março 28, 2009

POR QUE É QUE ALGUMAS CRIANÇAS TÊM DIFICULDADES EM APRENDER A LER?


Como melhorar a Fluência leitora durante as férias de verão?
Diversos estudos mostram que as crianças tendem a diminuir as suas competências leitoras durante as férias de Verão. Harris Cooper, da Universidade de Duke, refere:
“Durante as férias de Verão as crianças perdem, em média, cerca de um mês, a nível das competências de leitura e de matemática.”

As aulas terminaram... não há trabalhos de casa... os dias são longos... os pais estão disponíveis...
Os dias de férias de Verão podem ser uma óptima oportunidade para os pais ajudarem os seus filhos a melhorar a fluência leitora e a aprenderem a desfrutar o prazer de ler.
As crianças que lêem durante as férias aumentam a sua fluência leitora, irão iniciar o novo ano com mais conhecimentos e - a enorme mais-valia - descobriram o prazer de ler.

1. POR QUE É IMPORTANTE TER UMA LEITURA FLUENTE?
"Torne o Treino da Fluência Leitora a prioridade Número 1", refere Sally Shaywltz, investigadora na
Universidade de Yale.
Porque a capacidade de lermos, tão fluentemente como falamos, permite-nos focalizar a atenção no significado e na compreensão do que lemos. Ler com fluência é crucial para a obtenção de bons resultados escolares, aumenta a motivação e investimento, valoriza a auto-estima e o autoconceito pessoal e escolar e tem repercussões importantes na carreira profissional.
Os resultados dos estudos da OCDE sobre literacia e sucesso escolar, colocam o nosso país nos últimos lugares. Recentemente, os resultados obtidos nos exames de Língua Portuguesa do 9.° ano vêm reavivar esta preocupante realidade.

O que fazer?
Como ultrapassar esta situação?

Só se aprende a ler lendo, e para alguns de nós, lendo muito, mesmo muito, até se conseguir atingir uma leitura fluente e compreensiva, isto é, sem atenção consciente e com o dispêndio mínimo de esforço.


2. POR QUE É QUE ALGUMAS CRIANÇAS TÊM DIFICULDADES EM APRENDER A LER?
Ao contrário da linguagem oral, a aprendizagem da leitura não acontece naturalmente, necessita de ser ensinada explicitamente.
A grande maioria das crianças aprende a ler sem grande esforço e com prazer. Outras, porém, revelam dificuldades inesperadas que se manifestam logo que têm que aprender a "juntar" as primeiras letras, outras ainda já tinham evidenciado dificuldades a nível
do desenvolvimento linguístico (linguagem tardia, "trapalhona", com trocas de fonemas).
Até há poucos anos a origem desta dificuldade era desconhecida. Era uma incapacidade invisível, um “miséno” que gerou mitos e preconceitos e deu origem a teorias explicativas e intervenções terapêuticas sem fundamentação científica (terapias baseadas em interpretações psicológicas, em dificuldades psicomotoras e de orientação espacial, em défices auditivos e visuais, lentes prismáticas, óculos e correcções de postura).
Os estudos realizados na última década, com as modernas tecnologias de imagem, permitiram “ver” o cérebro durante as actividades de leitura. Os resultados destes estudos permitiram elaborar uma definição de Dislexia e encontrar respostas a diversas questões.

“Dislexia é uma incapacidade específica de aprendizagem, de origem neurobiológica. É caracterizada por dificuldades na correcção e fluência na leitura de palavra, por baixa competência leitora e ortográfica. Estas dificuldades resultam de um Défice Fonológico inesperado, em relação às outras capacidades cognitivas e às condições educativas. Secundariamente podem surgir dificuldades de compreensão leitora, experiência de leitura reduzida que pode impedir o desenvolvimento do vocabulário e dos conhecimentos gerais.”

DISLEXIA COMO MELHORAR A FLUÊNCIA LEITORA DURANTE AS FÉRIAS DE VERÃO?


DISLEXIA COMO MELHORAR A FLUÊNCIA LEITORA DURANTE AS FÉRIAS DE VERÃO?

PAULA TELES I Psicóloga educacional e especialista em Dislexia


Diversos estudos mostram que
as crianças tendem a diminuir as suas competências leitoras durante as férias de Verão. Harris Cooper, da Universidade de Duke, refere: “Durante as férias de Verão as crianças perdem, em média, cerca de um mês, a nível das competências de leitura e de matemática.”
As aulas terminaram... não há trabalhos de casa... os dias são longos... os pais estão disponíveis...
Os dias de férias de Verão podem ser uma óptima oportunidade para os pais ajudarem os seus filhos a melhorar a fluência leitora e a aprenderem a desfrutar o prazer de ler.
As crianças que lêem durante as férias aumentam a sua fluência leitora, irão iniciar o novo ano com mais conhecimentos e - a enorme mais-valia - descobriram o prazer de ler.

1. POR QUE É IMPORTANTE TER UMA LEITURA FLUENTE?
"Torne o Treino da Fluência Leitora a prioridade Número 1", refere Sally Shaywltz, investigadora na
Universidade de Yale.
Porque a capacidade de lermos, tão fluentemente como falamos, permite- nos focalizar a atenção no significado e na compreensão do que lemos. Ler com fluência é crucial para a
obtenção de bons resultados escolares, aumenta a motivação e investimento, valoriza a auto-estima e o autoconceito pessoal e escolar e tem repercussões importantes na
carreira profissional.
Os resultados dos estudos da OCDE
sobre literacia e sucesso escolar, colocam o nosso país nos últimos


lugares. Recentemente, os resultados obtidos nos exames de Língua Portuguesa do 9.° ano vêm reavivar esta preocupante realidade.
O que fazer?
Como ultrapassar esta situação?
Só se aprende a ler lendo, e para alguns de nós, lendo muito, mesmo muito, até se conseguir atingir uma leltura fluente e compreensiva, isto é, sem atenção consciente e com o dispêndio mínimo de esforço.

