agosto 31, 2009

FOTOS DAS PALESTRAS 2008/2009

agosto 30, 2009

TV Senado apresenta programa sobre dislexia

INSTITUCIONAL
28/08/2009 - 17h58




TV Senado apresenta programa sobre dislexia

A série vai mostrar ações privadas e públicas adotadas para atender pessoas com dislexia. Uma delas é o trabalho desenvolvido pela Associação Brasileira de Dislexia (ABD) em diagnósticos, pesquisas, cursos e eventos para discutir distúrbios de aprendizagem. A série vai ao ar no sábado (29), às 2h30, às 11h30 e às 22h30; e no domingo (30), às 9h e às 17h.


O programa Inclusão, da TV Senado, passa a exibir neste fim de semana a série de reportagens Dislexia: Distúrbio ou Doença?. As matérias vão mostrar que os disléxicos são identificados como indivíduos com inteligência acima da média, apesar da grande dificuldade para assimilar o que é ensinado em sala de aula.

agosto 22, 2009

Serviços do AeD


Serviços do AeD : AMIGOS e DISLEXIA.

Orientações direcionadas a cada caso.

Atendimentos a pais, familiares, escolas, profissionais clínicos, imprensa, órgãos públicos e toda a comunidade.
Cursos dirigidos a profissionais.
Encontros com disléxicos e reuniões com pais.
Palestras em escolas, faculdades, comunidades, clínicas, etc.
Palestras diversificadas conforme áreas de interesse.
SAE – Sistema de Avaliação e Encaminhamento.
SASE – Sistema de Atendimento Sócio Econômico.
Diagnósticos multidisciplinar e encaminhamentos.
Acesso a livros selecionados e materiais relacionados com distúrbios de aprendizagem.
Saiba mais:

1 -SAE – Sistema de avaliação e encaminhamento.


Agora aqui em amigos e dislexia podemos oferecer serviços de avaliação, reavaliação, encaminhamentos, entre outros, porque hoje contamos com os trabalhos da Dra Mônica Bianchini psicóloga especialista em diagnósticos de dislexia, (com 14 anos de experiência atendendo anteriormente na Associação Brasileira de Dislexia).

Entre em contato e marque uma entrevista pelo email:-
monica@amigosedislexia.com.br

2 -SASE – Sistema de Atendimento Sócio-Econômico.
Os Amigos e Dislexia hoje atuam como um grupo, mas estamos em andamento para se tornar uma ONG, Organização não governamental sem fins lucrativos e cumprindo os objetivos de nosso Estatuto Social (em andamento). Atendemos gratuitamente pessoas com sinais de dislexia, que comprovem ausência de recursos para custear a avaliação multidisciplinar. Desta forma elaboramos norma para aperfeiçoar o atendimento das pessoas desta classe sócio-econômica.

Serão atendidos pelo SASE:
- Alunos da Rede Pública de Ensino da capital e grande São Paulo.
- Com idade entre 6 e 18 anos,
- Que estejam cursando o Ensino Fundamental e Ensino Médio,
- Que comprovem situação de ausência de recursos.

Os pais ou responsáveis deverão entrar em contato pelo email: contato@amigosedislexia.com.br

Obs: É Recomendável Providenciar.

1- Encaminhamento da Escola.
2- Comprovante de residência.
3- Comprovante de renda.

Dicas da Dra Mônica Bianchini:

A importância da Avaliação:
A avaliação é fundamental para entender o que está acontecendo com o indivíduo que apresenta sintomas de distúrbio de aprendizagem. Além do que, é pela avaliação multidisciplinar que se tem condições de um encaminhamento adequado a cada caso, considerando as várias possibilidades, inclusive de manifestação da própria dislexia.

O diagnóstico deve ser multidisciplinar e de exclusão:

Somente um diagnóstico multidisciplinar pode identificar com precisão o que está ocorrendo. Os distúrbios de leitura e escrita são os fatores de maior incidência em sala de aula, mas nem todos têm uma causa comum. Embora a dislexia seja o maior índice, outros fatores também podem causar os mesmos sintomas; distúrbios psicológicos, neurológicos, oftalmológicos, etc.

