.html

maio 09, 2011

Dislexia é conhecida no meio científico por Transtorno de Aprendizado em Leitura

Atualmente a dislexia é conhecida no meio científico por Transtorno de Aprendizado em Leitura. Divide-se em 2 partes:

1) Dificuldade na decodificação das palavras, ou seja, dificuldade em identificar as palavras individuais ou lentidão na leitura de frases e textos.

2) Dificuldade na compreensão do que é lido.

DIAGNÓSTICO:

Antes de fazermos um diagnóstico definitivo de dislexia, é importante observar outros fatores que podem estar causando as dificuldades de aprendizado na leitura e que não constituem uma dislexia verdadeira:

Primeiro, a criança não deve ter déficit intelectual. Isto significa que se a criança tem um déficit cognitivo global, é provável que todas as funções cognitivas tenham uma defasagem em relação ao que seria esperado para a idade e, portanto, a criança vai ter dificuldade para ler devido ao atraso global e não a uma dislexia verdadeira.

É claro que tanto a criança com dislexia como a com déficit intelectual podem estar no mesmo nível de leitura, mas, evidentemente, a criança com dislexia pura tem um prognóstico bem melhor, já que suas outras funções cognitivas estão preservadas.

Em segundo lugar, o problema no desenvolvimento da leitura não pode dever-se a alguns fatores como: problemas no método de ensino, problemas emocionais, "bloqueios psicológicos" ou conflitos familiares graves. Ou seja, a dislexia é um transtorno de origem biológica e não é resultado de fatores externos, como os citados acima.

Temos que tomar alguns cuidados neste conceito. Como vimo, uma criança com problemas na leitura não apresenta necessariamente dislexia. Outros fatores podem estar causando o problema.

O diagnóstico de dislexia é definido por muitos autores e pelos manuais de diagnóstico em psiquiatria quando há uma discrepância significativa entre o QI (coeficiente intelectual) e o desempenho na leitura.

No Brasil fazer o diagnóstico baseado nesta definição é algo muito complicado. Primeiro porque não temos bons testes padronizados para medir a inteligência e o desempenho acadêmico e os que existem ou são mal padronizados ou muito limitados na abrangência das funções que medem. Segundo, poucas pessoas estão preparadas para fazer este tipo de avaliação e, quando existe a avaliação disponível, costuma ser cara e pouco acessível.

Em nosso serviço, conseguimos definir com excelente precisão a presença de dislexia, os déficits cognitivos que a estão causando e se existem outros fatores que podem estar prejudicando a leitura eficiente. Utilizamos testes exclusivos no Brasil, apenas disponíveis em nossa clínica.
 
FONTE DE PESQUISA: http://transtornosdeaprendizado.com/dislexia

Método Das Boquinhas



Método Das Boquinhas: Alfabetização e Reabilitação dos Distúrbios da Leitura e Escrita (Curso dado pela autora– Renata Jardini)




O Método das Boquinhas foi aprovado como Tecnologia Educacional pelo MEC em dez/09, sendo atestado como eficiente para alfabetizar e recuperar a alfabetização de crianças, jovens ou adultos.

Sua fundamentação teórica é de base multissensorial, fônica-vísuo-articulatória, propiciando rapidez e segurança na associação do fonema ao grafema (som à letra) uma vez que é uma Metodologia Concreta e Sinestésica e acrescenta o diferencial do articulema (boquinha), contribuindo para o real aprendizado e recuperação da leitura e escrita. Pode ser usado na íntegra, como Metodologia adotada pela escola, ou como uma ferramenta de trabalho para a conversão fonema/grafema, sendo inserido na metodologia adotada pela escola.

O Método das Boquinhas é de fácil aplicabilidade e compreensão e tem sido utilizado em salas de aula com todas as crianças, alunos comuns e outros com trocas de letras, trazendo grande e positivo impacto sobre os resultados na aprendizagem e autoestima do professor e do aluno. Resultado semelhante tem sido observado na terapêutica clínica.

A parceria entre a Fonoaudiologia e a Pedagogia tem trazido ganhos aos estudantes e à educação em geral. O mercado atual exige educadores com capacitação para lidar pedagogicamente com os distúrbios da leitura e escrita, que são frequentes e necessitam de uma atenção especial, utilizando-se de metodologia adequada para esta recuperação, como a sugerida pelas Boquinhas.



Público alvo: Educadores do ensino fundamental, psicopedagogos, fonoaudiólogos e psicólogos educacionais.