2. POR QUE É QUE ALGUMAS CRIANÇAS TÊM DIFICULDADES EM APRENDER A LER?
Ao contrário da linguagem oral, a aprendizagem da leitura não acon tece naturalmente, necessita de ser ensinada explicitamente.
A grande maioria das crianças aprende a ler sem grande esforço e com prazer. Outras, porém, revelam dificuldades inesperadas que se manifestam logo que têm que aprender a "juntar" as primeiras letras, outras ainda já tinham evidenciado dificuldades a nível
do desenvolvimento linguístico (lingua- gem tardia, "trapalhona", com trocas de fonemas).
Até há poucos anos a origem desta dificuldade era desconhecida. Era uma incapacidade invisível, um “miséno” que gerou mitos e preconceitos e deu origem a teorias explicativas e intervenções terapêuticas sem fundamentação científica (terapías baseadas em interpretações psicológicas, em dificuldades psicomotoras e de orientação espacial, em défices auditivos e visuais, lentes prismáticas, óculos e


correcções de postura).
Os estudos realizados na última década, com as modernas tecnologias de imagem, permitiram “ver” o cérebro durante as actividades de leitura. Os resultados destes estudos permitiram elaborar uma definição de Dislexla e encontrar respostas a diversas questões.
“Dislexia é uma incapacidade específica de aprendizagem, de origem neurobiológica. É caracterizada por dificuldades na correcção e fluência na leitura de palavra, por baixa competência leitora e ortográfica. Estas difIculdades resultam de um Défice Fonológlco inesperado, em relação às outras capacidades cognitivas e às condições educativas. Secundariamente podem surgir dificuldades de compreensão leitora, experiência de leitura reduzida que pode impedir o desenvolvimento do vocabulário e dos conhecimentos gerais.”

3. QUAIS AS COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS PARA APRENDER A LER?
Para aprender a ler é necessário ter o conhecimento consciente de que a linguagem é formada por palavras, as palavras por sílabas, as sílabas por fonemas - Consciência Fonémica - e que as letras do alfabeto são a representação gráfica desses fonemas - Princípio Alfabético.
Para aprender a ler é ainda necessário saber juntar os diversos fonemas e sílabas - Fusão Fonémica e Silábica e saber encontrar a pronúncia correcta de cada palavra para aceder ao seu significado.


4. ACTIVIDADES PARA MELHORAR A FLUÊNCIA LEITORA
As actividades leitoras a realizar para melhorar a competência leitora deveriam ser precedidas de uma avaliação diagnóstica que avaliasse as competências cognilivas, leitoras
e psicoeducacionais.
Na ausência desta avaliação apresentarei dois conjuntos de actividades genéricas; um dirigido aos leitores que já lêem com alguma fluência, outro dirigido aos leitores iniciantes, que ainda fazem uma leitura hesitante, silabada, esforçada, isto é, aos que apresentam Perturbação
da Leitura - Dislexia.
Para que a implementação de um programa de desenvolvimento da Fluência Leitora tenha sucesso é imprescindível que os pais sintam essa necessidade a valorizem e transmitam aos seus filhos
os benefícios que irão usufruir
Nem sempre é fácil. É necessário que os país estejam motivados e adoptem uma atitude afectuosa, consistente
e determinada.
Numa fase inicial as crianças e
jovens podem negar-se a ler, invocarem mil e um pretextos para se libertarem duma tarefa cuja prática não foi estimulada. nem desenvolvida. Há ainda a ter em conta
a circunstância agravante das crianças que têm dificuldades específicas de processamento fonológico, para as quais o ler é efectivamente muito difícil e penoso.

4.1. Actividades para leitores que já lêem com alguma fluência
A leitura pode treinar-se através
de diversas actividades. Quase todas as situações do quotidiano se podem converter em oportunidades

Saiba mais


de leitura.
> Fazer um plano das actividades que se projectam realizar durante as férias, icluindo a leitura.
> Durante a viagem ler as indicações escritas ao longo do itinerário, às refeições ler as indicações escritas nos diversos alimentos, no restaurante ler a lista...
> Ler jornais e revistas e dialogar sobre os temas lidos (leitura silenciosa ou oral dependendo da competência leitora)
> Ir a uma livraria e dísponibilizar tempo para escolher os livros que correspondam aos seus interesses e nível de leitura. Uma boa opção consiste em escolher livros cujos excertos fazem parte do Livro de Língua Portuguesa do ano de escolaridade que irão frequentar. A antecipação dos conhecimentos sobre determmado tema favorece a motivação
e facilita a aprendizagem.
> Instituir o hábito da Leitura Recreativa Diária. Ler diariamente durante determinado período de tempo (a definir em função da necessidade individual). Esta prática pode ser realizada “a par”: a criança e pais lêem, em voz alta, alternadamente
cada parágrafo, página ou capítulo.
> Registar o título dos livros que forem lidos durante as férias.
> Medir a Velocidade Leitora, número de palavras lidas por minuto. Escolher dois ou três pequenos textos, repetir semanalmente a sua leitura. cronometrar o tempo de leitura e calcular a velocidade leitora.
> Registar num gráfico a evolução.
A monitorização dos progressos é um excelente meio de motivação, é um bom incentivo para continuar as actividades de leitura.
> Fazer leituras orais repetidas, qua-

tro leituras do mesmo parágrafo ou página, cronometrar e registar
os tempos. Esta prática permite constatar, com evidência, o aumento da velocidade e fluência leitora.

4.2. Actividades para leitores com Perturbação da Leitura e Escrita ou Dislexia
A Fusão Fonémica, a Fusão Silábica e a Fusão Silábica Sequencial são referidas por diversos investigadores como as competências com maior grau de dificuldade para o leitor iniciante
São competências cruciais na apren- dizagem da leitura, sendo a sua automatização uma condição indispensável à aquisição de uma leitura correcta, fluente e compreensiva.

TREINO DA FUSÃO FONÉMICA
> Leitura do livro – “Silabário, Treino da Fusão Fonémica” – Editora Distema®
> Exercícios de ortografia com as fusões fonémicas em que manifestar maiores dificuldades.