Uma equipe multidisciplinar analisa o indivíduo como um todo, verificando todas as possibilidades. Não se parte da dislexia, mas se chega à dislexia, excluindo qualquer outra possibilidade. Por outro lado, se um outro fator for confirmado, o encaminhamento também se dará de modo que o avaliado possa ter um acompanhamento adequado.

Com relação à dislexia ocorre o mesmo, são considerados os inúmeros fatores e as características de cada paciente, para se fazer um encaminhamento adequado a cada caso. Um relatório é entregue ao paciente ou responsável (no caso de menores) e este relatório deve ser apresentado ao profissional que fará o acompanhamento, permitindo a este, adotando a linha que mais lhe convier, direcionar imediatamente suas intervenções, alcançando assim resultados mais eficazes em menor tempo.

A importância do acompanhamento profissional para os disléxicos.
Uma pessoa disléxica sempre será um disléxico, não podemos alterar esse fato, mas com acompanhamento adequado, mediante uma avaliação adequada, o disléxico evoluirá de forma consistente em seu acompanhamento até obter alta. Esse tempo de acompanhamento vai variar de disléxico para disléxico, além do que temos que considerar os diferentes graus da dislexia (leve, moderado e severo). Ele pode variar de dois a cinco anos. Embora esse tempo seja considerado longo para algumas pessoas, desde o princípio do acompanhamento o próprio disléxico, como os familiares e a escola poderão notar as mudanças, o que vai ser altamente positivo para sua vida acadêmica, familiar, social e profissional.

Se não forem sentidas mudanças significativas no primeiro ano de acompanhamento (vamos considerar um tempo de entrosamento entre profissional e paciente e ainda de entrosamento com o próprio tratamento), entre em contato com membros da equipe que realizou o diagnóstico. Verifique se o relatório foi redigido adequadamente e se este está sendo considerado para elaborar o plano de acompanhamento. Deve-se lembrar sempre, que o disléxico tem uma dificuldade, não uma impossibilidade. Devidamente acompanhado ele vai paulatinamente superando ou contornando suas dificuldades.

Quanto ao método ou linha eficaz.
Não há nenhuma linha de tratamento que seja considerada ‘’a melhor’’ ou ‘’a única’’. O importante é a aceitação e adaptação do próprio disléxico à linha adotada pelo profissional. O que podemos dizer é que como a principal característica dos disléxicos é a dificuldade da relação entre a letra e o som (Fonema -Grafema), na terapia deverá ser enfatizado o método Fônico. Deve-se também treinar a memória imediata a percepção visual e auditiva. É sugerido que se adote o método multissensorial, cumulativo e sistemático. Ou seja, deve-se utilizar ao máximo todos os sentidos. Um exemplo básico é poder ler e ouvir enquanto se escreve. O disléxico assimila muito bem tudo que é vivenciado concretamente.

Idade ideal para se fazer um diagnóstico.
Qualquer idade, sendo adulto ou jovem terá atendimento adequado a sua faixa etária. Muitas vezes, antes do primeiro ano de alfabetização, poderá acorrer um ‘’quadro de risco’’, ou seja, poderá não ser confirmada a dislexia, mas também não se descartam outros fatores. Podemos sugerir um acompanhamento adequado e fazer uma observação mais cuidadosa, até podermos diagnosticar com precisão após a alfabetização se há, de fato, a presença de um quadro de dislexia.


FONTE DE PESQUISA: http://www.amigosedislexia.com.br/grupoJovens.aspx

agosto 09, 2009

Uma realidade nas escolas: Eu não sei escrever em letra cursiva

Uma realidade nas escolas: Eu não sei escrever em letra cursiva
Pouco estimuladas nos colégios e atraídas pelo computador, cada vez mais crianças têm dificuldades na escrita corrida

Carina Rabelo


A letra ilegível era uma marca registrada dos médicos e suas receitas indecifráveis.

