abril 23, 2012

Você sabe o que é Dislexia ?

DISLEXIA


A DISLEXIA pode se apresentar quando uma criança saudável, inteligente, com estímulos sócio culturais adequados e sem problemas de ordem sensorial ou emocional, tem uma dificuldade acima do comum em aprender a ler. O ideal é realizar o diagnóstico da DISLEXIA o mais cedo possível, para amenizar ou evitar um comprometimento social e emocional do indivíduo ao longo da sua vida, e, ainda, minimizando os aspectos da dificuldade de aprendizagem.

A dislexia é persistente, mas não é uma incapacidade e sim uma dificuldade a ser vencida com sucesso.

A DISLEXIA, de causa genética e hereditária, é um transtorno ou distúrbio neurofuncional, ou seja, o funcionamento cerebral depende da ativação integrada e simultânea de diversas redes neuronais para decodificar as informações, no caso, as letras do alfabeto. Quando isso não acontece adequadamente, há uma desordem no caminho das informações, dificultando o processo da decodificação das letras, o que pode, muitas vezes, acarretar o comprometimento da escrita.

O disléxico não é deficiente, é diferente.

Alguns sinais que alertam para um diagnóstico:
• atraso no desenvolvimento da fala;
• dificuldade na aquisição e automação da leitura;
• resistência ao ler em público;
• leitura vagarosa, com trocas, mesmo que corriqueiras;
• disgrafia (letra feia);
• trocas, inversões, omissões, aglutinações de letras na escrita;
• vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou longas e vagas;
• dificuldades em decorar dias da semana, meses do ano, tabuada, números de telefone e etc.;
• dificuldade para compreender textos;
• desatenção e dispersão;
• dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua;
• bom desempenho em provas orais.

O sucesso da aprendizagem da criança com dislexia depende da ação conjunta da família, escola e intervenção com profissional especializado.

DIAGNÓSTICO
Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnóstico multidisciplinar, só demonstram um distúrbio ou dificuldade de aprendizagem, mas não confirmam se tratar de dislexia. Os mesmos sintomas podem indicar outras situações, como lesões, síndromes, etc.

Por esses múltiplos fatores é que a dislexia deve ser, obrigatoriamente, diagnosticada por uma equipe multidisciplinar, composta por fonoaudiólogo, psicólogo/neuropsicólogo e psicopedagogo, onde há uma minuciosa investigação, quantitativa e qualitativa das habilidades.

Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como neurologista, oftalmologista e outros, conforme o caso.

Não há qualquer medicalização
A avaliação multidisciplinar e transdisciplinar permite um acompanhamento mais efetivo das dificuldades após o diagnóstico, direcionando-o às particularidades de cada indivíduo. Não há qualquer medicalização do indivíduo. Dislexia não se trata com remédio.

Atualmente a DISLEXIA consta no CID 10 – Classificação Internacional de Doenças (F.81), definida como transtorno específico do desenvolvimento das habilidades escolares. Faz parte também do DSM – IV (1994) – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, relacionada entre os transtornos de aprendizagem, como transtorno de leitura. No entanto aguarda-se novas definições oficiais, perante comissões de estudos e de pesquisas atualizadas.

A não identificação da dislexia poderá causar além do fracasso escolar, prejuízos afetivos emocionais, baixa autoestima, depressão, ansiedade e, algumas vezes, o ingresso para a marginalidade.

A Associação Brasileira de Disleixa – ABD, instituição com mais de 28 anos de existência, única "global partner" no Brasil da "International Dyslexia Association – IDA" (instituição norte-americana), tem como finalidade divulgar, informar e sensibilizar os pais, profissionais da área da educação, escolas, parlamentares e todos os membros da população sobre a dislexia.
Com este objetivo promove eventos, palestras, cursos, workshop , simpósios, congressos e reuniões de apoio a pais de disléxicos, para elucidar a todos os interessados sobre o tema, inclusive unindo esforços com pessoas conscientes para aprovação de leis que ampare os disléxicos.

Associação Brasileira de Dislexia – ABD
Avenida Angélica, 2318 - 7º andar - Higienópolis -São Paulo - SP - 01228-200
Tels.             (11) 3231-3296       -             (11) 3258-7568       - (11) 3237-0809 –             (11) 3129-9721       
Outubro de 2011 

 

Programa de computador ajuda criança com dislexia.

