abril 08, 2011

DISLEXIA : Alguns aspectos práticos a serem observados no atendimento institucional




Atitudes que o professor deve ter para facilitar a aprendizagem:


Dividir a aula em espaços de exposição, seguido de uma “discussão” e síntese ou jogo pedagógico.

Dar “dicas” e orientar o aluno como organizar-se e realizar as atividades na carteira.

Valorizar os acertos.

Estar atento na hora da execução de uma tarefa que seja realizada por escrito, pois, seu ritmo pode ser mais lento, por apresentar dificuldade quanto à orientação e mapeamento espacial, entre outras razões.

Observar como ele faz as anotações da lousa e auxiliá-lo a se organizar.

Desenvolver hábitos que estimulem o aluno a fazer uso consciente de uma agenda, para recados e lembretes.

Na hora de dar uma explicação usar uma linguagem direta, clara e objetiva e verificar se ele entendeu.

Permitir nas séries iniciais o uso de tabuadas, material dourado, ábaco, e para alunos que estão em séries mais avançadas, o uso de fórmulas, calculadora, gravador e outros recursos, sempre que necessário.

observados na avaliação:

• Avaliar continuamente (maior número de avaliações e menor número de conteúdo);

• Personalizar a avaliação sempre que possível. Desenhos, figuras, esquemas, gráficos e fluxogramas, ilustram, evocam lembranças, ou substituem muitas palavras e levam aos mesmos objetivos;

• Quando a avaliação for idêntica a dos colegas, leia você mesmo (a), os enunciados em voz alta, certificando-se de que ele compreendeu as questões;

• Durante a avaliação preste a assistência necessária, dê a ele chance de explicar oralmente o que não ficou claro por escrito e respeite o seu ritmo.

Não registre a nota sem antes:

• Retomar a prova com ele e verificar, oralmente, o que ele quis dizer com o que escreveu;

• Pesquisar sobre a natureza do(s) erro(s) cometido(s);

• Dê ao aluno a opção de fazer prova oral ou atividade que utilize diferentes expressões e linguagens.



Orientação para sala de aula

Os disléxicos possuem características próprias e individuais assim como todos nós, ou seja, não existe uma “fórmula” igual para todos que os ajude na aprendizagem em sala de aula.

O mais importante é que as pessoas que lidam com eles possuam muita sensibilidade para perceber e sentir por qual caminho este aluno consegue aprender melhor. Algumas “dicas” são válidas, mas isso não quer dizer que todos se dêem bem com elas.

Por exemplo:

• colocá-los sentados perto da professora e da lousa;

• acompanhar suas anotações ou pedir para que um colega o ajude a anotar datas de entrega de trabalhos, etc.;

• oferecer lápis de cores diferentes para escrever ou copiar da lousa como estímulo à escrita (escrever uma linha de cada cor, ou uma palavra de cada cor);

• valorizar muito o lado sensível que eles possuem, normalmente ligado aos animais, à natureza, ao ser humano ou trabalhos manuais como dobraduras;

• este lado sensível pode ser estimulado através do(da) professor(a) e dos próprios alunos, pedindo para que o disléxico apresente para a classe o que sabe sobre o assunto (com o objetivo de levantar sua auto – estima);

• oferecer-lhe uma régua para acompanhar a leitura; respeitar o seu ritmo e oferer tempo extra para que termine as atividades ou fazer um pequeno resumo da matéria e/ou dos exercícios, o disléxico não precisa ter todos os exercícios, priorize os mais importantes;

• oferecer-lhe apoio e compreensão nos momentos difíceis, com o cuidado de não fazer com que ele se torne vítima de uma situação e passe a se aproveitar dela, por exemplo: ele resolve não fazer mais nada só porque é disléxico, mostrar que ele é muito inteligente e pode fazer muita coisa!