Hoje, rompeu as fronteiras da profissão e se tornou quase uma tendência na sociedade da pressa. A ilegibilidade é uma das consequências da substituição do caderno pelo computador e da pouca ênfase que se dá ao ensino da letra cursiva nas escolas. Em outros tempos, os cadernos de caligrafia moldavam a escrita dos alunos. Até hoje, representam um importante rito de passagem para crianças recém-alfabetizadas que conseguem ultrapassar a barreira da letra de forma e se capacitam na cursiva - aos 6 anos, elas já se dividem em grupos dos que dominam o mundo da "letra corrida" e daqueles que ainda continuam nas "letras separadas". Mas o entusiasmo é arrefecido com o passar dos anos. Elas precisam fazer pouco uso da técnica, pois até as provas são de múltipla escolha - basta marcar um X nas alternativas propostas e ir para casa sem gastar a caneta. Fora de uso, a letra perdeu a uniformidade e a nova grafia mescla traços cursivos com letras maiúsculas, comprometendo até mesmo os sinais de acentuação, como o til (~), que virou um traço (-). Nem sempre a legibilidade é mantida. E dá-lhe garranchos incompreensíveis.




O impacto da disgrafia - a escrita incompreensível - na vida das pessoas vai além do senso estético. Quem sofre deste distúrbio pode ser tachado de desleixado ou problemático. E não ser compreendido na sociedade da informação é um fardo que poucos podem carregar. A solução? Recorrer aos textos digitais do e-mail e mensagens instantâneas, como MSN e SMS. "A tecnologia pode ser a aliada e a vilã da história", afirma Marco Arruda, neurologista da infância e da adolescência e diretor do Instituto Glia de Cognição e Desenvolvimento. O excesso de informação, a falta de tempo e o conforto da internet contribuem para a deformidade da letra, que se torna dispensável e, quando utilizada, apressada e incompreensível. "Escrevo muito rápido. Não dá tempo de enfeitar", afirma Lucas Dias Oliveira, 12 anos, que foi reprovado no ano passado porque os professores não conseguiram corrigir a sua prova. "Não entendi nada", assinou a professora na avaliação. "Ele é extremamente inteligente e rápido.

Tem uma velocidade incrível no teclado", afirma a sua avó, Marialva Dias.





"Mas a letra é um garrancho." Os esforços de Marialva, que comprou dezenas de cadernos de caligrafia e livros para o neto, não foram suficientes para que o menino deixasse o computador e melhorasse a grafia. "Ele é agoniado, ansioso e necessita de acompanhamento psicológico para melhorar a letra", afirma.





Janice Cabral Falcão, psicóloga e presidente da Sociedade Brasileira de Psicomotricidade, acredita que os cadernos de caligrafia não resolvem o problema. Para ela, a falta de espaço para brincar e a vida sedentária comprometem o tônus muscular das crianças, que ficam sem coordenação motora e destreza para lidar com o lápis.

"Elas precisam participar das atividades domésticas que exijam alguma habilidade manual", afirma. Para o neurologista Marco Arruda, a escrita está mais relacionada com as funções do cérebro do que com a tonicidade dos músculos e ele alerta que a escrita ilegível pode ser um sinal de enfermidade ou transtorno psicológico, como dislexia, déficit de atenção e hiperatividade.

"É preciso treinamento da letra com sessões de reabilitação", afirma. O neurologista lembra que brincadeiras fora de moda com bolas de gude e palitinhos, além das aulas de caligrafia, favoreciam o desenvolvimento psicomotor da criança, que não tem os mesmos estímulos nos jogos eletrônicos de hoje.

Não são apenas as crianças as vítimas da disgrafia. A pesquisadora Luciana Moherdaui, 38 anos, especialista em novas mídias e interfaces digitais, trocou os cadernos pelo computador desde que saiu da faculdade. "A minha letra era legível, mas, depois que passei a usar diariamente a rede, perdi a capacidade de escrever", afirma Luciana, que explica ter o raciocínio igual ao Word - 'escreve, erra, apaga e refaz' - impossível no texto à mão. Quando vai a uma palestra em que não pode levar o seu laptop, a pesquisadora também não leva o bloco de anotações. "Decoro tudo", diz. "Não entendo a minha letra." Como especialista no tema, Luciana acredita que o futuro do aprendizado caminha em direção às novas tecnologias. "A tendência é que os meninos troquem os cadernos pelos mininotebooks." Apesar da alternativa da tecnologia, ter letra legível (e bonita) ainda é importante. "Já zerei provas no vestibular porque estavam incompreensíveis", afirma José Ruy Lozano, corretor de redações dos principais processos seletivos de São Paulo e professor de redação do ensino médio do Colégio Santo Américo. Vale lembrar que as redações de vestibular também podem ser escritas em letras de forma. Mas a cursiva ainda conta pontos, por exemplo, em processos de seleção de emprego.