TREINO DA FUSÃO SILÁBICA E DA FUSÃO SILÁBICA SEQUENCIAL
> Leitura dos Livros “Leitura de Palavras e Frases”, “Treino da Fusão
Silábica” - Nível I, II, e III - Editora
Distema®
> Leitura Repetida dos textos do Livro de Língua Portuguesa, do seu ano de escolaridade, até conseguir uma leitura fluente.
> Iniciar as Leituras Recreativas, a par com livros que contenham textos pequenos e escritos com caracteres grandes. Aumentar gradualmente a complexidade linguística, aumentar
o tamanho dos textos e diminuir o tamanho dos grafernas.


Ameriçan Academy of Pedíatrics. Pediatrics: Learning Disabilities, Dyslexia, and Vision. A Subject Review Vol. 102, n.º 5 November, 1998.
Morais José. “A Arte de Ler, Psicologia Cognitiva da Leitura. O Ensino da Leitura”. Edições Cosmos, 1997.
Teles Paula. Dislexia. Como Identificar? Como Intervir? Revista Portuguesa de Clínica Geral. Vol. 20, n.º 5, 2004.
Shaywitz Sally. Overcoming Dyslexia. Published by Alfred A. Knopf, 2003.
Snowling Margaret. “Dislexia. Ajudando a Superar a Dislexia”. Livraria Santos Editora, Lda., 2001.
A determinação de se ser bem sucedido e a capacidade de resiliência são também características de outros atletas os do intelecto. Paula Teles, psicóloga educacional e especialista na área da Dislexia, é um desses casos. A médica, que se dedica à incapacidade na aprendizagem da leitura e escrita, criou um método que auxilia as crianças com a patologia a aprender a ler e a escrever mais rapidamente e com correcção. O extraordinário desta história é que a especialista teve de lutar contra a sua própria dislexia. “Não me recordo de ter tido dificuldades na aprendizagem das Ciências. Mas na escrita, sim. No meu quinto ano chumbei a Letras.” Já depois ele forrnada no Magistério Primário, viajou até Inglaterra, onde recolheu o maior número de informaçáo possível sobre Dislexia.
DE PACIENTE A MÉDICA
Em Portugal, envolveu-se na área da Psicologia Educacional e hoje tem um consultório onde recebe inúmeros casos por dia, de miúdos a graúdos. Paula Teles garante que, à semelhança de outras crianças, o facto de ter ultrapassado tão grande obstáculo quando era jovem tem permitido que encare as dificuldades com grande optimismo: “Aumentou a minha capacidade de resiliência. Tíve de criar estratégias para ultrapassar o rneu problema”. O mesmo acontece com as crianas que tem auxiliado ao longo dos anos. A dificuldade na leitura e escnta levou-as a sentirem-se frustradas. Abortam as expectativas dos pais, familiares, professores – e as suas próprias. “São consideradas distraídas, preguiçosas ou burras. Começam a diminuir o seu auto-conceito.” O método "Distema", criado pela especialista, permite a aprendizagem e melhora a ideia de competência que estes pequenos pacientes têrn de si. Como bem dizia o irlandês Oscar Wilde “Amar a si próprio é o começo de um romance de longa vida”
Livro
Método fonomímico
Foi publicado recentemente, pela editora Distema, o Método Fonomímico de Paula Teles, destinado a crianças com dislexia. Trata-se da mais importante obra publicada no nosso país na área das dificuldades de aprendizagem da leitura.
Para mais informações: paula.teles@netcabo.pt
FONTE DE PESQUISA:
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.clinicadislexia.com/images/simbdizem.gif&imgrefurl=http://www.clinicadislexia.com/textos.asp%3Ftipo%3Dprodutos&usg=__SDKg9cdJX-qShxTNrCuczyvbgMg=&h=118&w=158&sz=7&hl=pt-BR&start=10&tbnid=tFeXHZurXa3kTM:&tbnh=72&tbnw=97&prev=/images%3Fq%3DABECED%25C3%2581RIO%2BE%2BSILAB%25C3%2581RIO%26gbv%3D2%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG

LIVRO: ABECEDÁRIO E SILABÁRIO


Prefácio de ...
Arlette Verhaeghe
Professora Associada da FPCE - UL

"Hoje em dia, tornou-se trivial afirmar a importância da leitura e da escrita não só em termos individuais, pelas suas repercussões em diversas áreas de aprendizagem e pela oportunidade de alargar horizontes, como a nível da sociedade e do seu desenvolvimento. Menos trivial é o esforço realizado para permitir o sucesso na tarefa de ensinar a leitura e a escrita junto de um maior número possível de crianças.
O presente volume faz parte de um conjunto de livros em que Paula Teles apresenta o seu método - MÉTODO FONOMÍMICO Paula Teles - e disponibiliza materiais didácticos para um ensino eficaz da leitura. Trata-se de uma partilha de saberes e de ferramentas, dirigidos a professores, psicólogos, pais e todos os que se confrontam com a problemática das dificuldades nesta área de aprendizagem.
O interesse e o valor das actividades e exercícios elaborados pela autora assentam no estudo rigoroso dos dados relevantes da investigação psicolinguística, assim como na experiência alcançada pelo ensino de crianças que principiam a sua aprendizagem da leitura e, em especial, pelo acompanhamento de crianças para as quais as dificuldades manifestadas representam obstáculos dificilmente transponíveis sem uma intervenção pedagógica adequada.
... tem sido amplamente reconhecida a importância da escolha de um método de ensino da leitura que privilegia, na fase inicial de aprendizagem, o estudo sistemático e explícito do código escrito, não só para as crianças com um percurso normal de desenvolvimento, mas também, e sobretudo, para as crianças com dificuldades específicas nesta área de aprendizagem.
...é dada ênfase ao Princípio Alfabético tomando em conta o necessário desenvolvimento da Consciência Fonológica, e em particular da Consciência Silábica e Fonémica. O ensino das Correspondências entre Grafemas e Fonemas é reforçado recorrendo ao treino de Fusão Fonémica, operação fundamental da leitura.
Outro aspecto do treino que é importante realçar é a atenção dada à automatização. O treino intensivo de Leitura Sequencial de Sílabas visa o estabelecimento de uma descodificação rápida e automática das palavras escritas.
Actualmente é reconhecida a importância da automatização deste mecanismo de descodificação, porque permite libertar os recursos de atenção que podem assim ser orientados para os processos de tratamento sintáctico e semântico fundamentais para compreender o que é lido.
Contrariamente ao que por vezes se diz, um método de aprendizagem da leitura que, numa fase inicial, enfatiza competências ligadas à descodificação de palavras, não se desvia do objectivo principal da leitura que é a compreensão do texto escrito. Antes, cria as bases que vão permitir atingir este objectivo.
Um último aspecto que gostaria de salientar prende-se com o facto de que o treino sistematizado e persistente reforça a valorização do empenho da criança tornando visíveis os resultados do seu esforço. Não é assim descurada a motivação da criança no seu processo de aprendizagem o que lhe abre a possibilidade de tomar consciência, e de compreender, o seu papel activo na construção do seu conhecimento.
Pelas razões invocadas, é de louvar este contributo relevante, e significativo, no panorama das práticas educativas no domínio da aprendizagem da leitura e da escrita em Português Europeu."