Objetivos:

• Capacitar o educador a conhecer o desenvolvimento normal do processo de letramento e discriminar as alterações mais comumente apresentadas.

• Capacitar o educador a alfabetizar crianças comuns com a proposta oferecida pelo Método das Boquinhas.

• Capacitar o educador com estratégias práticas de mediação dos distúrbios da leitura e escrita, inseridos em salas de aula comuns, por meio da proposta oferecida pelo Método das Boquinhas.

• Assistir o educador por meio de supervisão e discussão de casos.



Metodologia:

Aulas expositivas teóricas e demonstrativas práticas com apresentação e estudo de casos. Workshop com vivências.

Para que o trabalho possa ser interativo e reflita uma real aprendizagem da metodologia proposta, sugere-se o trabalho em grupos não superiores a 70 - 100 educadores.



Recursos Necessários:

• Sala com cadeiras e lousa (opcional);

• Projetor data-show com micro computador;

• Microfone e caixas de som;

• Livro Alfabetização com as Boquinhas - livro do professor (opcional);

•Apostila oferecida pela autora;

• Certificado oferecido pela autora.



Carga Horária:

• Capacitação: 16h/aula, divididas conforme disponibilidade dos alunos. Recomenda-se sexta e sábado, das 8:00h às 17:00h.





Programa:

• 1º período:

- O trabalho integrado entre escola/pais/profissionais;

- O treino da consciência fonológica/fonêmica/fonoarticulatória;

- Aquisição do letramento;

- Hipóteses de escrita segundo Ferreiro e Teberosky;

- Rotas de escrita lexical e fonológica;

- Metodologias de Alfabetização;

- Análises de escritas.



• 2º período:

- Dificuldades ou distúrbios da leitura e escrita ?;

- Patologias da leitura e escrita;

- A dislexia e o TDAH;

- Estratégias para a sala de aula com um disléxico;

- O erro como ferramenta de trabalho;

- Distinção entre erros esperados no processo de aquisição e erros patológicos;



• 3º período:

- Pressupostos teóricos do Método das Boquinhas;

- Treino dos articulemas (boquinhas);

- Alfabetização segundo os livros de Alfabetização com as Boquinhas;

- Dificuldades fonológicas/ortográficas;

- Análises de casos.



• 4º período:

- Trocas de letras e sua recuperação, segundo o Caderno de Exercícios;

- Exercícios para desenvolvimento da leitura e escrita;

- Aquisições gramaticais;

- Elaboração e interpretação de textos;

- Discussão/supervisão de casos.

FONTE DE PSEQUISA:
http://www.metododasboquinhas.com.br/base.asp?pag=quemsomos.asp

maio 02, 2011

A INCLUSÃO DO DISLÉXICO NA ESCOLA


DISLEXIA E ESCOLA


É na escola que a dislexia, de fato, aparece. Há disléxicos que revelam suas dificuldades em outros ambientes e situações, mas nenhum deles se compara à escola, local onde a leitura e a escrita são permanentemente utilizadas e, sobretudo, valorizadas.



Sempre houve disléxicos nas escolas. Entretanto, a escola que conhecemos certamente não foi feita para o disléxico. Objetivos, conteúdos, metodologias, organização, funcionamento e avaliação nada têm a ver com ele. Não é por acaso que muitos portadores de dislexia não sobrevivem à escola e são por ela preteridos. E os que conseguem resistir a ela e diplomar-se fazem-no, astuciosa e corajosamente, por meio de artifícios, que lhes permitem driblar o tempo, os modelos, as exigências burocráticas, as cobranças dos professores, as humilhações sofridas e, principalmente, as notas.


MUDANÇAS NA ESCOLA

A inclusão do aluno disléxico na escola, como pessoa portadora de necessidade educacional, está garantida e orientada por diversos textos legais e normativos. A Lei 9.394, de 20/12/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), por exemplo, prevê que a escola o faça a partir do artigo 12, inciso I, no que diz respeito à elaboração e à execução da sua Proposta Pedagógica; o inciso V, do mesmo artigo, diz que a escola deve prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; o artigo 23 permite à escola organizar a educação básica em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização; o artigo 24, inciso V, alínea a), prevê que a avaliação seja contínua e cumulativa, com a prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período[1].Diante de tais possibilidades, o Colégio Marista de Natal, ao construir sua Proposta Política Pedagógica e rever o Regimento Escolar, já o fez considerando o aluno disléxico. No que diz respeito à avaliação, por exemplo, a Proposta Pedagógica as seguintes possibilidades:

a) provas escritas, de caráter operatório, contendo questões objetivas e/ou dissertativas, realizadas individualmente e/ou em grupo, sem ou com consulta a qualquer fonte;

b) provas orais, através de discurso ou argüições, realizadas individualmente ou em grupo, sem ou com consulta a qualquer fonte;

c) atividades práticas, tais como trabalhos variados, produzidos e apresentados através de diferentes expressões e linguagens, envolvendo estudo, pesquisa, criatividade e experiências práticas, realizados individualmente ou em grupo, intra ou extraclasse; d) observação de comportamentos, tendo por base os valores e as atitudes identificados nos objetivos da escola (solidariedade, participação, responsabilidade, disciplina e ética).

A experiência tem demonstrado a necessidade de se manter a comunidade educativa permanentemente informada a respeito da dislexia. Informações sobre eventos que tratam do assunto e seus resultados, desempenho dos alunos portadores de dislexia, características da síndrome, maneiras de ajudar o aluno disléxico na escola, etc. No Colégio chamamos a isso de informação de manutenção, cujos objetivos são prevenir, alertar e orientar os docentes no seu trabalho. Tais informações são veiculadas em reuniões e por meio de cartazes, informativos internos, folders sobre o assunto, etc. Não é necessário que alunos disléxicos fiquem em classe especial. Alunos disléxicos têm muito a oferecer para os colegas e muito a receber deles. Essa troca de humores e de saberes, além de afetos, competências e habilidades só faz crescer a amizade, a cooperação e a solidariedade.

O diagnóstico de dislexia traz quase sempre indicação para acompanhamento específico em uma ou mais áreas profissionais (fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia...), de acordo com o tipo e nível de dislexia constatados. Assim sendo, a escola procura assegurar, desde logo, os canais de comunicação com o(s) profissional(is) envolvido(s), tendo em vista a troca de experiências e de informações.Todos os professores que trabalham com a classe sabem que tal aluno é disléxico e o próprio também sabe disso. Quanto aos colegas, deixamos a critério do aluno: se ele quiser contar para os companheiros, que o faça; se ele quiser que nós o auxiliemos a contar para eles, nós o fazemos; se ele não quiser falar disso com terceiros, ninguém o fará. Dessa forma, temos alunos que já passaram por várias séries sem terem chamado a atenção dos colegas e sem terem sentido a necessidade de revelar-se, assim como há aqueles que o fazem sem cerimônia.


DIFICULDADES


· não há um método, uma cartilha, uma receita, para trabalhar com alunos disléxicos. Assim sendo, é preciso mais tempo e mais ocasiões para a troca de informações sobre os alunos, planejamento de atividades e elaboração de instrumentais de avaliação específicos;

· relutância inicial (ou dificuldade, mesmo) por parte de alguns professores para separar o comportamento do aluno disléxico das suas dificuldades;

· receio do professor em relação às normas burocráticas, aos companheiros de trabalho, aos colegas do aluno disléxico, familiares, etc.;

· angústia do professor em relação ao nível de aprendizado do aluno e às suas condições para enfrentar o vestibular;

· tempo necessário para cada professor percorrer a sua trajetória pessoal em relação a esta questão.


PROCEDIMENTOS BÁSICOS

·Trate o aluno disléxico com naturalidade. Ele é um aluno como qualquer outro; apenas, disléxico. A última coisa para a qual o diagnóstico deveria contribuir seria para (aumentar) a sua discriminação.

· Use linguagem direta, clara e objetiva quando falar com ele. Muitos disléxicos têm dificuldade para compreender uma linguagem (muito) simbólica, sofisticada, metafórica. Seja simples, utilize frases curtas e concisas ao passar instruções.

·Fale olhando diretamente para ele. Isso ajuda, e muito. Enriquece e favorece a comunicação.

· Traga-o para perto da lousa e da mesa do professor. Tê-lo próximo à lousa ou à mesa de trabalho do professor, pode favorecer o diálogo, facilitar o acompanhamento, facultar a orientação, criar e fortalecer novos vínculos...

·Verifique sempre e discretamente se ele demonstra estar entendendo a sua exposição. Ele tem dúvidas a respeito do que está sendo objeto da sua aula? Ele consegue entender o fundamento, a essência, do conhecimento que está sendo tratado? Ele está acompanhando o raciocínio, a explicação, os fatos? Repita sempre que preciso e apresente outros exemplos, se for necessário.