Como interagir com o aluno disléxico:

Dividir a aula em espaços de exposição, seguido de uma “discussão” e síntese ou jogo pedagógico;

Dar “dicas” e orientar o aluno como organizar-se e realizar as atividade na carteira;

Elaborar enunciados curtos com linguagem objetiva para ajudá-lo a decodificar o texto;

Se necessário subdivida o texto em partes, assim como as questões;

Valorizar os acertos;

Estar atento na hora da execução de uma tarefa que seja realizada por escrito, pois, seu ritmo pode ser mais lento, por apresentar dificuldade quanto a orientação e mapeamento espacial, entre outras razões;

Observar como ele faz as anotações da lousa e auxiliá-lo a se organizar;

Desenvolver hábitos que estimulem o aluno a fazer uso consciente de uma agenda, para recados e lembretes;

Na hora de dar uma explicação usar uma linguagem direta, clara e objetiva e verificar se ele entendeu;

Permitir nas séries iniciais o uso de tabuadas, material dourado, ábaco, e para alunos que estão em séries mais avançadas, o uso de fórmulas, calculadora, gravador e outros recursos, sempre que necessário;
É equivocado insistir em exercícios de “fixação“: repetitivos e numerosos, isto não diminui sua dificuldade.




Parecer CNE/CEB nº 17/2001

Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001

“O quadro das dificuldades de aprendizagem absorve uma diversidade de necessidades educacionais, destacadamente aquelas associadas a: dificuldades específicas de aprendizagem como a dislexia e disfunções correlatas; problemas de atenção, perceptivos, emocionais, de memória, cognitivos, psicolingüísticos, psicomotores, motores, de comportamento; e ainda há fatores ecológicos e socio-econômicos, como as privações de caráter sociocultural e nutricional.”

Lei nº 10.172 de 9 de janeiro de 2001 - Plano Nacional de Educação

Capítulo 8 - Da Educação Especial

8.2 - Diretrizes

A educação especial se destina a pessoas com necessidades especiais no campo da aprendizagem, originadas quer de deficiência física, sensorial, mental ou múltipla, quer de características como de altas habilidades, superdotação ou talentos.

(...) A integração dessas pessoas no sistema de ensino regular é uma diretriz constitucional (art. 208, III), fazendo parte da política governamental há pelo menos uma década. Mas, apesar desse relativamente longo período, tal diretriz ainda não produziu a mudança necessária na realidade escolar, de sorte que todas as crianças, jovens e adultos com necessidades especiais sejam atendidos em escolas regulares, sempre que for recomendado pela avaliação de suas condições pessoais. Uma política explícita e vigorosa de acesso à educação, de responsabilidade da União, dos Estados e Distrito Federal e dos Municípios, é uma condição para que às pessoas especiais sejam assegurados seus direitos à educação.

Tal política abrange: o âmbito social, do reconhecimento das crianças, jovens e adultos especiais como cidadãos e de seu direito de estarem integrados na sociedade o mais plenamente possível; e o âmbito educacional, tanto nos aspectos administrativos (adequação do espaço escolar, de seus equipamentos e materiais pedagógicos), quanto na qualificação dos professores e demais profissionais envolvidos.

O ambiente escolar como um todo deve ser sensibilizado para uma perfeita integração. Propõe-se uma escola integradora, inclusiva, aberta à diversidade dos alunos, no que a participação da comunidade é fator essencial. Quanto às escolas especiais, a política de inclusão as reorienta para prestarem apoio aos programas de integração.

(...) Requer-se um esforço determinado das autoridades educacionais para valorizar a permanência dos alunos nas classes regulares, eliminando a nociva prática de encaminhamento para classes especiais daqueles que apresentam dificuldades comuns de aprendizagem, problemas de dispersão de atenção ou de disciplina. A esses deve ser dado maior apoio pedagógico nas suas próprias classes, e não separá-los como se precisassem de atendimento especial.



(extraídas do Ofício nº 525 / MEC / SEESP / GAB - Brasília, 18 de agosto de 2003)

“De acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, a ação da Educação Especial tem como abrangência não apenas as dificuldades de aprendizagem relacionadas a condições , disfunções limitações e deficiências, mas também aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica, considerando que, por dificuldades cognitivas, psicomotoras e de comportamento, alunos são freqüentemente negligenciados ou mesmo excluídos de apoios escolares.

O quadro das dificuldades se aprendizagem “absorve uma diversidade de necessidades educacionais, destacadamente aquelas associadas a: dificuldades específicas de aprendizagem, como a dislexia e disfunções correlatas, problemas de atenção, perceptivos, emocionas...”

Podemos destacar ainda em relação às Diretrizes Nacionais da Educação Especial na Educação Básica em que diz: no art. 8º: as escolas regulares devem prever e prover na organização de suas classes comuns, serviços de apoio pedagógico especializado em sala de recursos para atender às necessidades educacionais especiais dos alunos, utilizando procedimentos, equipamentos e materiais específicos.


Além disso, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/96) no seu art.59, inciso I, enfatiza que: “os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades.”