O ato de escrever teve os seus altos e baixos na história. Sócrates e Platão (séc. V a.C.) eram contra a escrita e defendiam a oralidade. Na Idade Média, ela ganhou visibilidade e subiu ao altar com os monges copistas, que registravam a cultura e as descobertas históricas em pergaminhos, para imortalizá-las ao longo dos séculos.

"Ela passou a ser a escrita própria dos textos cristãos, em oposição aos caracteres romanos dos textos pagãos", afirma o grafólogo Paulo Sérgio de Camargo, autor do livro "Sua Escrita, Sua Personalidade" (Editora Ágora).





A caligrafia - palavra que tem origem no nome kallos (belo) e grafos (grafia) - surgiu como arte quando o imperador Carlos Magno (742-814) decidiu unificar os textos e documentos da Europa Central com a escrita cursiva, conhecida como 'letra carolina', mais rápida que a tipografada. Segundo os grafólogos, a cursiva é um sinônimo de elegância e uniformidade, mas também rigidez e padrão. Por ironia, ela está sendo gradativamente substituída pelo mesmo motivo que a originou - a necessidade de rapidez.

"As escolas não se preocupam mais com a letra", afirma o neurologista Arruda. "Os cadernos de caligrafia caíram em desuso." Resta saber se as belas letras trabalhadas em rococós se tornarão um raro tesouro, que sobrevive apenas nos convites de formatura ou casamento.


FONTE DE PESQUISA: http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2074/uma-realidade-nas-escolas-eu-nao-sei-escrever-em-letra-146035-1.htm

agosto 05, 2009

Candidata ao conselho tutelar de Ceilândia: MÃE DE DISLEXICO!


Candidata ao conselho tutelar de Ceilândia: MÃE DE DISLEXICO!
Lindalva Martins .


Candidata ao conselho tutelar de Ceilândia:

Quero merecer sua confiança, para desenvolver projetos de restauração das famílias, pois os jovens em sua maioria entram no mundo do crime em decorrência de famílias desestruturadas.

PERFIL: Lindalva Martins,
Residente no Por do Sol /CEILÂNDIA-DF, já participei de vários movimentos comunitários, alfabetização de jovens e adultos, sou no movimento das Promotoras Legais Populares, COMO UM FILHO COM DISLEXIA, resolviir a luta, e desenvolvi um projeto educacional que foi aprovada uma lei distrital 9.045 que assegura o atendimento Psicopedagógico ao disléxico da rede publica do DF. Trabalho atualmente nas escolas públicas e particulares, com palestras informativas gratuitas sobre dislexia e sou monitora voluntária no CEF 14.

QUEM SÃO OS CONSELHEIROS TUTELARES?
São pessoas que têm o papel de porta-voz das suas respectivas comunidades, atuando junto a órgãos e entidades para assegurar os direitos das crianças e adolescentes

QUEM PODE VOTAR?
Todas as pessoas maiores de 16 anos que votam na cidade podem dar seu voto tendo que esta portando qualquer documento de identificação, título de eleitor e RG e comprovante de residência.
Então, dia 13 de Setembro gostaria de contar com seu voto.

O QUE É O CONSELHO TUTELAR?
O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, e composto de 5 (cinco) membros titulares, e dez suplentes, escolhidos pela comunidade local para mandato de três anos, permitida uma recondução.