·Certifique-se de que as instruções para determinadas tarefas foram compreendidas. O que, quando, onde, como, com o quê, com quem, em que horário, etc. Não economize tempo para constatar se ficou realmente claro para o aluno o que se espera dele.

·Observe discretamente se ele fez as anotações da lousa e de maneira correta antes de apagá-la. O disléxico tem um ritmo diferente dos não-disléxicos, portanto, evite submetê-lo a pressões de tempo ou competição com os colegas.

·Observe se ele está se integrando com os colegas. Geralmente, o disléxico angaria simpatias entre os companheiros. Suas qualidades e habilidades são valorizadas, o que lhes favorece no relacionamento. Entretanto, sua inaptidão para certas atividades escolares (provas em dupla, trabalhos em grupo, etc.) pode levar os colegas a rejeitá-lo nessas ocasiões. O professor deve evitar situações que evidenciem esse fato. Com a devida distância, discreta e respeitosamente, deve contribuir para a inserção do disléxico no grupo-classe.

·Estimule-o, incentive-o, faça-o acreditar em si, a sentir-se forte, capaz e seguro. O disléxico tem sempre uma história de frustrações, sofrimentos, humilhações e sentimentos de menos valia, para a qual a escola deu significativa contribuição. Cabe, portanto, a essa mesma escola, ajudá-lo a resgatar sua dignidade, a fortalecer seu ego, a (re) construir sua auto-estima.

·Sugira-lhe “dicas”, “atalhos”, “jeitos de fazer”, “associações”... que o ajudem a lembrar-se de, a executar atividades ou a resolver problemas.

·Não lhe peça para fazer coisas na frente dos colegas, que o deixem na berlinda: principalmente ler em voz alta.

·Atenção: em geral, o disléxico tende a lidar melhor com as partes do que com o todo. Abordagens e métodos globais e dedutivos são-lhe de difícil compreensão. Apresente-lhe o conhecimento em partes, de maneira indutiva.

·Permita, sugira e estimule o uso de gravador, tabuada, máquina de calcular, recursos da informática.

·Permita, sugira e estimule o uso de outras linguagens.


