outubro 03, 2009

Notícias da ABD


Notícias da ABD


"No dia 21 de setembro de 2009 foi realizado na Câmara Municipal de São Paulo o Seminário 'Dislexia Subsídios para políticas publicas'. A ABD foi convidada a participar na organização do evento em março de 2009 porém, declinou o convite no mês de junho. As cartas encaminhadas aos organizadores, estão a disposição logo abaixo nesta página, assim como as listas de instituições nacionais e internacionais apoiadores da dislexia"



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São Paulo, 22 de junho de 2009



À Câmara Municipal dos Vereadores de São Paulo



Prezados Senhores Vereadores Juscelino Gadelha e Eliseu Gabriel



A Associação Brasileira de Dislexia - ABD sente-se muito honrada ao ser convidada a participar do I Seminário Internacional de Dislexia programado para o dia 21 de setembro de 2009 na Câmara Municipal dos Vereadores de São Paulo.



Foi muito gratificante para a ABD receber esse convite no ano que completa o jubileu de prata de atividades voltadas ao diagnóstico da dislexia, orientação ao paciente disléxico e promoção de cursos de capacitação profissional para atender os portadores de dislexia. Mas ao serem examinados os detalhes do Seminário, notamos que o tema principal da discussão será sobre a existência da dislexia, o que nos pareceu estranho. A dislexia é citada na Classificação Internacional de Doenças (CID 10) sob o número F.81.0, bem como no DSM IV (editado pela Academia Americana de Psiquiatria) sob o número 315.00.



Após 25 anos de atuação profissional para o diagnóstico, orientação, divulgação e pesquisa na área da dislexia, embasada em dados nacionais e internacionais não nos parece pertinente esse tipo de discussão. A dislexia, como diagnóstico médico, já ultrapassou um século de existência e para constar na classificação do CID 10 e do DSM IV necessitou de um trabalho exaustivo da comunidade científica mundial para atingir esse status. Portanto uma contestação a esse diagnóstico não nos parece ser da alçada de um Seminário tal qual está sendo organizado, mas sim de âmbito internacional envolvendo todas as entidades dedicadas aos estudos e pesquisas sobre o tema. Destarte, a ABD agradece o honroso convite, mas abdicará da participação, pois extrapola à sua competência alterar as diretrizes vigentes a respeito da dislexia.



Sem mais para o momento



Atenciosamente,



Associação Brasileira de Dislexia - ABD





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São Paulo, 15 de setembro de 2009







“DISLEXIA, SUBSÍDIOS PARA POLÍTICAS PÚBLICAS”



Tendo a Associação Brasileira de Dislexia sido convidada a participar do Seminário “DISLEXIA, SUBSÍDIOS PARA POLÍTICAS PÚBLICAS”, que se realizará na Câmara Municipal de São Paulo, no dia 21 de setembro de 2009 , e declinado do convite através de carta dirigida diretamente, sente-se no dever de prestar os seguintes esclarecimentos complementares:



Segundo divulgado, são os seguintes os temas a serem discutidos no referido Evento:



I - O enfrentamento de dificuldades ou distúrbios de leitura e escrita no Município de São Paulo;



II - Dislexia existe? – Questionamentos a partir de estudos científicos;



III - Medicalização e escolarização: por que as crianças não aprendem a ler e escrever?



IV - O que pensam as entidades da Psicologia sobre o tema: Conselho Regional e Sindicato.



Exceção feita ao primeiro dos temas acima, “O enfrentamento de dificuldades ou distúrbios de leitura e escrita no Município de São Paulo”, os demais itens propostos não guardam nenhuma espécie de relação com o título específico do Seminário em apreço, não mantendo com ele qualquer nexo de caráter científico, técnico ou profissional e, portanto, fugindo completamente da sua compreensão.



Senão, veja-se:



No que concerne ao item II, fica claro que se pretende colocar em discussão a existência da dislexia, o que não tem sentido, principalmente em se considerando que a comunidade de saúde reconhece a sua existência , tanto que a incluiu na Classificação Internacional de Doenças (CID 10), sob o número F.81.0, classificação esta criada e desenvolvida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), utilizado pelo Brasil, constando, inclusive, por outro lado, no site do Ministério da Saúde.



A dislexia também está classificada no DSM IV, abreviatura de “ Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ” , ou seja, “ Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais ” Esse Manual foi elaborado pela Associação de Psiquiatria Norte-Americana, independentemente da classificação (CID), elaborada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), observando-se que este último incorporou grande parte dos avanços apresentados no DSM IV à sua classificação (CID).