MAIORES INFORMAÇÕES:
http://www.fundabrinq.org.br/_Abrinq/popup/denuncias/go.htm
Distrito Federal
CONSELHO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DO DISTRITO FEDERAL
Pres. SEBASTIÃO VALADARES DE CASTRO
Vice-Presidente: Glaucia Gomes de Oliveira Aguiar
SEPN, W 3 Norte, Q. 515 , Bloco "A", Lote 01, Ed. Banco do Brasil, 2º andar, sala 207 - 70.770-510 - Asa Norte
Brasília-DF
Tel.: (61) 3347- 0076/0078
Telefax: (61) 347- 0083
e-mail: cdcadf@seas.df.gov.br
Conselho Tutelar de Ceilândia
End.: QNM 13 Área Especial A à E, Centro Cultura, módulo B, sala 03
72.225-130 - Ceilândia - DF
Fax: 61.373.0295

agosto 04, 2009

o novo programa de estudos - Atualização em Dislexia






Quem participou do programa sobre Transtornos de Atenção, provavelmente já recebeu e-mail sobre o novo programa de estudos - Atualização em Dislexia.
O cadastro ainda é válido, não precisa fazer um novo, basta acessar com seu e-mail, no site:
http://www.lerecompreender.com.br
O primeiro encontro virtual - Web-meeting - será hoje (03/08) às 21h00. E o próximo já está pré-anunciado no site citado.

agosto 03, 2009

O problema da Dislexia


Dificuldades na Leitura e na Ortografia.

Por Luciene Rodrigues Rochael Galvão


Atualmente, entende-se por dislexia o distúrbio isolado do aprendizado da leitura e da escrita em crianças com uma inteligência normal. Cerca de 3% a 8% das crianças são portadoras desse distúrbio. Pais e professores são chamados a procurar ajuda eficaz. Veja alguns pontos de vista para melhor compreensão e atenuação desses distúrbios.

Aprender a grafia das letras exige da criança a capacidade e a prontidão para decifrar fonemas isolados a partir das palavras que ela conhece como todo, ou seja, fragmentos da palavra. Em vez de captar seu sentido pela audição, ela deve prestar atenção somente numa parte do som da palavra. Ao mesmo tempo, exige-se ainda uma segunda abstração: acreditar que um sinal gráfico não-figurativo seja o próprio som.

Esses sinais abstratos, constituídos de retas e curvas, só adquirem sentido devido a uma posição bem determinada em relação a nós mesmos. Nós nem sequer conseguimos pronunciá-las sem juntar-lhes uma vogal. Fazer surgir palavras a partir dessas coisas imprecisas é, realmente, uma “arte enigmática”. Por que não escrevemos a palavra “papel” com “u” no fim, e por que ouvimos “toque” e escrevemos “toque”? Quando pronunciamos o “q” sozinho, tampouco ele é escrito com um “u” depois.

Essas indicações podem apontar algumas das causas que provocam inseguranças e distúrbios. Crianças que ainda reconhecem um sinal como uma imagem terão dificuldade; e também aquelas que tomam as afirmações do professor ao pé da letra, principalmente quando este lhe diz: ” escreva como você ouve e fala” e elas acreditam fielmente nisso. Isto já mostra que, para fazermos jus à criança, o processo da aprendizagem da escrita e da leitura deve ocorrer num período de tempo bem amplo. Mas também aparece o desejo de que o professor seja realmente um entendido em escrita, no sentido de conhecer as armadilhas para os disléxicos, e assim estruturar o processo de escrever em etapas seguras, pesquisadas pela análise fonética.

