junho 08, 2011

É comum em crianças dislexia , ter à comorbidade do DPAC.

“Distúrbio do barulho” é comum em crianças, especialmente nas com dislexia


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MUITAS CRIANÇAS COM DISLEXIA TÊM TAMBÉM DEFICIÊNCIAS E COMORBIDADES EM OUTRAS ÁREAS COGNITIVAS. UMA DESTAS PODE SER O DISTÚRBIO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL, OU DPAC.



“O DPAC é um defeito no canal do ouvido que leva o som para o cérebro. A criança ouve bem, porém, na hora de processar o som tem dificuldades. Ela não consegue lidar com os sons que escuta”, explica a fonoaudióloga e psicopedagoga Maria Angela Nico, da Associação Brasileira de Dislexia (ABD). A criança com o distúrbio tem dificuldade de separar os sons, por isso em ambientes barulhentos – como uma sala de aula – quando o professor fala e outros alunos também falam, fica difícil separar o que um e outro está falando.


“O colorido do som é perdido. É como se você tentasse ouvir música em um fone de ouvido de má qualidade e compensasse isso aumentando o som. É assim que uma criança com DPAC ouve”, explica a fonoaudióloga Liliane Desgualdo Pereira, da Universidade Federal de São Paulo, pioneira no diagnóstico da DPAC no Brasil.

Segundo Liliane, não existe um consenso sobre as causas da desordem, que podem estar relacionadas à falta de estímulos sonoros durante a infância, razões genéticas ou neurofisiológicas (agravos no sistema auditivo nervoso central). O certo é que não se trata de uma doença, mas pode ser resultado de doenças no ouvido como, por exemplo, uma inflamação que atrapalhe o desenvolvimento do sistema nervoso central. “Como o sistema público de saúde é falho em muitos lugares do Brasil, é comum uma criança ter otite uma, duas, três vezes – a otite de repetição. Isso pode causar um agravo no sistema nervoso central que gera o distúrbio de processamento”.

Estima-se que 10% das crianças em idade escolar apresentem a DPAC. Deste total, 1% tem dislexia. “Na evolução, quem ouve mal, fala, lê e escreve mal. Por isso a comorbidade entre os dois distúrbios”, diz.

Diagnóstico e tratamento

Alguns sinais indicam que a criança apresenta a DPAC. Se o seu filho tem dislexia, além das dificuldades de aprendizagem típicas do transtorno, a criança age como se não quisesse escutar ou apenas ouvisse quando há interesse. Nos primeiros anos de alfabetização, a criança não identifica sílabas e vogais, tem a memória atrapalhada, é desatenta, parece que tem preguiça. Por volta dos 2 anos de idade, a criança já tem capacidade de saber de onde vêm os sons. Caso você chame seu filho da sala e ele, no corredor, não consiga identificar onde você está, isso também pode ser sinal da DPAC. Um jovem com o distúrbio não compreende entonações de voz diferentes, piadas ou frases de duplo sentido. Uma tarefa simples como falar ao telefone se torna um tormento.

Segundo Maria Angela, durante o diagnóstico da dislexia é possível identificar o DPAC, já que a criança passa por exames com uma equipe multidisciplinar. “Durante os exames de fonoaudiologia é possível perceber se a criança pode ter o distúrbio”. Identificada a desordem, ela deve ser encaminhada para o profissional de fonoaudiologia especializado no DPAC. A partir daí, a criança passa por uma série de exames, além de uma avaliação neurológica, com o objetivo de identificar e quantificar o nível e o grau do distúrbio.

A reabilitação do paciente com DPAC é feita sem medicamentos. O objetivo é “arrumar” o caminho do som até o cérebro por meio de estímulos auditivos. O destaque deste processo de reabilitação diz respeito ao uso de recursos tecnológicos como o audiômetro – equipamento que permite apresentar sons de fala e tons puros por fones de ouvido. Quando acoplado a um aparelho de CD, ele reproduz estímulos diferentes um em cada orelha, a escuta dicótica. Este procedimento é feito em uma cabina acústica ou sala silenciosa.