Ilustrativa




Um programa para ajudar crianças com dislexia a melhorar o desempenho em leitura e escrita foi desenvolvido por uma pesquisadora da Unicamp e poderá ser usado em sala de aula. O objetivo é estimular a relação entre sons, imagens e palavras.
A dislexia é um transtorno de aprendizagem causado por dificuldade acima do comum para ler e escrever. Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, até 7% das crianças em idade escolar têm o transtorno.

Em sua tese de doutorado, a fonoaudióloga Cintia Alves Salgado Azoni formulou um software e desenvolveu o que chamou de Prefon (Programa de Remediação Fonológica).

Participaram da pesquisa 62 crianças, divididas em três grupos: 17 diagnosticadas com dislexia fizeram as atividades do programa; outras 14 com o transtorno não fizeram e 31 sem o problema serviram como grupo-controle.

Após seis meses de sessões semanais, as que utilizaram o Prefon mostraram mais rapidez para nomear cores ou imagens (o tempo caiu de um minuto e meio para 40 segundos, em média) e melhora no nível de leitura.

"No início, algumas crianças dos dois grupos com dislexia só reconheciam as letras, sem conseguir juntá-las. Depois de passar pelo programa, houve quem passou a ler, enquanto algumas das que não participaram da intervenção ainda estavam apenas reconhecendo letras", conta Azoni.

Segundo ela, depois das pesquisas as outras 14 crianças com dislexia também tiveram acesso ao programa.

Os exercícios do software não chegam a exigir escrita das crianças, mas envolvem atividades que são pré-requisitos para a alfabetização.

Diante de imagens de cor vermelha, amarela, verde e azul, por exemplo, uma criança sem dislexia pode levar 30 segundos para falar os nomes de cada uma em sequência. Com dislexia, o tempo pode dobrar, e os erros são mais frequentes (como chamar vermelho de verde).

"Não é só isso que mostra dislexia, mas se a criança segue com muitas dificuldades nessa área, ou não consegue identificar rimas ou guardar a ordem de sons de uma palavra, terá maiores problemas para se alfabetizar", disse a pesquisadora.

"Com o software, as crianças se mostraram mais motivadas, e o trabalho do profissional pode ser agilizado."

ESTÍMULO

Para Cinthia Wilmers de Sá, fonoaudióloga da Associação Brasileira de Dislexia, ferramentas como esse software têm papel fundamental na melhoria das habilidades da criança.

"Ninguém deixa de ser disléxico, mas pode desenvolver estratégias que vão dar a essa pessoa uma condição plena de vida de acordo com o estímulo que recebe", disse.

"Numa era em que tecnologia é preponderante, com certeza essa ferramenta [o Prefon] pode trazer maior interesse e estímulo às habilidades das crianças, mas não se deve restringir o trabalho só ao computador", avalia Sá.




Fonte: FOLHA.COM



 
Publicado em Sábado, 21 Abril 2012 17:30

COPIA DO SITE: http://www.circuitomt.com.br/editorias/mundo-tecnologico/13908-programa-de-computador-ajuda-crianca-com-dislexia.html

Programa de Remediação Fonológica (Prefon) para melhorar o desempenho da leitura e escrita em crianças com dislexia.


Software melhora leitura e
escrita de criança disléxica
Fonoaudióloga desenvolve programa que pode ser usado em qualquer computador