Podemos notar que algumas crianças aprendem a ler e escrever quase por si mesmas, e elaboram todas as exceções às regras brincando. Elas dão a impressão de estarem apenas recordando como se escreve. Para outras, ao contrário, parece que o mundo desaba, pois até então elas aparentemente não tinham qualquer dificuldade de orientação, ou muito pouca, e facilmente, participavam de tudo, enquanto agora subitamente lhes é exigido algo que elas não compreendem. Por algum tempo, elas ainda escrevem seguindo leis que os especialistas de dislexia identificam como tentativas de ouvir muito bem: mais tarde aparecem erros cada vez mais pronunciados na estrutura da palavra escrita, o que lhes permite reconhecer a resignação crescente da criança. Nessa época, muitas vezes se manifestam sintomas vegetativos, como: palidez, predisposição a doenças, cansaço, fraqueza, distúrbios do sono, dores de barriga, enurese e agressividade. Encontram-se até mesmo doenças orgânicas graves no rol das crianças não reconhecidas como disléxicas e que vem para tratamento médico. Especialmente nessas crianças com doenças orgânicas, facilmente se deixa considerar como causa ou como fator de piora um distúrbio de escrita. Mas também os sintomas vegetativos e psíquicos indicam claramente que agora a situação adquire valor de doença. É importante que na presença de todos esses sintomas também se pense numa dislexia, fazendo os testes correspondentes.

Naturalmente, não é suficiente apoiar-se apenas nas trocas entre ‘b’ e ‘d’ ou ‘p’ e ‘q’. Mais difícil é avaliar as outras falhas do desempenho do aluno surgidas nesse meio tempo, quanto à sua origem. Aqui se faz necessário um diagnóstico minucioso, seguido de um trabalho de estímulo individual.

Devem-se analisar detalhadamente os erros da escrita da criança, e também sua capacidade global de orientação, o domínio corporal, a percepção estrutural, a capacidade de compreender o que é dito e a capacidade de falar. A terapia é planejada individualmente, de acordo com cada situação. Logo que a criança percebe progressos e os primeiros resultados da terapia se manifestam, sua confiança aumenta e os sintomas vegetativos cedem rapidamente.

Para o êxito do ensino da escrita e da leitura, é preciso estimular por períodos longos; quando o problema é constatado precocemente e a criança recebe atendimento integral, deve-se contar com um a dois anos, caso contrário o tempo geralmente será maior. Em casos graves, recomenda-se procurar uma instituição especializada na terapia da dislexia. O tratamento pode ser complementado com uma terapia de integração sensório-motora e/ou com eurritmia curativa, para melhorar as condições de êxito do tratamento. Em todos os casos, é preciso haver estreita cooperação entre o terapeuta, professores e pais.

Crianças pequenas que parecem apresentar retardo no desenvolvimento da fala, podem ser estimuladas quanto à sua atividade sensorial e à formação de sua memória. Esses estímulos dão suporte à necessária metamorfose das forças de crescimento em forças de pensamento, a precondição para qualquer atividade mental, que ocorre de forma irregular na dislexia. Para crianças com distúrbios de orientação espacial, temporal e de consciência, recomenda-se medidas que possam ser executadas por um professor ou terapeuta no contexto escolar, nos primeiros anos escolares, tais como:

- exercícios de percepção;

- seguir o trajeto de formas e suas imagens espelhadas no chão;

- desenhar formas com o pé (prender o giz entre os dedos do pé e desenhar sobre o papel de embulho claro – melhor ainda, com de giz de cera grosso);

- desenhar no ar a forma com a mão, tendo os olhos fechados;

- no dia seguinte, desenhar a forma de memória no papel, depois de todo o processo ter sido rememorado e repetido concretamente com a criança;

- repetir todos os passos, tendo como modelo as formas das letras;

- fazer exercícios progressivos em que o aluno escreva o que ouviu, começando com sílabas simples. Passar de maneira lúdica mas sistemática para palavras de várias sílabas, cuja grafia seja fonética, e somente mais tarde para palavras que só possam ser escritas corretamente obedecendo a certas regras;

- Posteriormente, fazer com regularidade ditados breves com palavras de grafia fonética, que acarrretem o mínimo de experiências de fracasso;

- tratamento com eurritmia curativa. (arte do movimento desenvolvida por Rudolf Steiner entre os anos de 1911 e 1924, em que os elementos da linguagem e da música tornam-se visíveis em formas dinâmicas e específicas. Seu fundamento é a compreensão exata das diferentes qualidades da linguagem, dos fonemas e tons.)

Quando se lida com crianças disléxicas, deve-se irradiar alegria e otimismo. Muitas vezes, os problemas presentes ainda pioram porque as crianças sofrem com as situações de fracasso, sem receber apoio suficiente, ou até vendo adultos resignados.