FONTE DE PESQUISA:
http://www.psicosoma.pt/livraria?page=shop.product_details&flypage=flypage.tpl&product_id=1553&category_id=64

Software brasileiro melhora percepção auditiva em crianças com dislexia


27 de março de 2009


Software brasileiro melhora percepção auditiva em crianças com dislexia

Um software desenvolvido na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) deve ajudar a tratar problemas de percepção auditiva em crianças com dislexia. O trabalho é fruto da tese de doutorado da fonoaudióloga Cristina Ferraz Borges Murphy. O objetivo do programa é melhorar a capacidade de processar rapidamente estímulos sonoros, habilidade tecnicamente conhecida como processamento temporal auditivo (PTA).

A dislexia é um transtorno de aprendizagem caracterizado principalmente pela dificuldade para aprender a ler e escrever, mas que pode estar relacionado com problemas de percepção auditiva. A fonoaudióloga cita como exemplo o caso das consoantes, que são estímulos mais rápidos que as vogais e “requerem um processamento temporal auditivo íntegro para que possam ser discriminadas”.

A partir de um software americano, foram desenvolvidos dois jogos de computador (um não-verbal e um verbal) para o treinamento auditivo. O jogo não-verbal visava principalmente estimular a percepção e diferenciação de sons agudos e graves. Já o jogo verbal tinha como objetivo a diferenciação de sílabas, especialmente em consoantes de som parecido, como “p” e “b” ou “v” e “f”. Neste caso, houve uma expansão do tempo de produção deste som, a chamada “fala expandida” para facilitar o processo de discriminação.

A pesquisa se dividiu em duas etapas. Na primeira, as 40 crianças disléxicas selecionadas foram separadas em dois grupos: um deles praticava os jogos quase diariamente (durante dois meses), além de ser submetido à terapia fonoaudiológica; o outro participou apenas da terapia. As crianças do primeiro grupo passaram por testes de leitura e percepção auditiva antes e depois do contato com o programa. Na etapa seguinte, as crianças que não tiveram contato com o jogo na fase anterior tiveram a possibilidade de utilizar o software durante dois meses.

Testes semelhantes foram realizados. No caso da habilidade de leitura, não houve alteração significativa entre os resultados pré e pós-treinamento. Já em relação ao processamento temporal auditivo, as diferenças foram bastante relevantes. Houve melhora na habilidade de diferenciar e ordenar sons agudos e graves (o que os pesquisadores chamam de período de freqüência) e graves e na capacidade de distinguir e ordenar sons longos e curtos (período de duração).

Segundo a autora, a principal função do software nesse momento é treinar o PTA, mas futuros aprimoramentos podem estender sua aplicação a problemas de discriminação da fala, auxiliando pessoas com dificuldades de pronunciar determinados fonemas ou que confundem certas letras. A pesquisa, que contou com o apoio da Associação Brasileira de Dislexia (ABD) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), é candidata ao prêmio anual da Academia Americana de Audiologia, cujo vencedor será conhecido em abril em Dallas, Estados Unidos. (Com informações da Agência USP de Notícias)




FONTE DE PESQUISA:
http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/software_brasileiro_melhora_percepcao_auditiva_em_criancas_com_dislexia.html

março 26, 2009

março 21, 2009

Secretaria de Estado de Educação do GDF.


Secretaria de Estado de Educação do GDF.
Legislação
PARA PESQUISAS DE ESTUDO.
http://www.se.df.gov.br/
LDB - Lei de Diretrizes de Base
Diretrizes para Educação Básica
Parâmetros Curriculares Nacionais
ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente
Regimento Escolar das Instituições da Rede Públicas de Ensino do DF
Carreira Magistério Público do DF
Carreira Assistência à Educação do DF
PDAF - legislação
Estratégia de Matrícula - 2009
Lei Orçamentária anual 2009
LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias
Portaria nº 77, de 03/02/2009 - Registro de Avaliação
Portaria nº 78, de 04/03/2009 - Implantação do diário de classe, por meio eletrônico
Governo do Distrito Federal
Secretaria de Estado de Educação
Anexo do Palácio do Buriti - 9º andar - Brasília

Telefone (61) 3224 0016 | (61) 3225 1266 | Fax (61) 3901 3171
QNG AE Lote 22 bl 05 sala 03 - Taguatinga Norte

Telefone (61) 3355 86 30 | Fax (61) 3355 86 94

março 09, 2009

É uma forma de EXCLUSÃO (DES) HUMANA!