Pesquisa realizada pela fonoaudióloga Cíntia Alves Salgado Azoni no laboratório de Distúrbios de Aprendizagem e Transtornos da Atenção (Disapre), da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, resultou no desenvolvimento do Programa de Remediação Fonológica (Prefon) para melhorar o desempenho da leitura e escrita em crianças com dislexia.
Trata-se de um software utilizado como ferramenta de comunicação que funciona em qualquer computador. Os resultados foram tão positivos, conforme descritos na tese de doutorado “Programa de remediação fonológica, de leitura e escrita em crianças com dislexia do desenvolvimento”, que Cintia solicitou à Agência de Inovação Inova Unicamp a proteção da tecnologia por meio de registro de programa de computador. A tese foi orientada pela neuropsicóloga e coordenadora do Disapre, Sylvia Maria Ciasca.
As queixas de dificuldades de aprendizagem são comuns na infância e adolescência e motivam grande parte dos encaminhamentos por professores aos profissionais da saúde, com objetivo de avaliação, diagnóstico e intervenção. Em 1968, a World Federation of Neurology utilizou o termo dislexia do desenvolvimento para definir um transtorno manifesto por dificuldades na aprendizagem da leitura, apesar da instrução convencional, inteligência adequada e oportunidade sociocultural.
O comprometimento da aprendizagem em crianças com dislexia relaciona-se principalmente a alterações de linguagem decorrentes de déficits no processamento da informação fonológica, acarretando atraso na aquisição e desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita. Assim, a criança com dislexia encontrará dificuldade, principalmente na escola, onde permanece boa parte de seu tempo.
As principais características observadas nestas crianças são: dificuldades na velocidade de nomeação de material verbal e memória fonológica de trabalho; dificuldades em provas de consciência fonológica (rima, segmentação e transposição fonêmicas); nível de leitura abaixo do esperado para idade e nível de escolaridade; escrita com trocas fonológicas e ortográficas; bom desempenho em raciocínio aritmético; nível intelectual na média ou acima da média; déficits neuropsicológicos em funções perceptuais, memória, atenção sustentada visual e funções executivas.
O Prefon traz estratégias de linguagem nas quais a criança com dislexia tem maior dificuldade como, por exemplo, a rima. Por ser o computador um atrativo motivador, foi feita uma parceria com alunos de mestrado do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp para o desenvolvimento dos paradigmas das atividades por meio de jogos para manter a atenção e o desempenho da criança.
Participaram deste estudo 62 crianças, divididas em três grupos. O primeiro, com 17 crianças com dislexia, foi submetido ao programa de remediação. O segundo grupo de crianças, também com dislexia, não foi submetido ao Prefon. O terceiro, denominado de controle, foi composto por 31 crianças sem dificuldades de aprendizagem. As crianças do primeiro grupo passaram pelas etapas de pré-testagem, treino e pós-testagem. O programa de remediação foi realizado em 20 sessões.
A avaliação mostrou melhora significativa no tempo de nomeação automática rápida, em consciência fonológica, na velocidade de leitura e habilidades de escrita. Muitos pais também relataram aumento do interesse dos filhos pela leitura, que antes não existia.
“O software tem atividades que podem ser utilizadas com uso de palavras do contexto cultural da criança. Pretendo fazer outras versões do programa para professores e pedagogos”, disse Cíntia. Segundo a fonoaudióloga, há também possibilidade do programa ser disponibilizado online na internet. O foco é a inclusão digital.
Segundo o neuropsicólogo Ricardo Franco de Lima, os disléxicos apresentam também dificuldades em outras habilidades cognitivas, como a atenção e funções executivas. A atenção, segundo Ricardo, é a capacidade do indivíduo em selecionar no ambiente interno ou externo o que é mais relevante.
As funções executivas se referem a um conceito multidimensional que envolve as habilidades cognitivas de áreas frontais do cérebro, como controle inibitório, flexibilidade mental, planejamento e uso de estratégias. Elas são ativadas quando o indivíduo tem que realizar qualquer atividade com um objetivo, como por exemplo, montar um quebra-cabeça.
Lima é autor de dissertação, apresentada no ano passado, que revela que crianças com dislexia são mais propensas a ter depressão. O estudo avaliou 61 crianças com idade entre 7 e 14 anos, dividas em dois grupos: um com diagnóstico de dislexia e outro sem dificuldades de aprendizagem.

“As crianças com dislexia relataram maior frequência de sintomas depressivos que crianças sem dificuldades, como avaliação negativa do próprio desempenho, sentimentos de culpa, ideação suicida, sentimentos de preocupação, dificuldades para dormir, problemas nas interações sociais na escola e comparação de seu desempenho com o de seus pares”, disse Ricardo.

