O Desenvolvimento Neurológico e a Aprendizagem na Infância. Aspectos Neuromotores, Cognição e Estimulação
DESENVOLVIMENTO
“As transformações globais que, incluindo o crescimento (pondo-estatural), a maturação e os aspectos psicológicos, conduzem a adaptações cada vez mais flexíveis”. (Degenszjan, 2002)
NEUROBIOLOGIA DA APRENDIZAGEM
Sua divisão em partes tem um significado exclusivamente didático, pois as várias partes estão intimamente relacionadas do ponto de vista morfológico e funcional.
Ele pode ser dividido em partes, levando-se em conta critérios anatômicos, embriológicos e funcionais.
NEUROBIOLOGIA DA APRENDIZAGEM
NEURÔNIOS
100 bilhões aproximadamente
Cada neurônio cerebral – 60 mil sinapses
Cada neurônio cerebelar – 150 mil sinapses
Cada sinapse – até 100 mil impulsos por segundo (Riesgo, 2006)
CÉLULAS DO SISTEMA NERVOSO
As unidades celulares do sistema nervoso são os neurônios e a neuroglia ou glia. Os neurônios são as unidades funcionais e responsáveis pela condução do impulso. As células da neuroglia proporcionam suporte, reparação e proteção aos neurônios.
Células Nervosas
Morfologia relativamente simples
Aproximadamente 1000 tipos diferentes, mas com arquitetura básica comum
A complexidade do comportamento depende menos da especialização das células nervosas e mais dos circuitos neurais desenvolvidos
SISTEMA NERVOSO CENTRAL: PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO
O Sistema Nervoso funciona como um processador de informações. Estas chegam ao organismo, veiculadas por diversas formas de energia.
Potencial Sináptico – os neurotrasmissores liberados na fenda sináptica entram em contato com receptores específicos na membrana pós-sináptica transformar a energia química em energia elétrica mudando o potencial de repouso da célula.
NEUROTRANSMISSORES
Sistema dopaminérgico correlacionado aos mecanismos de recompensa e de regulação da resposta motora.
Sistema noradrenérgico controla o estado de alerta, a atenção, orientações seletivas e estimulação sensorial.
APRENDIZADO E MEMÓRIA
Informação conhecida – SNC – gera uma lembrança (memória)
“ (...) para a aprendizagem se efetivar, é
necessário levar em conta o aluno em sua
totalidade, retomando a questão do aluno
como um sujeito socio-cultural, aceitando que sua
cultura, seus sentimentos, seu corpo, que são
mediadores no processo de ensino e
aprendizagem.” (DAYRELL, 1999).
APRENDIZAGEM
INTEGRIDADES BÁSICAS
Três níveis de funções
Psicodinâmicas: controle e integridade psicoemocional
S.N.Periférico: receptores sensoriais
S.N.Central: armazenamento, elaboração e processamento da informação
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
Diagnósticos que “rotulam” e interferem na dinâmica da criança.
Desgaste da estrutura familiar e falta de credibilidade nos profissionais efetivamente especializados.
DESENVOLVIMENTO NORMAL
Desenvolvimento físico, sensorial, motor, social, da comunicação e cognitivo
TRÊS PROBLEMAS:
Tentar saber a causa da alteração do desenvolvimento
Delimitar precisamente qual o tipo de alteração do desenvolvimento
Criar as estratégias necessárias para o tratamento
TRANSTORNOS DAS HABILIDADES ESCOLARES
Achados do indivíduo em testes padronizados e individualmente administrados de leitura, matemática ou expressão escrita estão substancialmente abaixo do esperado para a sua idade, escolarização e nível de inteligência.
DISTÚRBIO DE LEITURA E ESCRITA
Aprender a ler e escrever são atividades complexas que se desenvolvem na interação social para a criança construir a escrita. Esta construção é feita pela formulação e reformulação de hipóteses, por meio de práticas discursivas, em casa ou na escola, favorecem o aprendizado da leitura e escrita.
DISLEXIA
Dificuldade na leitura e na escrita por inabilidade de associar letras com os sons que elas representam. É uma incapacidade de ler, por exemplo, compreendendo o que foi lido.
BREVE HISTÓRICO
1800 – Primeiras pesquisas
1872 – Berlim – 1a vez uso termo dislexia
1945 – Laureta Bender- pesquisas dislexia adquirida
1950 – Hallgério – dislexia específica
1970 – Vellutino – estudo da lingüística
1990 – estudos de aspectos genéticos
DISLEXIA DO DESENVOLVIMENTO
Distúrbio neurológico de origem congênita que acomete crianças com potencial intelectual normal, sem déficits sensoriais, com suposta instrução educacional apropriada, mas que não conseguem adquirir ou desempenhar satisfatoriamente a habilidade para leitura e ou escrita.
(Word Federation of Neurology, 1968)
DISLEXIA
Associação Internacional Dislexia (2002) – define a dislexia como: “distúrbio específico de linguagem, constitucional (neurológico), de origem genética, caracterizado pela dificuldade de decodificar palavras simples, resultando em problemas como dificuldade de leitura e de aquisição de linguagem, além de falhas na capacidade de ler e soletrar”.
DISLEXIA
Transtorno de leitura, em que a comunicação escrita está comprometida, podendo estar afetado também: o cálculo; a linguagem oral; a atenção; a memória e a integração perceptivo-motora. (DSM IV-TR, 2000)
DISLEXIA NO BRASIL
Testes inadequados são utilizados
Critérios diagnósticos não são apropriados
Profissionais não especializados
ETIOLOGIA DAS DISLEXIAS
Risco genético
“...a dislexia é de origem familial quando presente em cerca de 35% a 40% dos parentes de primeiro grau são afetados e herdada quando ocorre hereditariedade em 50% dos afetados de uma mesma família.”