Fátima Magnata
Profª.da Rede pública/PE
mfmag@terra.com.br
23, Novembro/2001

Dislexia , mesmo ao longo desses cem anos de pesquisas, aproximadamente, tem sido deixada à margem das salas de aula. Crianças sadias têm sido alvo constante. Falhos processos de avaliação, erros de interpretação, conceitos mal formados ou pré-concebidos a respeito dessa dificuldade, induzem fatalmente a um falso diagnóstico, ou seja, suas dificuldades escolares são simplesmente um indício de baixa capacidade intelectual.

Muitos disléxicos, em determinadas atividades, conseguem obter uma performance superior à média do seu grupo etário (na música, desenho, pintura, eletrônica, mecânica, na engenharia, nos esportes...)

Alguns estudos mostram que, dentre os inúmeros conceitos existentes, a dislexia é uma desordem na maneira pela qual o cérebro processa a informação... É uma disfunção neurológica... É enfim, uma combinação de habilidades e dificuldades.O quadro estatístico mundial afirma que cerca de 15% a 30% das crianças em idade escolar, apresentam dificuldades de aprendizagem, e desse quadro 10% são disléxicas. Atinge de quatro a cinco meninos para cada menina.

É muito freqüente que pessoas disléxicas apresentem déficit no domínio da ação, da motricidade, da organização têmporo-espacial, da capacidade de globalização no domínio do esquema corporal, na dominância lateral.

A má estruturação do espaço nessas pessoas manifesta-se em princípio, nas dificuldades em situar as diversas partes do seu corpo, umas em relação às outras. As noções de alto, baixo, em frente, atrás e, sobretudo, direita e esquerda são confundidas, o que no domínio da leitura, provoca confusão entre certas letras como p-q, b-d, u-n, p-b, dentre outras. Cada letra é percebida, dependendo do sentido de deslocamento do seu olhar (esquerda-direita e vice-versa). O olhar das pessoas disléxicas não segue forçosamente a direção esquerda-direita, muda de direção várias vezes em apenas alguns segundos. Se a criança não se situa no espaço bidimensional, é normal que encontre dificuldades e faça confusão inclusive na análise da direita e da esquerda do mundo exterior.

É importante esclarecer que a maioria das crianças pode confundir "direita e esquerda" até os sete anos, aproximadamente.

As causas da Dislexia não são ainda tão claras, mas os resultados são cada vez mais evidentes em nossas bancas escolares, produzindo pesadelo àqueles, com Dificuldades de Aprendizagem, que ultrapassam os portões para dentro da Escola. Entretanto, não se pode chamar de "dislexia" toda e qualquer "dificuldade" ligada à leitura e/ou a escrita, bem como as Dificuldades de Aprendizagem que podem ter por base problemas emocionais, algum déficit auditivo (exame do processamento auditivo central), um déficit visual ( teste de ortóptica ), ou uma inadaptação ao método pedagógico, e/ou ainda possíveis falhas no processo de alfabetização, causadas por má prática pedagógica, ou seja, pela má formação do professor.

"É importante saber que a dislexia ocorre independente do fator socioeconômico, cultural ou intelectual". Mas, seus efeitos vão além do seu corpo e de sua inteligência... Afetam seus sentimentos, seus familiares, seus amigos, seus ideais de vida... Desorganiza e destrói toda a sua estrutura física e humana!

Ao sofrer constantes discriminações, essas crianças perdem a confiança em si própria, o que gera uma baixa auto-estima. Talvez este seja o maior e o mais comum dos problemas emocionais, que a criança disléxica enfrenta para desenvolver-se satisfatoriamente, desencadeando frustrações, preconceitos e sentimentos de incapacidade, que pode levar ainda ao surgimento de algumas "fobias" específicas. São extremamente carentes de afeto, compreensão e cuidados. Possuem dificuldades para expressar os seus pensamentos e para entender também, o pensamento do outro. Apresentam uma inabilidade em seguir seqüências, de observação/atenção para detalhes e, de organização interna para absorver informações recebidas seja por meio de palestras, demonstrações, ou mesmo a leitura de sala de aula.

Às vezes não conseguem direcionar sua atenção para um único tópico, distraem-se facilmente ao prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo, o que chamamos de "atenção difusa". Podem, na maioria das vezes, apresentar um comportamento impulsivo: agem antes de pensar, sem medir as conseqüências. Planejam e decidem mal, com isso muitas vezes suas ações são perigosas. Isso não quer dizer que sejam necessariamente hiperativas, são apenas crianças "desatentas e impulsivas". Crianças hiperativas são sempre agitadas, não conseguem ficar sentadas, quietas. Revelam algum movimento contínuo das pernas, dos pés, dos braços, das mãos, dos lábios ou até da língua. Naturalmente, certas pessoas, em certos momentos, inclusive alguns disléxicos, apresentam essas características.

Há também a falta de atenção causada por uma condição da "Desordem do Déficit de Atenção" que já é um outro problema e também afeta a aprendizagem.

A compreensão de tais problemas nos obriga a direcionar e reestruturar a Escola trabalhando mais seu espaço, afim de melhor atender a todos, indistintamente, que apresentem dificuldades em sua aprendizagem. "O medo de falhar", muitas vezes, pode deixá-las tímida e fazê-la retroceder para evitar situações ameaçadoras. Podem também se tornar, exatamente ao contrário, "atrevidas/ousadas", na tentativa de esconder dos outros suas verdadeiras dificuldades acadêmicas dentro das salas de aula.

Às vezes por serem conduzidas a situações embaraçosas e conflitantes podem tornar-se agressivas, furiosas e/ou resistentes. Podem também ser consideradas preguiçosas, desmotivadas...Ou motivadas, dependendo apenas da forma com que as pessoas trabalhem ou se relacionem com elas. Todos estes comportamentos são "normais" tentativas de "ocultar" as suas dificuldades e disfarçar sua baixa auto-estima. Diante dessas evidências, devemos ficar alerta aos primeiros sinais, tanto em casa quanto na escola. Faço aqui alguns questionamentos:


Em quais momento as "dificuldades de aprendizagem" se transformam em Transtornos p/ o Disléxico?