Referência, Disapre
promove forum
De 2006 a 2009, foram encaminhadas por ano 2.300 crianças com queixas de dificuldades de aprendizagem ao laboratório de Distúrbios de Aprendizagem e Transtornos da Atenção (Disapre) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. Desse total, apenas 1,7% foi diagnosticada com os quadros de dislexia do desenvolvimento ou transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
O primeiro relato de TDAH ocorreu no século XIX, descrito pelo médico inglês Still. O TDAH manifesta-se por alterações na atenção e no comportamento (hiperatividade e impulsividade) que não são explicadas por outros transtornos ou problemas psicossociais em crianças.
Segundo Sylvia Maria Ciasca, casos de dislexia e TDAH são raros e o diagnóstico não é simples. No Disapre, a criança ou adolescente passa por avaliações neuropsicológica, neurológica, psiquiátrica, psicopedagógica, fonoaudiológica e psicomotora. Além disso, são obtidas informações com a família e contato com a escola para levantar dados relevantes sobre o desenvolvimento escolar da criança. Com um diagnóstico bem feito, a equipe indica as melhores formas de intervenções terapêuticas e tratamento.
“Nós recebemos um grande número de crianças com diagnósticos falso-positivos a partir de questionários respondidos por pais e/ou professores. O diagnóstico deve ser feito por uma equipe interdisciplinar e não em 15 minutos de consulta. No caso do TDAH, somente depois de muitas avaliações é que chegamos à conclusão sobre o melhor procedimento interventivo, geralmente psicoterapêutico, medicamentoso e apoio educacional. Somente a medicação não garantirá a eficácia terapêutica”, alertou Sylvia.
No dia 12 de abril, no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, acontece o fórum “Dislexia e TDAH: Evidências científicas”. O evento será realizado pelo Disapre e conta com o apoio e participação de representantes das Associações Brasileiras de Psiquiatria, de Dislexia, de Neurologia e Psiquiatria Infantil, de Psicopedagogia, do Déficit de Atenção e Sociedades Brasileiras de Fonoaudiologia, de Pediatria, de Neuropsicologia e de Neurologia Infantil. Além disso, estarão presentes representantes de instituições e serviços públicos que mantêm atendimentos às crianças e adolescentes com dislexia e TDAH.
De acordo com Sylvia, na atualidade torna-se cada vez mais importante a discussão a respeito destes temas. O TDAH é um transtorno neuropsiquiátrico causado por uma falha de neurotransmissão em determinadas áreas cerebrais. Em 2011, mais de 1.300 trabalhos científicos foram publicados em revistas especializadas nacionais e internacionais. O TDAH é um quadro grave que evolui em 80% dos casos para a idade adulta. Porém, quando bem diagnosticado, a intervenção garante a melhora na qualidade de vida destes indivíduos.
“O diagnóstico cumpre função específica e não deve ser classificatório ou estigmatizante. Serve para direcionar qual tipo de intervenção a ser feita, evitando até outros comprometimentos que essa criança possa vir a ter e levar para a fase adulta, como a depressão”, explicou Ricardo.
O objetivo principal do Fórum será reunir especialistas de renome para buscar instrumentos mais fidedignos de diagnóstico, tratamento e intervenção, visando, principalmente, revisar a formação de profissionais que lidam com os problemas.
“TDAH e dislexia são transtornos. Há excesso de medicalização em razão de diagnósticos incorretos. No entanto, toda a moeda tem duas faces e elas precisam ser vistas. A maioria das crianças atendidas no Disapre, por exemplo, tem dificuldade escolar e isto é um problema pedagógico e não neuropsiquiátrico”, reforçou Sylvia.
.........................................................................
Publicação
Tese: “Programa de remediação fonológica, de leitura e escrita em crianças com dislexia do desenvolvimento”
Autora: Cintia Alves Salgado Azoni
Orientadora: Sylvia Maria Ciasca
Unidade: Faculdade de Ciências Médicas (FCM)
.........................................................................


copia do site: http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/abril2012/ju522_pag04.php#

abril 16, 2012

Um dos distúrbios de aprendizagem, a dislexia é específica da linguagem .