Em se tratando de alunos disléxicos, a escola em sua proposta pedagógica, deve prever avaliação individualizada de mecanismos diferenciados que facilitem esse processo, assim como permitir que o professor trabalhe com o aluno de forma diferenciada, observando suas necessidades e identificando adaptações que favoreçam o seu aprendizado.”



DISLEXIA ESTÁ NA CLASSIFICAÇÃO MEDICA , COMO "TRANSTORNO ESPECIFICO DE APRENDIZAGEM ESCOLAR / LEITURA E ESCRITA.

CID-10
Classificação Internacional de Doenças

F81 Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares

Transtornos nos quais as modalidades habituais de aprendizado estão alteradas desde as primeiras etapas do desenvolvimento.

O comprometimento não é somente a conseqüência da falta de oportunidade de aprendizagem ou de um retardo mental, e ele não é devido a um traumatismo ou doença cerebrais.

F81.0 Transtorno específico de leitura

A característica essencial é um comprometimento específico e significativo dodesenvolvimento das habilidades da leitura, não atribuível exclusivamente à idade mental, a transtornos de acuidade visual ou escolarização inadequada.

A capacidade de compreensão da leitura, o reconhecimento das palavras, a leitura oral, e o desempenho de tarefas que necessitam da leitura podem estar todas comprometidas.

O transtorno específico da leitura se acompanha freqüentemente de dificuldades de soletração, persistindo comumente na adolescência, mesmo quando a criança haja feito alguns progressos na leitura.
As crianças que apresentam um transtorno específico da leitura temfreqüentemente antecedentes de transtornos da fala ou de linguagem.
O transtorno se acompanha comumente de transtorno emocional e de transtorno do comportamento durante a escolarização.
1.Dislexia de desenvolvimento
2.Leitura especular
3.Retardo específico da leitura

Exclui:
alexia SOE (R48.0)
dificuldades de leitura secundárias a transtornos emocionais (F93.-)
dislexia SOE (R48.0)

DSM-IV

Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Norte-Americana de Psiquiatria, IV



Dislexia

Dislexia é um distúrbio específico da linguagem caracterizado pela dificuldade em decodificar (compreender) palavras. Segundo a definição elaborada pela Associação Brasileira de Dislexia, trata-se de ...

Transtorno da Leitura - 315.0

315.0 Transtorno da Leitura Características Diagnósticas Acaracterística essencial do Transtorno da Leitura consiste em umrendimento da leitura (isto é, correção, velocidade ou compreensão da ...

Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares - F81

F81 Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolaresTranstornos nos quais as modalidades habituais de aprendizado estão alteradas desde as primeiras etapas do desenvolvimento...

2 comentários:

Anônimo disse...

Meu filho têm 11 anos esta no 4° ano do encino fundamental porem não sabe ler, mesmo com auxcilio de explicadora ele não desenvolve a leitura, chega até ler lentamente comigo mais fica totalmente bloqueado com outras pessoas. Ele têm uma letra linda porem recusa ajuda e se acha burro perante ao demais , já expliquei a ele o quanto ele é inteligente pois têm bom desempenho em jogos, é bem articulado mais quanto a escola tenho sérios problemas . Gostaria de ajuda em determinadas horas me sinto incapaz para ajuda-lo tenho outros dois filhos que mais velhos bom aproveitamento escolar e não quero que meu filho se sinta excluido ele repetiu ano passado e acredito que sem a ajuda correta ele não conseguirá este ano novamente por favor me ajude a ajuda-lo pois ele não ira querer estudar ano que vem com crianças menores que ele pois ele é extremamente vaidoso. Meu e-mail é marciacph2@hotmail.com desde já obrigado.

DIS.LEXICOS@IBA_SEUS_DIREITOS disse...