Base genética:
Cromossomos 2, 3, 6, 12,15 e 18 e gene KIAA0319
Transmissão autossômica dominante
ETIOLOGIA DAS DISLEXIAS
Base neurológica:
Discrepância bilateral no tamanho do plano temporal;
Deficiência no desenvolvimento da dominância do hemisfério esquerdo;
Anormalidades citoarquitetônicas no plano temporal esquerdo – migração dos neurônios – dano fetal.
BASE NEUROLÓGICA DA DISLEXIA
Malformações corticais e subcorticais (metade da gestação) – problemas de migração celular
Áreas de processamento fonológico
(região têmporo-occiptal e corpo geniculado lateral e medial)
DISLEXIAA dificuldade central do quadro seria reflexo de uma deficiência dentro de um componente específico do sistema de linguagem, o módulo fonológico, que é responsável pelo processamento dos sons e da fala.
ETIOLOGIA DAS DISLEXIAS
Anomalias de migração celular que afetam a região perisilviana – hemisfério esquerdo;
Diferenças anatômicas nos cérebros de indivíduos do sexo masculino e feminino quanto a: simetria do plano temporal; anomalias de desenvolvimento do córtex cerebral e do corpo geniculado lateral e medial; ectopias; microgiria (região pré-frontal inferior), região subcentral, região parietal, giro angular e supramarginal, giro temporal posterior e superior e região têmporo-occipital.
DISLEXIA
1- giro temporal superior posterior (área de Wernicke).
2- giro angular (área 39 de Brodmann).
3- córtex estriado (área 17 de Brodmann).
4- giro frontal inferior (área de Broca).
5- marginalmente, as áreas 46, 47 e 11 de Brodmann
SINAIS
atraso no desenvolvimento fala e linguagem;
histórico familiar;
dificuldades de leitura e de escrita;
não compreende o que escreve;
escrita bizarra;
confusão de letras com diferente orientação espacial (p-q, b-d);
Confusão de letras com sons semelhantes (t-d, f-v);
Inversões de sílabas ou palavras (par-pra);
Substituições de palavras com estrutura semelhante;
Omissão, adição ou repetição de letras ou sílabas;
dificuldades rimas- canções;
falta coordenação motora fina e/ou grossa;
falta coordenação mão e olho;
desatenção e dispersão;
disgrafias;
desorganização geral (tempo e espaço), desengonçado;
fraco senso de direção (dir/esq), mapas, dicionários;
ENCAMINHAMENTOS HABITUAISDiferença na ativação cerebral de áreas nos dois hemisférios entre uma criança disléxica e um leitor normal
DISLEXIA
Ian Smythe (2007):
1- “Uma dificuldade de aquisição das habilidades de leitura, e que sua origem é neurológica”.
2- “Somente através do desenvolvimento de apropriados programas de ensino individualizados (IEP) será possível apoiar o disléxico individualmente. A operacionalização por meio da definição e modelos cognitivos podem gerar uma base consistente, baseada em evidências científicas, garantindo assim uma identificação e intervenção adequada para todos os disléxicos de forma individual”.
LDB:
definição da formação mínima de professores para o exercício da educação infantil, em nível médio, na modalidade Normal (Art.º 62), em cujo currículo deve-se incluir a educação de alunos especiais.
Os educandos com necessidades educacionais especiais são os que demonstram “dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultam o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidas em dois grupos, a saber: aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica e, segundo, aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências” (Resolução n.2 de 11 de setembro de 2001, Conselho Nacional de Educação, Câmara de Educação Básica, art.5º. Ia, Ib).
TRATAMENTO
Orientações para os pais e
para a escola
Terapias Multidisciplinares
Medicamentos para as comorbidades
Dr Rubens Wajnsztejn
Telfax: (11) 4330-4487 cel: (11) 9179-6889
“Quando a gente pensa que sabe todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas”.
FONTE DE PESQUISA>:
http://www.futuroeventos.com.br/arquivos/atividades/slides_pr.htm
SEU FILHO ESTA DESMOTIVADO??
-
Como eram os seus momentos dedicados à lição de casa junto de seus
pais?Entediantes, cansativos ou, pior, uma sessão de tortura?
Essa situação não precisa ...
Há 7 anos
2 comentários:
Achei de grande valia ter conhecido este, pois vejo que tem-se de fato aumentado o interesse de trocar idéias sobre a dislexia, um assunto tão complexo ,e tão mal levado as universidades principalmente aos pedagogos em formação.
Eu, sou Fonoaudióloga e estou inciando pesquisas em crianças e adolescetes com diagnóstico de dislexia na UFAM(COMO VOLUNTÁRIA DE UM NÚCLEO-NEPPD).Caso possa mandarme publicações rescentes ,agradecerei .
BOM DIA ELISABETH,
SEJA BEM VINDA, NOSSO TRABALHO É ESCLARECER E INFORMAR TUDO E PRINCIPALMENTE SOBRE O "SER" DISLEXICO. PARA VC TER RECEBER AS PUBLICAÇÕES DIRETO NO SEU E-MAIL, É SÓ ENTRAR EM CONTATO CONOSCO NO E-MAIL:
dis.lexic@hotmail.com.
se identifique e faça seu pedido de esclarecimento
aguardo seu contato
atensiosamente.
ELIZABETE
DISLEXICOS QUEREMOS CONTATO.
Postar um comentário