Referência bibliográfica:

GOEBEL, Wolfgang; GLÖCKLER, Michaela. Consultório Pediátrico. São Paulo: Antroposófica, 2003.

FONTE DE PESQUISA: http://psicologiaeeducacao.wordpress.com/2009/08/02/o-problema-da-dislexia/

Então, como diagnosticar a dislexia?

Diagnóstico

Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes que seja feito um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, mas não confirmam a dislexia. Os mesmos sintomas podem indicar outras síndromes neurológicas ou comportamentais.
Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve-se procurar ajuda especializada.
Uma equipe multidisciplinar formada por: Psicóloga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clínica deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista, Otorrinolaringologista e outros, conforme o caso.A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de AVALIAÇÃO DIFERENCIAL MULTIDISCIPLINAR.

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

COMO É A VIDA DE UMA PESSOA COM DIS...

PORQUÊ, SOMOS DIS !!!

Saiba , que entendo muito bem , quando vc fala (mal sabem eles o que tenho de fazer para chegar ate onde cheguei.... ´´e horrivel para mim. Agora vou ter que enfrentar um exame da ordem. Nao sei se mostro que sou dislexica ou nao para fazer a prova. Tenho que decidir, gostaria que vcs me orientasse o que devo fazer) vou te dar varias razões, para você não esconder que é dislexica, e outras tantas mais para você se cuidar e se respeitar em quanto há tempo. Seja quem você realmente é !!! Não seja preconceituosa com você mesma , como eu fui, por pura falta de conhecimento , coisa que você já tem.
e o mais importante ...tem a conciência dos seus direitos como cidadã. O meu conselho é: exerçar seus direitos e cumpra seus deveres, como ser pensante e atuante na nossa sociedade.