"Observando que torna-se um transtorno tudo aquilo que traz a alguém uma má qualidade de vida, ou que impeça seu desenvolvimento emocional, afetivo e social;enfim, tudo que traz desordem ao meio social."

- E onde começa todo esse problema?

Gostaria de esclarecer antes de tudo, que Dislexia não é doença, é uma condição natural de vida, pessoas nascem disléxicas, e como condição, deve ter seu espaço respeitado e reconhecido no nosso atual Sistema Educacional. Segundo algumas pesquisas existe uma carga genética que explica o "ser disléxico", há uma incidência maior em certas famílias.

Quanto às questões eu, particularmente, diria que os problemas se acentuam, através da Má Formação dos profissionais nas universidades, e culminam com a Má Informação dos pais e dos educadores nas instituições educacionais de um modo geral. Os pais e os educadores, por desconhecerem as causas da falta de "motivação", do "desinteresse" e da "falta da compreensão nas diversas leituras" do aluno, da sua "lentidão", perdem a paciência e fazem um julgamento incorreto e precipitado a respeito dessa situação. Os Pais passam a condenar a escola cobrando respostas e resultados imediatos, e a Escola, por sua vez, acusa os pais de negligência, omissão e/ou conivência... A partir desse momento, as discriminações e os rótulos começam a surgir dando origem a uma seqüência de bloqueios, que marcam e transformam em sérios transtornos a vida desses alunos, tenham eles Dislexia ou Distúrbios de leitura e escrita! A Escola por não estar preparada ainda, passa a ser um lugar de acúmulo de FRUSTRAÇÕES para eles, que temem as perguntas e os comentários desagradáveis à sua pessoa, tanto por parte de professores e funcionários, quanto pelos demais colegas. Isso somado a desinformação, torna a questão ainda mais grave no Brasil. É uma forma de EXCLUSÃO (DES) HUMANA!

É hora de se rever os papéis de TODOS na Educação Brasileira. Pois, se nas escolas não encontramos profissionais com "boa formação" para educar com qualidade, eficiência e respeito, capazes de identificar, compreender e trabalhar as Dificuldades de Aprendizagem dentro da própria escola é porque alguém não está exercendo bem seu papel, nem sua função.

O que estará acontecendo com as nossas Instituições Formadoras?

De quem é a "responsabilidade" de "Informar e Preparar" de forma satisfatória, todoprofessor/educador para as dificuldades existentes na aprendizagem? Preparar para ensinar àqueles que já aprenderiam sem nenhum problema, já faz parte de um programa de formação mínima.

É claro que investimentos "unicamente", na qualificação do professor, não resolvem, de imediato, todos os problemas na Educação, mas por certo, minimizará o sofrimento daqueles que são discriminados, dia após dia, em nossas salas de aula.

Contudo, não é justo "responsabilizar" tão somente os "Educadores" dos diversos seguimentos de ensino, por todos os resultados negativos, sem levar em conta, a falta das condições básicas de trabalho e de uma maior e melhor valorização da profissão de EDUCADOR.

Acredito, porém, que só uma "Grande Mudança" na grade curricular dos Cursos de Formação, poderá resgatar a verdadeira essência do Ser Educador, se, e somente se, as inúmeras dificuldades existentes no Sistema Educacional, entre elas a Dislexia... deixarem de ser ignoradas pelo Ser Mestre... pelo Ser HUMANO... na Educação Brasileira.

O professor, frente aos novos desafios, deverá ser mais bem preparado por meio de capacitações, como também ser incentivado a pesquisar, para que na prática possam enfrentar as possíveis situações-problema, com competência necessária para reconhecer as prováveis Dificuldades de Aprendizagem, desenvolvidas dentro e/ou fora da escola, para que dessa forma, possam ajudar tanto aos aprendentes, em suas necessidades escolares, quanto aos seus familiares, garantindo-lhes o direito a informação e ao apoio, indispensáveis ao bom desenvolvimento das relações familiares, assim como a orientação e o encaminhamento aos locais com atendimento especializado, quando necessário.

Durante todo esse processo... Aprendi que... "mais do que avaliar provas e dar notas, é preciso ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma do educando...".

É preciso saber interpretar gestos e olhares!


Deixo aqui, meu pedido de desculpas a todos, que de alguma forma, não foram "compreendidos e/ou aceitos" no nosso sistema educacional, e abandonaram as salas de aula, levando consigo a frustração

de sua única condição:

"SER HUMANO que aprende diferente!".

Fátima Magnata

mfmag@terra.com.br

Profª.da Rede pública/PE.
FONTE DE PESQUISA:
http://www.dominiofeminino.com.br/artigos_tematicos/hps/profs_dislexia.htm


A atenção é uma qualidade da percepção. Quando há estímulos (qualquer força ou objeto que age sobre a pessoa e é detectado pelo equipamento sensório do organismo), a captação destes pode ser comparada a uma porta de entrada para informações.

Dentre os tipos diferentes de atenção, pode-se destacar:


Atenção Difusa
É a função mental que focaliza, de uma só vez, diversos estímulos que estão dispersos espacialmente, realizando uma captação rápida de informações e fornecendo um conhecimento instantâneo para o indivíduo.
Ex.: no painel de controle de um carro há vários instrumentos como o relógio de combustível, velocímetro e o odômetro. A Atenção Difusa seria usada no momento em que o motorista, em uma olhada, consiga ver todos esses instrumentos - o relógio do combustível, velocidade do veículo, e a quilometragem percorrida.

Atenção Concentrada
É a função mental em que os interesses de focalização (dos estímulos) são dirigidos a um centro onde existe apenas um estímulo ou onde estão reunidos um grupo de estímulos que tenham características em comum. Para alcançar-se este tipo de atenção é necessário um tempo maior.
Ex.: o motorista dirigindo na pista deve estar atento tanto às informações advindas das sinalizações e também coordenar os movimentos necessários à direção do veículo.