Como identificar e tratar a dislexiaUm dos distúrbios de aprendizagem, a dislexia é específica da linguagem e seu diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar
Maria Angela Nico






Adislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem. É específico da linguagem e se caracteriza pela dificuldade de decodificar palavras simples, dificuldade esta não esperada em relação à idade. Apesar de instrução convencional, adequada inteligência, oportunidade sociocultural e ausência de distúrbios cognitivos e sensoriais fundamentais, a criança falha no processo da aquisição da linguagem. A dislexia se apresenta em várias formas de linguagem, freqüentemente incluídos problemas de leitura, aquisição e capacidade de escrever e soletrar. Sabe-se que é um distúrbio genético e hereditário, mas não se sabe ao certo as causas da dislexia. Pesquisas nesse sentido estão sendo realizadas nas áreas biológicas, lingüísticas, neurológicas, auditivas e visuais.
São dezenas os sintomas que caracterizam o distúrbio. Na fase pré-escolar, sinais como pouca atenção, atraso no desenvolvimento da fala, dificuldade de aprender rimas e canções, fraco desenvolvimento da coordenação motora são alguns dos indicativos de que a criança pode ser disléxica. Na idade escolar, adicionam-se dificuldade na coordenação motora para desenhos, pintura, ginástica e dança, confusão entre esquerda e direita, desorganização (por exemplo, constantes atrasos na entrega de trabalhos escolares) e dificuldade na leitura, matemática, desenho geométrico, entre outros. Quem é disléxico, até na idade adulta sofre para soletrar palavras e tem a memória imediata prejudicada.
Para tratar a dislexia, é fundamental um diagnóstico multidiciplinar feito por uma equipe de psicólogo, fonaudiólogo, psicopedagogo e se necessário outros profissionais para se determinar – ou eliminar – fatores,
em todas as áreas que possam estar comprometendo o processo de aprendizagem. Informações como: o desenvolvimento da criança, histórico familiar, desempe-
nho escolar, métodos de ensino e repertório adquirido também são de muita importância.
A constatação de que uma criança é disléxica, principalmente no grau mais severo, provoca ansiedade tanto na família, quanto na escola e nos profissionais de reeducação, sabedores que são das limitações que existem na colaboração familiar e das difíceis adequações escolares. Em relação à criança, definir a causa de suas dificuldades provoca mais sensação de alívio do que angústia, pois, pelo menos, não ficará mais exposta ao rótulo de preguiçosa, desatenta, bagunceira, etc.
O profissional mais adequado para trabalhar com o disléxico é o fonaudiólogo, pois sua principal dificuldade é fazer a relação letra e som. Mas dependendo do grau da dislexia (leve, média ou severa) e do tipo (visual, auditiva ou mista), um psicopedagogo também poderá acompanhá-lo. Os adolescentes e adultos disléxicos normalmente têm a auto-estima muito rebaixada e necessitam de acompanhamento psicológico. O tratamento é longo, cumulativo e sistemático.
Maria Angela Nico é fonoaudióloga formada pela Universidade de São Paulo (USP), psicopedagoga clínica, coordenadora técnica e científica da Associação Brasileira de Dislexia e especialista em diagnóstico e tratamento de disléxicos



copiado do site: 
http://www.terra.com.br/istoegente/223/saude/index.htm 









abril 06, 2012

O Projeto de Lei nº 011/2012 /foi aprovadoCâmara Municipal de Santo Antonio de Posse.