De notar-se, por derradeiro, que a dislexia já ultrapassou mais de um século de existência.



Quanto ao item III , ou seja, à pretensão de discutir-se a questão de medicalização e escolarização, esse objetivo também está longe de relacionar-se com o tema da dislexia e dos subsídios para políticas públicas a ela relacionadas. Ademais disso, é consabido pelos profissionais competentes da área, que a dislexia não é tratada com medicamento .



Item IV - “O que pensam as entidades da Psicologia sobre o tema: Conselho Regional e Sindicato” - Dos temas propostos para o Seminário em apreço, este é o mais estranhável. Além de distanciar-se do propósito do Seminário, tanto quanto os dois itens anteriores, pois, se conhece de antemão a posição que vem adotando a atual Diretoria do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo ao negar a existência da Dislexia, posicionamento esse que, diga-se, não reflete o entendimento de todos os seus associados, nem de todos os Conselhos de Psicologia.



Por essas razões fundamentais, a Associação Brasileira de Dislexia - ABD, que possui mais de 25 anos de existência, declinou do convite que a ela foi dirigido, conforme se verifica na carta anexa, coerente com os princípios que nortearam a sua criação.



Nada obstante, em persistindo o interesse dos Ilustres Parlamentares da Câmara Municipal de São Paulo de discutir subsídios para políticas públicas relacionadas com a dislexia, a ABD se sentirá honrada em participar.



Associação Brasileira de Dislexia - ABD





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Instituições Internacionais Sobre Dislexia:








• International Dyslexia Association - IDA
Guinevere Éden - Atual Presidente, Neurofisiologista, Diretora do Centro de Estudos e Aprendizagem do departamento de pediatria do Centro médico da Universidade de Georgetown - Washington



• International Dyslexia Association - IDA

Eric Tridas - Vice-presidente, Neuropediatra – Tampa - Flórida



• International Dyslexia Association - IDA

Sylvia Richardson – Diretora e Ex-presidente, Pediatra, Fonoaudióloga - Tampa - Flórida



• International Dyslexia Association - IDA

Emerson Dickman - Ex-presidente, Advogado, disléxico - New Jersey



• International Dyslexia Association - IDA

Gordon Shermann – Diretor e Ex-presidente

Diretor Executivo (PhD) da Newgrange School and Education Center – Princepton - New Jersey



• Newgrange School and Education Center

Dee Rosemberg - Diretora Educacional (MA) – Princepton - New Jersey



• International Dyslexia Association - IDA

Suzan Lowell – Presidente, Terapeuta Educacional, Global Partners – IDA

Chapel Hill – Carolina do Norte



• International Dyslexia Association - IDA

Charles Haynes – Diretor, fonoaudiólogo, Professor especialista em dislexia

MGH - Instituto profissional da saúde da escola de graduação de medicina - Boston



• MGH - Instituto profissional da saúde da escola de graduação de medicina

Pámela Hook – Fonoaudióloga, Professora especialista em dislexia – Boston



• MGH - Instituto profissional da saúde da escola de graduação de medicina

Izabel Wesley - Mestre em Educação, Supervisora clínica, especialista em dislexia do programa de graduação em desordens e Ciência da comunicação - Boston



• International Dyslexia Association - IDA

Jeff W. Gilger – Diretor, Professor Associado responsável pelo projeto de educação da neurociência e do cérebro - PURDUE University – Lafayette - Indiana



• Autor de três livros sobre dislexia

James Bauer - Terapeuta Ocupacional, Mestre em desenvolvimento humano, disléxico

Minneapolis - Minnesota



• Dyslexia Internatinal Tools Technology - DITT

Judith Sanson - Diretora Executiva e Diretora da UNESCO - Bruxelas



• Centro de pesquisa infantil da Swansea University

Ângela Fawcett – Diretora, Fonoaudióloga, Pesquisadora, autora de livros - Inglaterra



• Maharashtra Associação de Dislexia

Kate Kurawalla – Presidente, Global Partner – IDA - Mumbai - Índia



• Dyslexia Association of Singapore

Robin Mozelei - Diretor Executivo, Global Partner - IDA - Singapura



• Centro de Avaliação e de Aprendizagem de crianças

Gad Elbraheri - Diretor executivo, Global Partner - IDA - Safat-Kuwait



• Pro Futuro Latvia

Eva Birzniece – Presidente, Global Partner - IDA - Latvia



• European Dyslexia Association – EDA – Inglaterra





Algumas Instituições Nacionais Apoiadoras da Dislexia:







• Ação da Cidadania Comitê Betinho

• Associação Brasileira de Déficit de Atenção – ABDA

• Associação Brasileira de Neurologia, Psiquiatria Infantil e Profissões Afins – ABENEPI

• Associação Brasileira de Psicopedagogia – ABPp

• Associação de Apoio em Dislexia e Discalculia

• Associação de Pais e Amigos de Disléxicos - APAD

• Associação Nacional de Dislexia - AND

• Clínica VITAE

• Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Federal de São Paulo

• Externato Nossa Senhora Menina

• Instituto Criança Cidadã – ICC

• Laboratório de Investigação Fonoaudiológica em Processamento Auditivo do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da USP

• Medicina do Comportamento

• Pós-Graduação em saúde e Educação do Instituto CEFAC

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Então, como diagnosticar a dislexia?

Diagnóstico

Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes que seja feito um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, mas não confirmam a dislexia. Os mesmos sintomas podem indicar outras síndromes neurológicas ou comportamentais.
Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve-se procurar ajuda especializada.
Uma equipe multidisciplinar formada por: Psicóloga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clínica deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista, Otorrinolaringologista e outros, conforme o caso.A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de AVALIAÇÃO DIFERENCIAL MULTIDISCIPLINAR.

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

COMO É A VIDA DE UMA PESSOA COM DIS...

PORQUÊ, SOMOS DIS !!!

Saiba , que entendo muito bem , quando vc fala (mal sabem eles o que tenho de fazer para chegar ate onde cheguei.... ´´e horrivel para mim. Agora vou ter que enfrentar um exame da ordem. Nao sei se mostro que sou dislexica ou nao para fazer a prova. Tenho que decidir, gostaria que vcs me orientasse o que devo fazer) vou te dar varias razões, para você não esconder que é dislexica, e outras tantas mais para você se cuidar e se respeitar em quanto há tempo. Seja quem você realmente é !!! Não seja preconceituosa com você mesma , como eu fui, por pura falta de conhecimento , coisa que você já tem.
e o mais importante ...tem a conciência dos seus direitos como cidadã. O meu conselho é: exerçar seus direitos e cumpra seus deveres, como ser pensante e atuante na nossa sociedade.