Atenção Discriminativa
É a função mental que ao focalizar dois ou mais estímulos diferentes, necessita realizar uma discriminação, uma separação, para tomar em consideração somente o estímulo de seu interesse e assim emitir uma resposta específica.
Ex.: o motorista está dirigindo o veículo e ouvindo rádio. Ele pode escolher prestar atenção na estrada ou escutar o rádio. Direcionando a atenção para o rádio o motorista pode ocasionar um ato imprudente tendo como conseqüência um acidente.

“A vivência fenomenológica das percepções não corresponde exatamente à influência direta do meio externo sobre os receptores do sistema nervoso, mas sim à maneira particular como o cérebro organiza e representa essa influência.” (Bastos, 2000)

Fonte: TONGLET, Emílio Carlos. BFM-1

março 08, 2009

Desabafo de uma mulher rebelde...



São 7h. O despertador canta de galo e eu não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede.

Estou TÃO acabada, não queria ter que trabalhar hoje. Quero ficar em casa, cozinhando, ouvindo música, cantarolando até. Se tivesse filhos, gastaria a manhã brincando com eles, se tivesse cachorro, passeando pelas redondezas.

Aquário? Olhando os peixinhos nadarem. Espaço? Fazendo alongamento. Leite condensado? Brigadeiro. Tudo menos sair da cama, engatar uma primeira e colocar o cérebro para funcionar.

Gostaria de saber quem foi a mentecapta, a matriz das feministas que teve a infeliz idéia de reivindicar direitos à mulher, e por quê ela fez isso conosco, que nascemos depois dela. Estava tudo tão bom no tempo das nossas avós, elas passavam o dia a bordar, a trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, colhendo legumes das hortas, educando crianças, freqüentando saraus... A vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária. Aí vem uma fulaninha qualquer que não gostava de sutiã, tampouco de espartilho, e contamina várias outras rebeldes inconseqüentes com idéias mirabolantes sobre "vamos conquistar o nosso espaço". Que espaço, minha filha? Você já tinha a casa inteira, o bairro todo, o mundo ao seus pés. Detinha o domínio completo sobre os homens, eles dependiam de você para comer, vestir, e se exibir para os amigos..., que raio de direitos requerer?

Agora eles estão aí, todos confusos, não sabem mais que papéis desempenhar na sociedade, fugindo de nós como o diabo da cruz. Essa brincadeira de vocês acabou é nos enchendo de deveres, isso sim. E nos lançando no calabouço da solteirice aguda.

Antigamente, os casamentos duravam para sempre, tripla jornada era coisa do Bernard do vôlei - e olhe lá, porque naquela época não existia Bernard e, se duvidar, nem vôlei.

Por quê, me digam, por quê um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com o "macharedo"? Olha o tamanho do bíceps deles, e olha o tamanho do nosso. Tava na cara que isso não ia dar certo. Não agüento mais ser obrigada ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes, escolher que roupa vestir, que sapatos, acessórios, que perfume combina com o meu humor, nem de ter que sair correndo, ficar engarrafada, correr risco de ser assaltada, de morrer atropelada, passar o dia ereta na frente do computador, com o telefone no ouvido, resolvendo problemas. Somos fiscalizadas e cobradas por nós mesmas a estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, cheirosas, unhas feitas, sem falar no currículo impecável, recheado de mestrados, doutorados, e especializações. Viramos supermulheres, continuamos a ganhar menos do que eles.

Não era muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço? Chega!, eu quero alguém que pague as minhas contas, abra a porta para eu passar, puxe a cadeira para eu sentar, me mande flores com cartões cheios de poesia, faça serenatas na minha janela - ai, meu Deus, 7h 30min, tenho que levantar!, - e tem mais, que chegue do trabalho, sente no sofá, coloque os pés para cima e diga: "meu bem, me traz uma dose de whisky, por favor?", descobri que nasci para servir. Vocês pensam que eu estou ironizando? Estou falando sério! Estou abdicando do meu posto de mulher moderna... Troco pelo de Amélia. Alguém se habilita?


Autor anônimo

março 01, 2009

CURSO DE DISLEXIA PELA INTERNET

DISLEXIA NO MUNDO!!

Dª PAULA TELLES/PORTUGAL

VIDIO SOBRE DISLEXIA

DISLEXIA NO MUNDO!!

DISLEXIA????

Então, como diagnosticar a dislexia?

Diagnóstico

Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes que seja feito um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, mas não confirmam a dislexia. Os mesmos sintomas podem indicar outras síndromes neurológicas ou comportamentais.
Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve-se procurar ajuda especializada.
Uma equipe multidisciplinar formada por: Psicóloga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clínica deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista, Otorrinolaringologista e outros, conforme o caso.A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de AVALIAÇÃO DIFERENCIAL MULTIDISCIPLINAR.

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

COMO É A VIDA DE UMA PESSOA COM DIS...

PORQUÊ, SOMOS DIS !!!

Saiba , que entendo muito bem , quando vc fala (mal sabem eles o que tenho de fazer para chegar ate onde cheguei.... ´´e horrivel para mim. Agora vou ter que enfrentar um exame da ordem. Nao sei se mostro que sou dislexica ou nao para fazer a prova. Tenho que decidir, gostaria que vcs me orientasse o que devo fazer) vou te dar varias razões, para você não esconder que é dislexica, e outras tantas mais para você se cuidar e se respeitar em quanto há tempo. Seja quem você realmente é !!! Não seja preconceituosa com você mesma , como eu fui, por pura falta de conhecimento , coisa que você já tem.
e o mais importante ...tem a conciência dos seus direitos como cidadã. O meu conselho é: exerçar seus direitos e cumpra seus deveres, como ser pensante e atuante na nossa sociedade.