Os resultados são animadores: em até 80% dos casos, os pacientes se recuperam totalmente. E os resultados podem ser vistos em até dois meses. Tem início, então, outro processo que visa a compensar o “tempo perdido”. O foco é aumentar o vocabulário, melhorar a linguagem, aprender o conteúdo curricular perdido e trabalhar as dificuldades emocionais de interação. “Este tratamento é mais longo e pode durar de seis meses a um ano ou mais, e necessita de uma equipe multidisciplinar de profissionais”, conclui Liliane.



por Marina Teles

FONTE DE PESQUISA: http://oqueeutenho.uol.com.br/portal/2011/06/07/%E2%80%9Cdisturbio-do-barulho%E2%80%9D-e-comum-em-criancas-especialmente-nas-com-dislexia/email/

Um comentário:

Anônimo disse...

oi gente,moro em sao bernardo e meu filho tem muitos sintomasassim...pode me dizer se aquiem saobernardo tem tratamento pra desordem auditiva?

Então, como diagnosticar a dislexia?

Diagnóstico

Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes que seja feito um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, mas não confirmam a dislexia. Os mesmos sintomas podem indicar outras síndromes neurológicas ou comportamentais.
Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve-se procurar ajuda especializada.
Uma equipe multidisciplinar formada por: Psicóloga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clínica deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista, Otorrinolaringologista e outros, conforme o caso.A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de AVALIAÇÃO DIFERENCIAL MULTIDISCIPLINAR.

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

COMO É A VIDA DE UMA PESSOA COM DIS...

PORQUÊ, SOMOS DIS !!!

Saiba , que entendo muito bem , quando vc fala (mal sabem eles o que tenho de fazer para chegar ate onde cheguei.... ´´e horrivel para mim. Agora vou ter que enfrentar um exame da ordem. Nao sei se mostro que sou dislexica ou nao para fazer a prova. Tenho que decidir, gostaria que vcs me orientasse o que devo fazer) vou te dar varias razões, para você não esconder que é dislexica, e outras tantas mais para você se cuidar e se respeitar em quanto há tempo. Seja quem você realmente é !!! Não seja preconceituosa com você mesma , como eu fui, por pura falta de conhecimento , coisa que você já tem.
e o mais importante ...tem a conciência dos seus direitos como cidadã. O meu conselho é: exerçar seus direitos e cumpra seus deveres, como ser pensante e atuante na nossa sociedade.