SEJA BEM VINDA(O) CAROS AMIGOS(AS),
ESTAMOS RESPONDENDO ALGUMAS DUVIDAS DOS NOSSOS LEITORES, TEMOS OUTROS CANAIS DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO, NOSSO TRABALHO É DE ORIENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO PRA ESCLARECIMENTOS SOBRE TUDO QUE SE POSSA RELACIONAR SOBRE DISLEXIA/e ou PROCESSOS ALTERADOS DE APRENDIZAGEM E ENSINAGEM.Somente um diagnóstico multidisciplinar pode identificar com precisão o que está ocorrendo,este trabalho deverá ser realizado por equipe de profissionais especializados (psicopedagogos, pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos) com experiência em distúrbios de aprendizagem e ênfase em Dislexia. Através de uma minuciosa investigação, essa equipe vai ainda verificar necessidade do parecer de profissionais, como neurologista, oftalmologista e outros, conforme o caso. É o que chamamos de AVALIAÇÃO MULTIDISCIPLINAR e de EXCLUSÃO, outros fatores deverão ser descartados, como déficit intelectual, disfunções ou deficiências auditivas e visuais, lesões cerebrais (congênitas e adquiridas), desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso deste aprendente. A avaliação é fundamental para entender o que está acontecendo com o indivíduo que apresenta sintomas de distúrbio de aprendizagem, já que outros fatores também podem causar os mesmos sintomas da dislexia exemplo ; distúrbios psicológicos, neurológicos, oftalmológicos, etc. PARA MAIORES ESCLARECIMENTOS ESCREVA PARA NOSSO E-MAIL/MSN:dis.lexic@hotmail.com.

Então, como diagnosticar a dislexia?

Diagnóstico

Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes que seja feito um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, mas não confirmam a dislexia. Os mesmos sintomas podem indicar outras síndromes neurológicas ou comportamentais.
Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve-se procurar ajuda especializada.
Uma equipe multidisciplinar formada por: Psicóloga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clínica deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista, Otorrinolaringologista e outros, conforme o caso.A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de AVALIAÇÃO DIFERENCIAL MULTIDISCIPLINAR.

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

COMO É A VIDA DE UMA PESSOA COM DIS...

PORQUÊ, SOMOS DIS !!!

Saiba , que entendo muito bem , quando vc fala (mal sabem eles o que tenho de fazer para chegar ate onde cheguei.... ´´e horrivel para mim. Agora vou ter que enfrentar um exame da ordem. Nao sei se mostro que sou dislexica ou nao para fazer a prova. Tenho que decidir, gostaria que vcs me orientasse o que devo fazer) vou te dar varias razões, para você não esconder que é dislexica, e outras tantas mais para você se cuidar e se respeitar em quanto há tempo. Seja quem você realmente é !!! Não seja preconceituosa com você mesma , como eu fui, por pura falta de conhecimento , coisa que você já tem.
e o mais importante ...tem a conciência dos seus direitos como cidadã. O meu conselho é: exerçar seus direitos e cumpra seus deveres, como ser pensante e atuante na nossa sociedade.