PUBLICADO EM 30/03/2012 | 05h29

Posse ganha programa de apoio a alunos com dislexia

De Santo Antonio de Posse
O Projeto de Lei nº 011/2012 que autoriza o Poder Executivo a instituir o “Programa de Apoio ao Aluno Portador de Distúrbios Específicos de Aprendizagem Diagnosticados como Dislexia”, de autoria do vereador Gildo Gardinalli (PR), foi aprovado por unanimidade na 58ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Santo Antonio de Posse, transformado na Lei nº 2.659.
Projeto de autoria do vereador Gildo Gardinalli foi aprovado por unanimidade
Estima-se que, no Brasil, cerca de 15 milhões de pessoas têm algum tipo de necessidade especial. As necessidades especiais podem ser de diversos tipos: mental, auditiva, visual, físico, conduta ou deficiências múltiplas. Deste universo, acredita-se que, pelo menos, noventa por cento das crianças na educação básica sofram com algum tipo de dificuldade de aprendizagem relacionada à linguagem: dislexia, disgrafia e disortografia. Entre elas, a dislexia é a de maior incidência e merece toda atenção por parte dos gestores de política educacional.
A dislexia é a incapacidade parcial de a criança ler compreendendo o que se lê, apesar da inteligência normal, audição ou visão normais e de serem oriundas de lares adequados, isto é, que não passem privação de ordem doméstica ou cultural. Encontramos disléxicos em famílias ricas e pobres.
O vereador Gildo Gardinali esclarece: “Eu elaborei este projeto porque algumas pessoas me procuraram, falando a respeito do problema da dislexia, comecei a estudar a dislexia, e diante do fato desse distúrbio neurológico ser confundido com vários outros e que às vezes é tratado de forma inadequada, muitas vezes até com tratamentos com medicamentos neurológicos. Senti a necessidade de elaborar este projeto para que seja realmente feito um diagnóstico certeiro e a criança seja encaminhada para um tratamento ou atendimento correto. A partir do momento que se descobre que a criança tem dislexia, o tratamento se torna mais fácil, mais acessível, sem drogas, com tratamento psicopedagógico, facilitando assim a vida da criança e seu aprendizado. A dislexia é muito confundida, aqui no Brasil, com outros distúrbios, e muitas vezes as crianças são tratadas incorretamente”.
Como é o caso de Gustavo, filho da possense Jocimara Lolli, que reside em Hortolândia. “Eu sempre achei que meu filho tinha um pouco de dificuldade no aprendizado, percebi que ele era diferente, foi mais lento para falar e também para andar. Assim que começou a ser alfabetizado, com 7 anos, a professora percebeu que ele tinha dificuldade em acompanhar as outras crianças, ele ficava nervoso porque não conseguia aprender. A professora insistiu muito comigo que devíamos investigar se ele realmente tinha algum problema ou era só preguiça mesmo. Eu o levei a um neurologista e o médico diagnosticou a dislexia. A partir daí foi desenvolvido um novo trabalho com ele na escola, com acompanhamento diferenciado, com jogos estimulantes. E ele vai ter que ter sempre um acompanhamento diferenciado, mas vai poder se desenvolver como qualquer outra criança”, nos conta Jocimara.
Uma criança com dislexia não é portadora de deficiência nem mental, física, auditiva, visual ou múltipla. O disléxico não é uma criança de alto risco. Uma criança não é disléxica porque teve seu desenvolvimento comprometido em decorrência de fatores como gestação inadequada ou alimentação imprópria. Ser disléxico é condição humana. O disléxico pode, sim, ser um portador de alta habilidade. Daí, em geral, os disléxicos serem talentosos na arte, música, teatro, deportes, mecânica, vendas, comércio, desenho, construção e engenharia. Não se descarta ainda que venha a ser um superdotado, com uma capacidade intelectual singular, criativo, produtivo e líder. O disléxico pode, também, ser um portador de conduta típica, com síndrome e quadro de ordem psicológica, neurológica e lingüística, de modo que sua síndrome compromete a aprendizagem eficaz e eficiente de leitura e escrita, mas não chega a comprometer seus ideais, ideias, talentos e sonhos. Por isso, diagnosticar, avaliar e tratar a dislexia, conhecer seu tipo, sua natureza, é um dever do Estado e da Sociedade e um direito de todas as famílias com crianças disléxicas em idade escolar.
O “Programa de Apoio ao Aluno Portador de Distúrbios Específicos de Aprendizagem Diagnosticados como Dislexia” terá como objetivo diagnosticar, acompanhar e orientar os estudantes que sejam portadores do distúrbio e seus familiares, instituindo estratégias diferenciadas que os professores deverão adotar, voltadas especificamente aos estudantes disléxicos, cabendo às Secretarias Municipais de Saúde, de Educação e Diretoria de Promoção Social a formulação de diretrizes para viabilizar sua plena execução, criando equipes multidisciplinares com profissionais necessários à perfeita execução do trabalho de diagnóstico, acompanhamento e orientação dos alunos e seus familiares, além da capacitação permanente dos educadores; sejam da rede pública municipal ou instituições particulares de ensino, para que tenham condições de identificar os sinais da dislexia nos alunos e prestar auxílio em seu tratamento.
“Este projeto de lei vem de encontro com o problema enfrentado por muitas famílias e professores que poderá ser resolvido se houver empenho por parte dos profissionais da educação, da saúde e da promoção social para que haja trabalho em conjunto no enfrentamento desse problema”, finaliza o vereador Gildo.

copiado do site: http://portal.oregional.net/?p=19701

Então, como diagnosticar a dislexia?