PROCEDIMENTOS QUANTO À AVALIAÇÃO


O disléxico tem dificuldade para ler. Assim sendo, · avaliações que contenham exclusivamente textos, sobretudo textos longos, não devem ser aplicadas a tais alunos;· utilize uma única fonte, simples, em toda a prova (preferencialmente “Arial 11” ou Times New Roman 12), evitando-se misturas de fontes e de tamanhos, sobretudo as manuscritas, as itálicas e as rebuscadas);· dê preferência a avaliações orais, através das quais, em tom de conversa, o aluno tenha a oportunidade de dizer o que sabe sobre o(s) assunto(s) em questão; · não indique livros para leituras paralelas. Quando necessário, proponha outras experiências que possam contribuir para o alcance dos objetivos previstos: assistir a um filme, a um documentário, a uma peça de teatro; visitar um museu, um laboratório, uma instituição, empresa ou assemelhado; recorrer a versões em quadrinhos, em animações, em programas de informática;· ofereça uma folha de prova limpa, sem rasuras, sem riscos ou sinais que possam confundir o leitor;· ao empregar questões falso-verdadeiro:o construa um bom número de afirmações verdadeiras e em seguida reescreva a metade, tornando-as falsas;o evite o uso da negativa e também de expressões absolutas;o construa as afirmações com bastante clareza e, aproximadamente com a mesma extensão;o inclua somente uma idéia em cada afirmação;· ao empregar questões de associações:o trate de um só assunto em cada questão;o redija cuidadosamente os itens para que o aluno não se atrapalhe com os mesmos;· ao empregar questões de lacuna:o use somente um claro, no máximo dois, em cada sentença;o faça com que a lacuna corresponda à palavra ou expressão significativas, que envolvam conceitos e conhecimentos básicos e essenciais - também chamados de “ferramentas”, e não a detalhes secundários;o conserve a terminologia presente no livro adotado ou no registro feito em aula. O disléxico tem dificuldade para entender o que lê; para decodificar o texto; para interpretar a mensagem; tende a ler e a interpretar o que ouve de maneira literal. Assim sendo, · utilize linguagem clara, objetiva, com termos conhecidos;· elabore enunciados com textos curtos, com linguagem objetiva, direta, com palavras precisas e inequívocas (sem ‘duplo’ sentido);· procure deixar as questões ou alternativas com a mesma extensão;· evite formular questões que possuem negativas;· trate de um só assunto em cada questão;· se for indispensável à utilização de um determinado texto, subdivida o original em partes (não mais do que cinco ou seis linhas cada uma);· divida um “grande” texto, do qual decorre uma “grande” questão, em “pequenos” textos acompanhados de suas respectivas questões;· recorra a símbolos, sinais, gráficos, desenhos, modelos, esquemas e assemelhados, que possam fazer referência aos conceitos trabalhados;· não utilize textos científicos ou literários (mormente os poéticos), que sejam densos, carregados de terminologia específica, de simbolismos, de eufemismos, de vocábulos com múltiplas conotações... para que o aluno os interprete exclusivamente a partir da leitura. Nesses casos, recorra à oralidade;· evite estímulos visuais ‘estranhos’ ao tema em questão;· em utilizando figuras, fotos, ícones ou imagens, cuidar para que haja exata correspondência entre o texto escrito e a imagem;· leia a prova em voz alta e, antes de iniciá-la, verifique se os alunos entenderam o que foi perguntado, se compreenderam o que se espera que seja feito (o que e como);· destaque claramente o texto de sua(s) respectiva(s) questão(ões). O disléxico tem dificuldade para reconhecer e orientar-se no espaço visual. Assim sendo, · observe as direções da escrita (da esquerda para a direita e de cima para baixo) em todo o corpo da avaliação. O disléxico tem dificuldade com a memória visual e/ou auditiva (o que lhe dificulta ou lhe impede de automatizar a leitura e a escrita). Assim sendo, · repita o enunciado na(s) página(s) seguinte(s), sempre que se fizer necessário;· não elabore avaliações que privilegiem a memorização de nomes, datas, fórmulas, regras gramaticais, espécies, definições, etc. Quando tais informações forem importantes, forneça-as ao aluno (verbalmente ou por escrito) para que ele possa servir-se delas e empregá-las no seu raciocínio ou na resolução do problema;· privilegie a avaliação de conceitos e de habilidades e não de definições;· permita-lhe que utilize a tabuada, calculadora, gravador, anotações, dicionários e outros registros durante as avaliações;· instruções curtas e simples (e uma de cada vez) evitam confusões;· elabore questões em que o aluno possa demonstrar o que aprendeu completando, destacando, identificando, relacionando ou reconhecendo informações ali contidas. O aluno disléxico ou com outras dificuldades de aprendizagem tende a ser lento (ou muito lento). Assim sendo, · dê-lhe mais tempo para realizar a prova;· possibilite-lhe fazer a prova num outro ambiente da escola (sala de orientação, biblioteca, sala de grupo);· elabore mais avaliações e com menos conteúdo, para que o aluno possa realizá-las num menor tempo. Considere que o disléxico já tem dificuldade para automatizar o código lingüístico da sua própria Língua e isso se acentua em relação à língua estrangeira.


ALGUNS ASPECTOS PRÁTICOS EM RELAÇÃO À AVALIAÇÃO

· Não espere acumular conteúdos para começar a aplicar as avaliações. Ao contrário, aplique-as amiúde, de acordo com a progressão dos estudos, dando mais oportunidades aos alunos e evitando o acúmulo de conteúdos a serem estudados. Para os disléxicos é preferível mais avaliações com menos conteúdo em cada uma delas.· Sempre que possível, prepare avaliação individualizada. O ideal é que os instrumentais de avaliação sejam elaborados de acordo com as características do aluno disléxico. Desenhos, figuras, esquemas, gráficos e fluxogramas, ilustram, evocam lembranças, ou substituem muitas palavras e levam aos mesmos objetivos[2].· Se for idêntica à dos colegas:· leia (você mesmo) os enunciados em voz alta, certificando-se de que ele compreendeu as questões; · durante a prova preste-lhe a orientação necessária para que ele compreenda o que está sendo pedido e possa responder da melhor maneira possível; · respeite o seu ritmo permitindo-lhe, quando necessário, que a conclua na aula seguinte ou em outro lugar (sala da orientação pedagógica, sala da orientação educacional, biblioteca...); · ao corrigi-la, valorize não só o que está explícito como também o implícito e adapte os critérios de correção para a sua realidade; · não faça anotações na folha da prova (sobretudo juízos de valor);· não registre a nota sem antes · retomar a prova com ele e verificar, oralmente, o que ele quis dizer com o que escreveu; · pesquisar, principalmente, sobre a natureza do(s) erro(s) cometido(s): ex.: Não entendeu o que leu e por isso não respondeu corretamente ao solicitado? Leu, entendeu, mas não soube aplicar o conceito ou a fórmula? Aplicou o conceito (ou a fórmula) mas desenvolveu o raciocínio de maneira errada? Em outras palavras: em que errou e por que errou?· somente a aplique se entender que o aluno terá realmente condições de revelar seu aproveitamento através dela. Caso contrário, por que aplicá-la? Para ressaltar - mais uma vez - a sua incapacidade?· Dê ao aluno a opção de fazer prova oral ou atividade que utilize diferentes expressões e linguagens. Exigir que o disléxico comunique o que sabe, levante questões, proponha problemas e apresente soluções exclusivamente através da leitura e da escrita é violentá-lo; é, sobretudo, negar-lhe um direito – natural – de comunicar-se, de criar, de livre-expressar-se.