como vc sabe , também sou dislexica, mas só tive conciência do que estava acontecendo comigo, depois que ...já tinha meu emocional todo comprometido.
E mesmo assim , tive que passsar por mentirosa, pois já havia passado em um concurso publico, atuava como professora alfabetizadora e estava fazendo uma graduação em pedagogia. E te digo ...só eu e deus, sabia o que eu escondia !!!
Vivi toda minha vida com medo, e com vergunha , quando alguèm percebia meus erros ortograficos ,minha total incapacidade de escrever ao mesmo tempo que outra pessoa falava, não consiguia anotar as informações.
Com tudo isto, fui desfaçando para conseguir viver neste mundo letrado!!!
Até que minha mente e meu corpo , não suportou o estress!!! E tudo ficou encontrolavel, entrei em um processo de depressão, ansiedade e hiperatividade , altissimo.
Foi quando , fui em busca de ajuda medica. Sem saber o que eu escondia...os profissionais de saúde, se desdobraram em busca de explicações para o meu estado de saúde. Cada um chegou a um diagnostico conclusivo.
O psiquiatra, depressão e asiedade, que deveria ser trabalhada com terapia e medicação. A psicologa, hiperatividade causada por meu comportamento obcessivo de perfeição, e fata de confiança, deveria tentar me concentrar melhor no presente. O reumatologista, para ele eu estava com fibromialgia e outras coisas, causadas pelo estress, elevado, seria necessario procurar auternativas de relaxamento, e medicação. Fiz , hidroterapia, acupuntura, rpg , caminhada, cessão de relaxamento mental, com os psicologos, participei de programas para levantar minha auto-estima. Mais nada adiantava...tive outros sintomas, como gagueira, que foi trabalhado com a fonaldiologa. Labirintite, refluxo, que foram tratados por medicos da aréa, especialistas.
Depois tive problemas na visão, ai foi que tudo se entrelaçou, o oftalmologista , pedio um exame para descartar , adivinha o que?
Esclerose multipla....ai na resomância deu possitivo!!! E tudo levava a crer, neste diagnostico, quando se juntava tudo o que estava acontecendo com o meu corpo!!!
Pensa que acabou por ai!!?? Não! Tudo só estava recomeçando...
Mas paralelo a tudo isto, que vinha se passando, eu não parei de estudar, herá ponto de hora!!Para mim!! Fiquei de licença do trabalho , para tratamento, e ainda tive que enfrentar a doença da minha mãe que estava com o diagnostico de câncer. E meus filhos confusos e em plena adolecência. Eu estava completamente perdida!!!! Sem estrutura emocional, e sem controle cognitivo, esquecia as coisas , chorava muito,comecei a escrever e ler com muito mais dificuldades , já estava saindo da realidade, que me parecia um pesadelo!!
Mas, como uma boa dislexica, até então sem saber, não deixei de lutar contra o mundo. E quando estava fazendo minhas pesquisas para o trabalho do tcc, para conclusão do curso de graduação em pedagogia, sobre o tema que mais mim encomodava, os erros ortograficos em sala de aula e a visão do professor, quanto os problemas de aprendizagem. Por acaso, entrei no site da associação brasileira de dislexia, e quando estava lendo um depoimento de um dislexico adulto!!! O chão se abriu e o céu também...e as coisas foram tendo sentido, minha vida tava fazendo sentido. Eu estava diante , de uma explicação para a minha total "burrice"!!! Diante dos meus maiores medos, das minhas grandes vergunhas, das minhas piores dificuldades, e de tudo o que eu fazia questão de esconder, que erá a minha incompetência, diante do desafio de ler e escrever!!!
Mas o que eu julgava ter diante de me, toda solução para explicar todos as minhas angustias, sem fundamento , porquê , agora haveria uma razão. Senti meu esprírito leve, despreoculpado, pensei, agora não vou mais ter que mentir , tenho que revelar o meu maior segredo, e só atravez desta revelação serei liberta do medo, da vergunha, desta vida prisioneira da culpa de ser o que eu herá!!!
Bem , caros colegas, as coisas não foram, e não são tão faceis deste jeito que pensei...todos os profissionais de saúde que estavam , cuidando do meu equilibrio, duvidaram da minha verdade. Passaram a olhar , para me, como se eu estevesse, louca...e se perguntavam!!???
E questionavam, como eu tinha dislexia e tinha chegado onde cheguei sem ajuda!!??? Como eu saberia ler e escrever !!??? Porquê, e como poderia ter escondido isto!!!?? Bem , as respostas para estas perguntas, só eu e deus sabe o que tive que fazer,e tive que reunir forças,buscar conhecimento para meus argumentos e levanta uma quantia em dinheiro, para ir até são paulo, o unico lugar , onde teria profissionais seguramente competêntes para fazer o diagnostico, porquê todos os outros se mostravam completamente impossibilitados para assinar um laudo fechado de um diagnostico sobre dislexia.
E neste exato momento , luto contra todos os mesmos, sentimentos e há todos os mesmos pré-conceitos. E tenho que usar os mesmos meios para continuar sobrevivendo. Mas com uma diferênça fundamental,hoje já não tenho tanta vergonha de escrever errado, entendi que isto não mim tira o direito de ser respeitada e que sou competente e capaz .
Imagina ser ...professora alfabetizadora, pedagoga e atualmente estou fazendo pós- de psicopedagogia. Se tenho dificuldades...claro!! Se vejo discriminação nos olhos de muitos ...simmm!!! Fui aposentada pelo governo do distrito federal, por razões óbvias, que já não tenho forças para questionar.

Mas o que mais importa é que dessidi ir á luta, por mim e por nós!!

Quero que todo disléxico assuma sua condição, não somos doentes para procurar há cura...devemos ir a procura do entendimento do nosso ser pensante e atuante , diante desta sociedade letrada e preconceituosa.

Abjncrção!
Elizabete aguiar.
Perfil profissional:
Profª Elizabete M. Rodrigues R. da R. Aguiar.
Graduada em Pedagogia – UNB.
Especialização em Psicopedagogia Reeducativas Clínica e Institucional –UniEvangelica
Especialista e Neuropedagogia e Psicanálise – FTB.
Dir. Adm. Adjunta da Associação de Psicopedagogia – ABPp- Seção BRASÍLIA.
Profª da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal – GDF.
Consultoria e Assessoria em Psicoeducação.