Diagnóstico

Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes que seja feito um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, mas não confirmam a dislexia. Os mesmos sintomas podem indicar outras síndromes neurológicas ou comportamentais.
Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve-se procurar ajuda especializada.
Uma equipe multidisciplinar formada por: Psicóloga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clínica deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista, Otorrinolaringologista e outros, conforme o caso.A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de AVALIAÇÃO DIFERENCIAL MULTIDISCIPLINAR.

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

COMO É A VIDA DE UMA PESSOA COM DIS...

PORQUÊ, SOMOS DIS !!!

Saiba , que entendo muito bem , quando vc fala (mal sabem eles o que tenho de fazer para chegar ate onde cheguei.... ´´e horrivel para mim. Agora vou ter que enfrentar um exame da ordem. Nao sei se mostro que sou dislexica ou nao para fazer a prova. Tenho que decidir, gostaria que vcs me orientasse o que devo fazer) vou te dar varias razões, para você não esconder que é dislexica, e outras tantas mais para você se cuidar e se respeitar em quanto há tempo. Seja quem você realmente é !!! Não seja preconceituosa com você mesma , como eu fui, por pura falta de conhecimento , coisa que você já tem.
e o mais importante ...tem a conciência dos seus direitos como cidadã. O meu conselho é: exerçar seus direitos e cumpra seus deveres, como ser pensante e atuante na nossa sociedade.