ANEXO


LEGISLAÇÃO NACIONAL


Lei 8.069, de 13 de julho de 1990 (ECA) - artigo 53, incisos I, II e III“a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – direito de ser respeitado pelos seus educadores; III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores” Lei 9.394/96 (LDB)Art. 12 - Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I - elaborar e executar sua Proposta Pedagógica; V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento.Art. 13 - Os docentes incumbir-se-ão de:III, zelar pela aprendizagem dos alunos; IV, estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento.Art. 23 - A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.Art. 24, V, a) avaliação contínua e cumulativa; prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período



Lei 10.172 de 9 de janeiro de 2001 - Plano Nacional de Educação - Capítulo 8 - Da Educação Especial

8.2 - DiretrizesA educação especial se destina a pessoas com necessidades especiais no campo da aprendizagem, originadas quer de deficiência física, sensorial, mental ou múltipla, quer de características como de altas habilidades, superdotação ou talentos. (...)A integração dessas pessoas no sistema de ensino regular é uma diretriz constitucional (art. 208, III), fazendo parte da política governamental há pelo menos uma década. Mas, apesar desse relativamente longo período, tal diretriz ainda não produziu a mudança necessária na realidade escolar, de sorte que todas as crianças, jovens e adultos com necessidades especiais sejam atendidos em escolas regulares, sempre que for recomendado pela avaliação de suas condições pessoais. Uma política explícita e vigorosa de acesso à educação, de responsabilidade da União, dos Estados e Distrito Federal e dos Municípios, é uma condição para que às pessoas especiais sejam assegurados seus direitos à educação. Tal política abrange: o âmbito social, do reconhecimento das crianças, jovens e adultos especiais como cidadãos e de seu direito de estarem integrados na sociedade o mais plenamente possível; e o âmbito educacional, tanto nos aspectos administrativos (adequação do espaço escolar, de seus equipamentos e materiais pedagógicos), quanto na qualificação dos professores e demais profissionais envolvidos. O ambiente escolar como um todo deve ser sensibilizado para uma perfeita integração. Propõe-se uma escola integradora, inclusiva, aberta à diversidade dos alunos, no que a participação da comunidade é fator essencial. Quanto às escolas especiais, a política de inclusão as reorienta para prestarem apoio aos programas de integração.(...)Requer-se um esforço determinado das autoridades educacionais para valorizar a permanência dos alunos nas classes regulares, eliminando a nociva prática de encaminhamento para classes especiais daqueles que apresentam dificuldades comuns de aprendizagem, problemas de dispersão de atenção ou de disciplina. A esses deve ser dado maior apoio pedagógico nas suas próprias classes, e não separá-los como se precisassem de atendimento especial.



Parecer CNE/CEB nº 17/2001 // Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001

“O quadro das dificuldades de aprendizagem absorve uma diversidade de necessidades educacionais, destacadamente aquelas associadas a: dificuldades específicas de aprendizagem como a dislexia e disfunções correlatas; problemas de atenção, perceptivos, emocionais, de memória, cognitivos, psicolingüísticos, psicomotores, motores, de comportamento; e ainda há fatores ecológicos e socioeconômicos, como as privações de caráter sóciocultural e nutricional.”