como vc sabe , também sou dislexica, mas só tive conciência do que estava acontecendo comigo, depois que ...já tinha meu emocional todo comprometido.
E mesmo assim , tive que passsar por mentirosa, pois já havia passado em um concurso publico, atuava como professora alfabetizadora e estava fazendo uma graduação em pedagogia. E te digo ...só eu e deus, sabia o que eu escondia !!!
Vivi toda minha vida com medo, e com vergunha , quando alguèm percebia meus erros ortograficos ,minha total incapacidade de escrever ao mesmo tempo que outra pessoa falava, não consiguia anotar as informações.
Com tudo isto, fui desfaçando para conseguir viver neste mundo letrado!!!
Até que minha mente e meu corpo , não suportou o estress!!! E tudo ficou encontrolavel, entrei em um processo de depressão, ansiedade e hiperatividade , altissimo.
Foi quando , fui em busca de ajuda medica. Sem saber o que eu escondia...os profissionais de saúde, se desdobraram em busca de explicações para o meu estado de saúde. Cada um chegou a um diagnostico conclusivo.
O psiquiatra, depressão e asiedade, que deveria ser trabalhada com terapia e medicação. A psicologa, hiperatividade causada por meu comportamento obcessivo de perfeição, e fata de confiança, deveria tentar me concentrar melhor no presente. O reumatologista, para ele eu estava com fibromialgia e outras coisas, causadas pelo estress, elevado, seria necessario procurar auternativas de relaxamento, e medicação. Fiz , hidroterapia, acupuntura, rpg , caminhada, cessão de relaxamento mental, com os psicologos, participei de programas para levantar minha auto-estima. Mais nada adiantava...tive outros sintomas, como gagueira, que foi trabalhado com a fonaldiologa. Labirintite, refluxo, que foram tratados por medicos da aréa, especialistas.
Depois tive problemas na visão, ai foi que tudo se entrelaçou, o oftalmologista , pedio um exame para descartar , adivinha o que?
Esclerose multipla....ai na resomância deu possitivo!!! E tudo levava a crer, neste diagnostico, quando se juntava tudo o que estava acontecendo com o meu corpo!!!
Pensa que acabou por ai!!?? Não! Tudo só estava recomeçando...
Mas paralelo a tudo isto, que vinha se passando, eu não parei de estudar, herá ponto de hora!!Para mim!! Fiquei de licença do trabalho , para tratamento, e ainda tive que enfrentar a doença da minha mãe que estava com o diagnostico de câncer. E meus filhos confusos e em plena adolecência. Eu estava completamente perdida!!!! Sem estrutura emocional, e sem controle cognitivo, esquecia as coisas , chorava muito,comecei a escrever e ler com muito mais dificuldades , já estava saindo da realidade, que me parecia um pesadelo!!
Mas, como uma boa dislexica, até então sem saber, não deixei de lutar contra o mundo. E quando estava fazendo minhas pesquisas para o trabalho do tcc, para conclusão do curso de graduação em pedagogia, sobre o tema que mais mim encomodava, os erros ortograficos em sala de aula e a visão do professor, quanto os problemas de aprendizagem. Por acaso, entrei no site da associação brasileira de dislexia, e quando estava lendo um depoimento de um dislexico adulto!!! O chão se abriu e o céu também...e as coisas foram tendo sentido, minha vida tava fazendo sentido. Eu estava diante , de uma explicação para a minha total "burrice"!!! Diante dos meus maiores medos, das minhas grandes vergunhas, das minhas piores dificuldades, e de tudo o que eu fazia questão de esconder, que erá a minha incompetência, diante do desafio de ler e escrever!!!
Mas o que eu julgava ter diante de me, toda solução para explicar todos as minhas angustias, sem fundamento , porquê , agora haveria uma razão. Senti meu esprírito leve, despreoculpado, pensei, agora não vou mais ter que mentir , tenho que revelar o meu maior segredo, e só atravez desta revelação serei liberta do medo, da vergunha, desta vida prisioneira da culpa de ser o que eu herá!!!
Bem , caros colegas, as coisas não foram, e não são tão faceis deste jeito que pensei...todos os profissionais de saúde que estavam , cuidando do meu equilibrio, duvidaram da minha verdade. Passaram a olhar , para me, como se eu estevesse, louca...e se perguntavam!!???
E questionavam, como eu tinha dislexia e tinha chegado onde cheguei sem ajuda!!??? Como eu saberia ler e escrever !!??? Porquê, e como poderia ter escondido isto!!!?? Bem , as respostas para estas perguntas, só eu e deus sabe o que tive que fazer,e tive que reunir forças,buscar conhecimento para meus argumentos e levanta uma quantia em dinheiro, para ir até são paulo, o unico lugar , onde teria profissionais seguramente competêntes para fazer o diagnostico, porquê todos os outros se mostravam completamente impossibilitados para assinar um laudo fechado de um diagnostico sobre dislexia.
E neste exato momento , luto contra todos os mesmos, sentimentos e há todos os mesmos pré-conceitos. E tenho que usar os mesmos meios para continuar sobrevivendo. Mas com uma diferênça fundamental,hoje já não tenho tanta vergonha de escrever errado, entendi que isto não mim tira o direito de ser respeitada e que sou competente e capaz .
Imagina ser ...professora alfabetizadora, pedagoga e atualmente estou fazendo pós- de psicopedagogia. Se tenho dificuldades...claro!! Se vejo discriminação nos olhos de muitos ...simmm!!! Fui aposentada pelo governo do distrito federal, por razões óbvias, que já não tenho forças para questionar.

Mas o que mais importa é que dessidi ir á luta, por mim e por nós!!

Quero que todo disléxico assuma sua condição, não somos doentes para procurar há cura...devemos ir a procura do entendimento do nosso ser pensante e atuante , diante desta sociedade letrada e preconceituosa.

Abjncrção!
Elizabete aguiar.
Perfil profissional:
Profª Elizabete M. Rodrigues R. da R. Aguiar.
Graduada em Pedagogia – UNB.
Especialização em Psicopedagogia Reeducativas Clínica e Institucional –UniEvangelica
Especialista e Neuropedagogia e Psicanálise – FTB.
Dir. Adm. Adjunta da Associação de Psicopedagogia – ABPp- Seção BRASÍLIA.
Profª da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal – GDF.
Consultoria e Assessoria em Psicoeducação.