como vc sabe , também sou dislexica, mas só tive conciência do que estava acontecendo comigo, depois que ...já tinha meu emocional todo comprometido.
E mesmo assim , tive que passsar por mentirosa, pois já havia passado em um concurso publico, atuava como professora alfabetizadora e estava fazendo uma graduação em pedagogia. E te digo ...só eu e deus, sabia o que eu escondia !!!
Vivi toda minha vida com medo, e com vergunha , quando alguèm percebia meus erros ortograficos ,minha total incapacidade de escrever ao mesmo tempo que outra pessoa falava, não consiguia anotar as informações.
Com tudo isto, fui desfaçando para conseguir viver neste mundo letrado!!!
Até que minha mente e meu corpo , não suportou o estress!!! E tudo ficou encontrolavel, entrei em um processo de depressão, ansiedade e hiperatividade , altissimo.
Foi quando , fui em busca de ajuda medica. Sem saber o que eu escondia...os profissionais de saúde, se desdobraram em busca de explicações para o meu estado de saúde. Cada um chegou a um diagnostico conclusivo.
O psiquiatra, depressão e asiedade, que deveria ser trabalhada com terapia e medicação. A psicologa, hiperatividade causada por meu comportamento obcessivo de perfeição, e fata de confiança, deveria tentar me concentrar melhor no presente. O reumatologista, para ele eu estava com fibromialgia e outras coisas, causadas pelo estress, elevado, seria necessario procurar auternativas de relaxamento, e medicação. Fiz , hidroterapia, acupuntura, rpg , caminhada, cessão de relaxamento mental, com os psicologos, participei de programas para levantar minha auto-estima. Mais nada adiantava...tive outros sintomas, como gagueira, que foi trabalhado com a fonaldiologa. Labirintite, refluxo, que foram tratados por medicos da aréa, especialistas.
Depois tive problemas na visão, ai foi que tudo se entrelaçou, o oftalmologista , pedio um exame para descartar , adivinha o que?
Esclerose multipla....ai na resomância deu possitivo!!! E tudo levava a crer, neste diagnostico, quando se juntava tudo o que estava acontecendo com o meu corpo!!!
Pensa que acabou por ai!!?? Não! Tudo só estava recomeçando...
Mas paralelo a tudo isto, que vinha se passando, eu não parei de estudar, herá ponto de hora!!Para mim!! Fiquei de licença do trabalho , para tratamento, e ainda tive que enfrentar a doença da minha mãe que estava com o diagnostico de câncer. E meus filhos confusos e em plena adolecência. Eu estava completamente perdida!!!! Sem estrutura emocional, e sem controle cognitivo, esquecia as coisas , chorava muito,comecei a escrever e ler com muito mais dificuldades , já estava saindo da realidade, que me parecia um pesadelo!!
Mas, como uma boa dislexica, até então sem saber, não deixei de lutar contra o mundo. E quando estava fazendo minhas pesquisas para o trabalho do tcc, para conclusão do curso de graduação em pedagogia, sobre o tema que mais mim encomodava, os erros ortograficos em sala de aula e a visão do professor, quanto os problemas de aprendizagem. Por acaso, entrei no site da associação brasileira de dislexia, e quando estava lendo um depoimento de um dislexico adulto!!! O chão se abriu e o céu também...e as coisas foram tendo sentido, minha vida tava fazendo sentido. Eu estava diante , de uma explicação para a minha total "burrice"!!! Diante dos meus maiores medos, das minhas grandes vergunhas, das minhas piores dificuldades, e de tudo o que eu fazia questão de esconder, que erá a minha incompetência, diante do desafio de ler e escrever!!!
Mas o que eu julgava ter diante de me, toda solução para explicar todos as minhas angustias, sem fundamento , porquê , agora haveria uma razão. Senti meu esprírito leve, despreoculpado, pensei, agora não vou mais ter que mentir , tenho que revelar o meu maior segredo, e só atravez desta revelação serei liberta do medo, da vergunha, desta vida prisioneira da culpa de ser o que eu herá!!!
Bem , caros colegas, as coisas não foram, e não são tão faceis deste jeito que pensei...todos os profissionais de saúde que estavam , cuidando do meu equilibrio, duvidaram da minha verdade. Passaram a olhar , para me, como se eu estevesse, louca...e se perguntavam!!???
E questionavam, como eu tinha dislexia e tinha chegado onde cheguei sem ajuda!!??? Como eu saberia ler e escrever !!??? Porquê, e como poderia ter escondido isto!!!?? Bem , as respostas para estas perguntas, só eu e deus sabe o que tive que fazer,e tive que reunir forças,buscar conhecimento para meus argumentos e levanta uma quantia em dinheiro, para ir até são paulo, o unico lugar , onde teria profissionais seguramente competêntes para fazer o diagnostico, porquê todos os outros se mostravam completamente impossibilitados para assinar um laudo fechado de um diagnostico sobre dislexia.
E neste exato momento , luto contra todos os mesmos, sentimentos e há todos os mesmos pré-conceitos. E tenho que usar os mesmos meios para continuar sobrevivendo. Mas com uma diferênça fundamental,hoje já não tenho tanta vergonha de escrever errado, entendi que isto não mim tira o direito de ser respeitada e que sou competente e capaz .
Imagina ser ...professora alfabetizadora, pedagoga e atualmente estou fazendo pós- de psicopedagogia. Se tenho dificuldades...claro!! Se vejo discriminação nos olhos de muitos ...simmm!!! Fui aposentada pelo governo do distrito federal, por razões óbvias, que já não tenho forças para questionar.

Mas o que mais importa é que dessidi ir á luta, por mim e por nós!!

Quero que todo disléxico assuma sua condição, não somos doentes para procurar há cura...devemos ir a procura do entendimento do nosso ser pensante e atuante , diante desta sociedade letrada e preconceituosa.

Abjncrção!
Elizabete aguiar.
Perfil profissional:
Profª Elizabete M. Rodrigues R. da R. Aguiar.
Graduada em Pedagogia – UNB.
Especialização em Psicopedagogia Reeducativas Clínica e Institucional –UniEvangelica
Especialista e Neuropedagogia e Psicanálise – FTB.
Dir. Adm. Adjunta da Associação de Psicopedagogia – ABPp- Seção BRASÍLIA.
Profª da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal – GDF.
Consultoria e Assessoria em Psicoeducação.