PARA APROFUNDAR INFORMAÇÕES Ajuriaguerra J. de e outros. A dislexia em questão: dificuldades e fracassos na aprendizagem da língua escrita. Porto Alegre, Artes Médicas, 1984. Welchman, Marion. Dislexia: suas dúvidas respondidas. Tradução de Maria Angela N. Nico e Eliane M. R. Colorni. São Paulo, ABD, 1995. Ianhez, Maria Eugênia. Nem sempre é o que parece: vencendo as barreiras da Dislexia. S. Paulo: Alegro, 2001. VVAA, Dislexia: cérebro, cognição e aprendizagem. S.Paulo: Frôntis Editorial, 2000. Série ABD - fascículosDislexia: a dificuldade oculta. Descobrindo a dislexia. Você conhece alguma criança com dificuldades perceptuais? O reconhecimento da criança com dislexia. Sugestões para ajudar a criança disléxica em casa. Dislexia: implicações diagnósticas. Sugestões para ajudar a criança disléxica na escola. Criatividade e a criança disléxica: sugestões para a sala de aula.www.dislexia. org.br (Associação Brasileira de Dislexia)www.dislexia.net – Associación para la Dislexia y otros problemas de aprendizaje - Ser visual / Textos / Errores / Confusión / Desorientación / Consecuencias www.dyslexia.com – Davis Dyslexia Association International - A Dyslexic Child in the Classroomwww..bda-dyslexia,org – British Dyslexia Association Educationwww.dislexiarecife.hpg.ig.com.brhttp://busca.aol.com.br/results.adp?start=&from=+&query=dislexiahttp://www.terravista.pt/AguaAlto/1430/http://www.dyslexia.com/mexico/



http://www.dyslexiamylife.org/

Então, como diagnosticar a dislexia?

Diagnóstico

Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes que seja feito um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, mas não confirmam a dislexia. Os mesmos sintomas podem indicar outras síndromes neurológicas ou comportamentais.
Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve-se procurar ajuda especializada.
Uma equipe multidisciplinar formada por: Psicóloga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clínica deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista, Otorrinolaringologista e outros, conforme o caso.A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de AVALIAÇÃO DIFERENCIAL MULTIDISCIPLINAR.

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

COMO É A VIDA DE UMA PESSOA COM DIS...

PORQUÊ, SOMOS DIS !!!

Saiba , que entendo muito bem , quando vc fala (mal sabem eles o que tenho de fazer para chegar ate onde cheguei.... ´´e horrivel para mim. Agora vou ter que enfrentar um exame da ordem. Nao sei se mostro que sou dislexica ou nao para fazer a prova. Tenho que decidir, gostaria que vcs me orientasse o que devo fazer) vou te dar varias razões, para você não esconder que é dislexica, e outras tantas mais para você se cuidar e se respeitar em quanto há tempo. Seja quem você realmente é !!! Não seja preconceituosa com você mesma , como eu fui, por pura falta de conhecimento , coisa que você já tem.
e o mais importante ...tem a conciência dos seus direitos como cidadã. O meu conselho é: exerçar seus direitos e cumpra seus deveres, como ser pensante e atuante na nossa sociedade.