como vc sabe , também sou dislexica, mas só tive conciência do que estava acontecendo comigo, depois que ...já tinha meu emocional todo comprometido.
E mesmo assim , tive que passsar por mentirosa, pois já havia passado em um concurso publico, atuava como professora alfabetizadora e estava fazendo uma graduação em pedagogia. E te digo ...só eu e deus, sabia o que eu escondia !!!
Vivi toda minha vida com medo, e com vergunha , quando alguèm percebia meus erros ortograficos ,minha total incapacidade de escrever ao mesmo tempo que outra pessoa falava, não consiguia anotar as informações.
Com tudo isto, fui desfaçando para conseguir viver neste mundo letrado!!!
Até que minha mente e meu corpo , não suportou o estress!!! E tudo ficou encontrolavel, entrei em um processo de depressão, ansiedade e hiperatividade , altissimo.
Foi quando , fui em busca de ajuda medica. Sem saber o que eu escondia...os profissionais de saúde, se desdobraram em busca de explicações para o meu estado de saúde. Cada um chegou a um diagnostico conclusivo.
O psiquiatra, depressão e asiedade, que deveria ser trabalhada com terapia e medicação. A psicologa, hiperatividade causada por meu comportamento obcessivo de perfeição, e fata de confiança, deveria tentar me concentrar melhor no presente. O reumatologista, para ele eu estava com fibromialgia e outras coisas, causadas pelo estress, elevado, seria necessario procurar auternativas de relaxamento, e medicação. Fiz , hidroterapia, acupuntura, rpg , caminhada, cessão de relaxamento mental, com os psicologos, participei de programas para levantar minha auto-estima. Mais nada adiantava...tive outros sintomas, como gagueira, que foi trabalhado com a fonaldiologa. Labirintite, refluxo, que foram tratados por medicos da aréa, especialistas.
Depois tive problemas na visão, ai foi que tudo se entrelaçou, o oftalmologista , pedio um exame para descartar , adivinha o que?
Esclerose multipla....ai na resomância deu possitivo!!! E tudo levava a crer, neste diagnostico, quando se juntava tudo o que estava acontecendo com o meu corpo!!!
Pensa que acabou por ai!!?? Não! Tudo só estava recomeçando...
Mas paralelo a tudo isto, que vinha se passando, eu não parei de estudar, herá ponto de hora!!Para mim!! Fiquei de licença do trabalho , para tratamento, e ainda tive que enfrentar a doença da minha mãe que estava com o diagnostico de câncer. E meus filhos confusos e em plena adolecência. Eu estava completamente perdida!!!! Sem estrutura emocional, e sem controle cognitivo, esquecia as coisas , chorava muito,comecei a escrever e ler com muito mais dificuldades , já estava saindo da realidade, que me parecia um pesadelo!!
Mas, como uma boa dislexica, até então sem saber, não deixei de lutar contra o mundo. E quando estava fazendo minhas pesquisas para o trabalho do tcc, para conclusão do curso de graduação em pedagogia, sobre o tema que mais mim encomodava, os erros ortograficos em sala de aula e a visão do professor, quanto os problemas de aprendizagem. Por acaso, entrei no site da associação brasileira de dislexia, e quando estava lendo um depoimento de um dislexico adulto!!! O chão se abriu e o céu também...e as coisas foram tendo sentido, minha vida tava fazendo sentido. Eu estava diante , de uma explicação para a minha total "burrice"!!! Diante dos meus maiores medos, das minhas grandes vergunhas, das minhas piores dificuldades, e de tudo o que eu fazia questão de esconder, que erá a minha incompetência, diante do desafio de ler e escrever!!!
Mas o que eu julgava ter diante de me, toda solução para explicar todos as minhas angustias, sem fundamento , porquê , agora haveria uma razão. Senti meu esprírito leve, despreoculpado, pensei, agora não vou mais ter que mentir , tenho que revelar o meu maior segredo, e só atravez desta revelação serei liberta do medo, da vergunha, desta vida prisioneira da culpa de ser o que eu herá!!!
Bem , caros colegas, as coisas não foram, e não são tão faceis deste jeito que pensei...todos os profissionais de saúde que estavam , cuidando do meu equilibrio, duvidaram da minha verdade. Passaram a olhar , para me, como se eu estevesse, louca...e se perguntavam!!???
E questionavam, como eu tinha dislexia e tinha chegado onde cheguei sem ajuda!!??? Como eu saberia ler e escrever !!??? Porquê, e como poderia ter escondido isto!!!?? Bem , as respostas para estas perguntas, só eu e deus sabe o que tive que fazer,e tive que reunir forças,buscar conhecimento para meus argumentos e levanta uma quantia em dinheiro, para ir até são paulo, o unico lugar , onde teria profissionais seguramente competêntes para fazer o diagnostico, porquê todos os outros se mostravam completamente impossibilitados para assinar um laudo fechado de um diagnostico sobre dislexia.
E neste exato momento , luto contra todos os mesmos, sentimentos e há todos os mesmos pré-conceitos. E tenho que usar os mesmos meios para continuar sobrevivendo. Mas com uma diferênça fundamental,hoje já não tenho tanta vergonha de escrever errado, entendi que isto não mim tira o direito de ser respeitada e que sou competente e capaz .
Imagina ser ...professora alfabetizadora, pedagoga e atualmente estou fazendo pós- de psicopedagogia. Se tenho dificuldades...claro!! Se vejo discriminação nos olhos de muitos ...simmm!!! Fui aposentada pelo governo do distrito federal, por razões óbvias, que já não tenho forças para questionar.

Mas o que mais importa é que dessidi ir á luta, por mim e por nós!!

Quero que todo disléxico assuma sua condição, não somos doentes para procurar há cura...devemos ir a procura do entendimento do nosso ser pensante e atuante , diante desta sociedade letrada e preconceituosa.

Abjncrção!
Elizabete aguiar.
Perfil profissional:
Profª Elizabete M. Rodrigues R. da R. Aguiar.
Graduada em Pedagogia – UNB.
Especialização em Psicopedagogia Reeducativas Clínica e Institucional –UniEvangelica
Especialista e Neuropedagogia e Psicanálise – FTB.
Dir. Adm. Adjunta da Associação de Psicopedagogia – ABPp- Seção BRASÍLIA.
Profª da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal – GDF.
Consultoria e Assessoria em Psicoeducação.