como vc sabe , também sou dislexica, mas só tive conciência do que estava acontecendo comigo, depois que ...já tinha meu emocional todo comprometido.
E mesmo assim , tive que passsar por mentirosa, pois já havia passado em um concurso publico, atuava como professora alfabetizadora e estava fazendo uma graduação em pedagogia. E te digo ...só eu e deus, sabia o que eu escondia !!!
Vivi toda minha vida com medo, e com vergunha , quando alguèm percebia meus erros ortograficos ,minha total incapacidade de escrever ao mesmo tempo que outra pessoa falava, não consiguia anotar as informações.
Com tudo isto, fui desfaçando para conseguir viver neste mundo letrado!!!
Até que minha mente e meu corpo , não suportou o estress!!! E tudo ficou encontrolavel, entrei em um processo de depressão, ansiedade e hiperatividade , altissimo.
Foi quando , fui em busca de ajuda medica. Sem saber o que eu escondia...os profissionais de saúde, se desdobraram em busca de explicações para o meu estado de saúde. Cada um chegou a um diagnostico conclusivo.
O psiquiatra, depressão e asiedade, que deveria ser trabalhada com terapia e medicação. A psicologa, hiperatividade causada por meu comportamento obcessivo de perfeição, e fata de confiança, deveria tentar me concentrar melhor no presente. O reumatologista, para ele eu estava com fibromialgia e outras coisas, causadas pelo estress, elevado, seria necessario procurar auternativas de relaxamento, e medicação. Fiz , hidroterapia, acupuntura, rpg , caminhada, cessão de relaxamento mental, com os psicologos, participei de programas para levantar minha auto-estima. Mais nada adiantava...tive outros sintomas, como gagueira, que foi trabalhado com a fonaldiologa. Labirintite, refluxo, que foram tratados por medicos da aréa, especialistas.
Depois tive problemas na visão, ai foi que tudo se entrelaçou, o oftalmologista , pedio um exame para descartar , adivinha o que?
Esclerose multipla....ai na resomância deu possitivo!!! E tudo levava a crer, neste diagnostico, quando se juntava tudo o que estava acontecendo com o meu corpo!!!
Pensa que acabou por ai!!?? Não! Tudo só estava recomeçando...
Mas paralelo a tudo isto, que vinha se passando, eu não parei de estudar, herá ponto de hora!!Para mim!! Fiquei de licença do trabalho , para tratamento, e ainda tive que enfrentar a doença da minha mãe que estava com o diagnostico de câncer. E meus filhos confusos e em plena adolecência. Eu estava completamente perdida!!!! Sem estrutura emocional, e sem controle cognitivo, esquecia as coisas , chorava muito,comecei a escrever e ler com muito mais dificuldades , já estava saindo da realidade, que me parecia um pesadelo!!
Mas, como uma boa dislexica, até então sem saber, não deixei de lutar contra o mundo. E quando estava fazendo minhas pesquisas para o trabalho do tcc, para conclusão do curso de graduação em pedagogia, sobre o tema que mais mim encomodava, os erros ortograficos em sala de aula e a visão do professor, quanto os problemas de aprendizagem. Por acaso, entrei no site da associação brasileira de dislexia, e quando estava lendo um depoimento de um dislexico adulto!!! O chão se abriu e o céu também...e as coisas foram tendo sentido, minha vida tava fazendo sentido. Eu estava diante , de uma explicação para a minha total "burrice"!!! Diante dos meus maiores medos, das minhas grandes vergunhas, das minhas piores dificuldades, e de tudo o que eu fazia questão de esconder, que erá a minha incompetência, diante do desafio de ler e escrever!!!
Mas o que eu julgava ter diante de me, toda solução para explicar todos as minhas angustias, sem fundamento , porquê , agora haveria uma razão. Senti meu esprírito leve, despreoculpado, pensei, agora não vou mais ter que mentir , tenho que revelar o meu maior segredo, e só atravez desta revelação serei liberta do medo, da vergunha, desta vida prisioneira da culpa de ser o que eu herá!!!
Bem , caros colegas, as coisas não foram, e não são tão faceis deste jeito que pensei...todos os profissionais de saúde que estavam , cuidando do meu equilibrio, duvidaram da minha verdade. Passaram a olhar , para me, como se eu estevesse, louca...e se perguntavam!!???
E questionavam, como eu tinha dislexia e tinha chegado onde cheguei sem ajuda!!??? Como eu saberia ler e escrever !!??? Porquê, e como poderia ter escondido isto!!!?? Bem , as respostas para estas perguntas, só eu e deus sabe o que tive que fazer,e tive que reunir forças,buscar conhecimento para meus argumentos e levanta uma quantia em dinheiro, para ir até são paulo, o unico lugar , onde teria profissionais seguramente competêntes para fazer o diagnostico, porquê todos os outros se mostravam completamente impossibilitados para assinar um laudo fechado de um diagnostico sobre dislexia.
E neste exato momento , luto contra todos os mesmos, sentimentos e há todos os mesmos pré-conceitos. E tenho que usar os mesmos meios para continuar sobrevivendo. Mas com uma diferênça fundamental,hoje já não tenho tanta vergonha de escrever errado, entendi que isto não mim tira o direito de ser respeitada e que sou competente e capaz .
Imagina ser ...professora alfabetizadora, pedagoga e atualmente estou fazendo pós- de psicopedagogia. Se tenho dificuldades...claro!! Se vejo discriminação nos olhos de muitos ...simmm!!! Fui aposentada pelo governo do distrito federal, por razões óbvias, que já não tenho forças para questionar.

Mas o que mais importa é que dessidi ir á luta, por mim e por nós!!

Quero que todo disléxico assuma sua condição, não somos doentes para procurar há cura...devemos ir a procura do entendimento do nosso ser pensante e atuante , diante desta sociedade letrada e preconceituosa.

Abjncrção!
Elizabete aguiar.
Perfil profissional:
Profª Elizabete M. Rodrigues R. da R. Aguiar.
Graduada em Pedagogia – UNB.
Especialização em Psicopedagogia Reeducativas Clínica e Institucional –UniEvangelica
Especialista e Neuropedagogia e Psicanálise – FTB.
Dir. Adm. Adjunta da Associação de Psicopedagogia – ABPp- Seção BRASÍLIA.
Profª da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal – GDF.
Consultoria e Assessoria em Psicoeducação.