como vc sabe , também sou dislexica, mas só tive conciência do que estava acontecendo comigo, depois que ...já tinha meu emocional todo comprometido.
E mesmo assim , tive que passsar por mentirosa, pois já havia passado em um concurso publico, atuava como professora alfabetizadora e estava fazendo uma graduação em pedagogia. E te digo ...só eu e deus, sabia o que eu escondia !!!
Vivi toda minha vida com medo, e com vergunha , quando alguèm percebia meus erros ortograficos ,minha total incapacidade de escrever ao mesmo tempo que outra pessoa falava, não consiguia anotar as informações.
Com tudo isto, fui desfaçando para conseguir viver neste mundo letrado!!!
Até que minha mente e meu corpo , não suportou o estress!!! E tudo ficou encontrolavel, entrei em um processo de depressão, ansiedade e hiperatividade , altissimo.
Foi quando , fui em busca de ajuda medica. Sem saber o que eu escondia...os profissionais de saúde, se desdobraram em busca de explicações para o meu estado de saúde. Cada um chegou a um diagnostico conclusivo.
O psiquiatra, depressão e asiedade, que deveria ser trabalhada com terapia e medicação. A psicologa, hiperatividade causada por meu comportamento obcessivo de perfeição, e fata de confiança, deveria tentar me concentrar melhor no presente. O reumatologista, para ele eu estava com fibromialgia e outras coisas, causadas pelo estress, elevado, seria necessario procurar auternativas de relaxamento, e medicação. Fiz , hidroterapia, acupuntura, rpg , caminhada, cessão de relaxamento mental, com os psicologos, participei de programas para levantar minha auto-estima. Mais nada adiantava...tive outros sintomas, como gagueira, que foi trabalhado com a fonaldiologa. Labirintite, refluxo, que foram tratados por medicos da aréa, especialistas.
Depois tive problemas na visão, ai foi que tudo se entrelaçou, o oftalmologista , pedio um exame para descartar , adivinha o que?
Esclerose multipla....ai na resomância deu possitivo!!! E tudo levava a crer, neste diagnostico, quando se juntava tudo o que estava acontecendo com o meu corpo!!!
Pensa que acabou por ai!!?? Não! Tudo só estava recomeçando...
Mas paralelo a tudo isto, que vinha se passando, eu não parei de estudar, herá ponto de hora!!Para mim!! Fiquei de licença do trabalho , para tratamento, e ainda tive que enfrentar a doença da minha mãe que estava com o diagnostico de câncer. E meus filhos confusos e em plena adolecência. Eu estava completamente perdida!!!! Sem estrutura emocional, e sem controle cognitivo, esquecia as coisas , chorava muito,comecei a escrever e ler com muito mais dificuldades , já estava saindo da realidade, que me parecia um pesadelo!!
Mas, como uma boa dislexica, até então sem saber, não deixei de lutar contra o mundo. E quando estava fazendo minhas pesquisas para o trabalho do tcc, para conclusão do curso de graduação em pedagogia, sobre o tema que mais mim encomodava, os erros ortograficos em sala de aula e a visão do professor, quanto os problemas de aprendizagem. Por acaso, entrei no site da associação brasileira de dislexia, e quando estava lendo um depoimento de um dislexico adulto!!! O chão se abriu e o céu também...e as coisas foram tendo sentido, minha vida tava fazendo sentido. Eu estava diante , de uma explicação para a minha total "burrice"!!! Diante dos meus maiores medos, das minhas grandes vergunhas, das minhas piores dificuldades, e de tudo o que eu fazia questão de esconder, que erá a minha incompetência, diante do desafio de ler e escrever!!!
Mas o que eu julgava ter diante de me, toda solução para explicar todos as minhas angustias, sem fundamento , porquê , agora haveria uma razão. Senti meu esprírito leve, despreoculpado, pensei, agora não vou mais ter que mentir , tenho que revelar o meu maior segredo, e só atravez desta revelação serei liberta do medo, da vergunha, desta vida prisioneira da culpa de ser o que eu herá!!!
Bem , caros colegas, as coisas não foram, e não são tão faceis deste jeito que pensei...todos os profissionais de saúde que estavam , cuidando do meu equilibrio, duvidaram da minha verdade. Passaram a olhar , para me, como se eu estevesse, louca...e se perguntavam!!???
E questionavam, como eu tinha dislexia e tinha chegado onde cheguei sem ajuda!!??? Como eu saberia ler e escrever !!??? Porquê, e como poderia ter escondido isto!!!?? Bem , as respostas para estas perguntas, só eu e deus sabe o que tive que fazer,e tive que reunir forças,buscar conhecimento para meus argumentos e levanta uma quantia em dinheiro, para ir até são paulo, o unico lugar , onde teria profissionais seguramente competêntes para fazer o diagnostico, porquê todos os outros se mostravam completamente impossibilitados para assinar um laudo fechado de um diagnostico sobre dislexia.
E neste exato momento , luto contra todos os mesmos, sentimentos e há todos os mesmos pré-conceitos. E tenho que usar os mesmos meios para continuar sobrevivendo. Mas com uma diferênça fundamental,hoje já não tenho tanta vergonha de escrever errado, entendi que isto não mim tira o direito de ser respeitada e que sou competente e capaz .
Imagina ser ...professora alfabetizadora, pedagoga e atualmente estou fazendo pós- de psicopedagogia. Se tenho dificuldades...claro!! Se vejo discriminação nos olhos de muitos ...simmm!!! Fui aposentada pelo governo do distrito federal, por razões óbvias, que já não tenho forças para questionar.

Mas o que mais importa é que dessidi ir á luta, por mim e por nós!!

Quero que todo disléxico assuma sua condição, não somos doentes para procurar há cura...devemos ir a procura do entendimento do nosso ser pensante e atuante , diante desta sociedade letrada e preconceituosa.

Abjncrção!
Elizabete aguiar.
Perfil profissional:
Profª Elizabete M. Rodrigues R. da R. Aguiar.
Graduada em Pedagogia – UNB.
Especialização em Psicopedagogia Reeducativas Clínica e Institucional –UniEvangelica
Especialista e Neuropedagogia e Psicanálise – FTB.
Dir. Adm. Adjunta da Associação de Psicopedagogia – ABPp- Seção BRASÍLIA.
Profª da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal – GDF.
Consultoria e Assessoria em Psicoeducação.