como vc sabe , também sou dislexica, mas só tive conciência do que estava acontecendo comigo, depois que ...já tinha meu emocional todo comprometido.
E mesmo assim , tive que passsar por mentirosa, pois já havia passado em um concurso publico, atuava como professora alfabetizadora e estava fazendo uma graduação em pedagogia. E te digo ...só eu e deus, sabia o que eu escondia !!!
Vivi toda minha vida com medo, e com vergunha , quando alguèm percebia meus erros ortograficos ,minha total incapacidade de escrever ao mesmo tempo que outra pessoa falava, não consiguia anotar as informações.
Com tudo isto, fui desfaçando para conseguir viver neste mundo letrado!!!
Até que minha mente e meu corpo , não suportou o estress!!! E tudo ficou encontrolavel, entrei em um processo de depressão, ansiedade e hiperatividade , altissimo.
Foi quando , fui em busca de ajuda medica. Sem saber o que eu escondia...os profissionais de saúde, se desdobraram em busca de explicações para o meu estado de saúde. Cada um chegou a um diagnostico conclusivo.
O psiquiatra, depressão e asiedade, que deveria ser trabalhada com terapia e medicação. A psicologa, hiperatividade causada por meu comportamento obcessivo de perfeição, e fata de confiança, deveria tentar me concentrar melhor no presente. O reumatologista, para ele eu estava com fibromialgia e outras coisas, causadas pelo estress, elevado, seria necessario procurar auternativas de relaxamento, e medicação. Fiz , hidroterapia, acupuntura, rpg , caminhada, cessão de relaxamento mental, com os psicologos, participei de programas para levantar minha auto-estima. Mais nada adiantava...tive outros sintomas, como gagueira, que foi trabalhado com a fonaldiologa. Labirintite, refluxo, que foram tratados por medicos da aréa, especialistas.
Depois tive problemas na visão, ai foi que tudo se entrelaçou, o oftalmologista , pedio um exame para descartar , adivinha o que?
Esclerose multipla....ai na resomância deu possitivo!!! E tudo levava a crer, neste diagnostico, quando se juntava tudo o que estava acontecendo com o meu corpo!!!
Pensa que acabou por ai!!?? Não! Tudo só estava recomeçando...
Mas paralelo a tudo isto, que vinha se passando, eu não parei de estudar, herá ponto de hora!!Para mim!! Fiquei de licença do trabalho , para tratamento, e ainda tive que enfrentar a doença da minha mãe que estava com o diagnostico de câncer. E meus filhos confusos e em plena adolecência. Eu estava completamente perdida!!!! Sem estrutura emocional, e sem controle cognitivo, esquecia as coisas , chorava muito,comecei a escrever e ler com muito mais dificuldades , já estava saindo da realidade, que me parecia um pesadelo!!
Mas, como uma boa dislexica, até então sem saber, não deixei de lutar contra o mundo. E quando estava fazendo minhas pesquisas para o trabalho do tcc, para conclusão do curso de graduação em pedagogia, sobre o tema que mais mim encomodava, os erros ortograficos em sala de aula e a visão do professor, quanto os problemas de aprendizagem. Por acaso, entrei no site da associação brasileira de dislexia, e quando estava lendo um depoimento de um dislexico adulto!!! O chão se abriu e o céu também...e as coisas foram tendo sentido, minha vida tava fazendo sentido. Eu estava diante , de uma explicação para a minha total "burrice"!!! Diante dos meus maiores medos, das minhas grandes vergunhas, das minhas piores dificuldades, e de tudo o que eu fazia questão de esconder, que erá a minha incompetência, diante do desafio de ler e escrever!!!
Mas o que eu julgava ter diante de me, toda solução para explicar todos as minhas angustias, sem fundamento , porquê , agora haveria uma razão. Senti meu esprírito leve, despreoculpado, pensei, agora não vou mais ter que mentir , tenho que revelar o meu maior segredo, e só atravez desta revelação serei liberta do medo, da vergunha, desta vida prisioneira da culpa de ser o que eu herá!!!
Bem , caros colegas, as coisas não foram, e não são tão faceis deste jeito que pensei...todos os profissionais de saúde que estavam , cuidando do meu equilibrio, duvidaram da minha verdade. Passaram a olhar , para me, como se eu estevesse, louca...e se perguntavam!!???
E questionavam, como eu tinha dislexia e tinha chegado onde cheguei sem ajuda!!??? Como eu saberia ler e escrever !!??? Porquê, e como poderia ter escondido isto!!!?? Bem , as respostas para estas perguntas, só eu e deus sabe o que tive que fazer,e tive que reunir forças,buscar conhecimento para meus argumentos e levanta uma quantia em dinheiro, para ir até são paulo, o unico lugar , onde teria profissionais seguramente competêntes para fazer o diagnostico, porquê todos os outros se mostravam completamente impossibilitados para assinar um laudo fechado de um diagnostico sobre dislexia.
E neste exato momento , luto contra todos os mesmos, sentimentos e há todos os mesmos pré-conceitos. E tenho que usar os mesmos meios para continuar sobrevivendo. Mas com uma diferênça fundamental,hoje já não tenho tanta vergonha de escrever errado, entendi que isto não mim tira o direito de ser respeitada e que sou competente e capaz .
Imagina ser ...professora alfabetizadora, pedagoga e atualmente estou fazendo pós- de psicopedagogia. Se tenho dificuldades...claro!! Se vejo discriminação nos olhos de muitos ...simmm!!! Fui aposentada pelo governo do distrito federal, por razões óbvias, que já não tenho forças para questionar.

Mas o que mais importa é que dessidi ir á luta, por mim e por nós!!

Quero que todo disléxico assuma sua condição, não somos doentes para procurar há cura...devemos ir a procura do entendimento do nosso ser pensante e atuante , diante desta sociedade letrada e preconceituosa.

Abjncrção!
Elizabete aguiar.
Perfil profissional:
Profª Elizabete M. Rodrigues R. da R. Aguiar.
Graduada em Pedagogia – UNB.
Especialização em Psicopedagogia Reeducativas Clínica e Institucional –UniEvangelica
Especialista e Neuropedagogia e Psicanálise – FTB.
Dir. Adm. Adjunta da Associação de Psicopedagogia – ABPp- Seção BRASÍLIA.
Profª da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal – GDF.
Consultoria e Assessoria em Psicoeducação.