junho 11, 2010

Para o tratamento da dislexia,UFRJ é eleita centro de referência nacional.


UFRJ é eleita centro de referência nacional para o tratamento da dislexia


THIAGO ETCHATZ - AGÊNCIA UFRJ DE NOTÍCIAS - CCS

agn1@reitoria.ufrj.br

Ambulatório de Transtornos da Língua Escrita ampliará sua atuação a partir de incentivo de ONG

O Instituto ABCD, braço nacional de organização não-governamental inglesa dedicada ao atendimento e ao incentivo às pesquisas na área de dislexia, elegeu o ambulatório de Transtornos da Língua Escrita da Graduação em Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina (FM/UFRJ) - localizado no Instituto de Neurologia Deolindo Couto (INDC/UFRJ) - como um dos cinco centros de referência nacional para prevenção, diagnóstico e tratamento da dislexia. Durante três anos, o instituto disponibilizará recursos financeiros e apoio técnico para a ampliação e qualificação do agora Centro de Referência de Distúrbios de Aprendizagem e Dislexia da UFRJ.


Em 2009, o recém fundado Instituto ABCD lançou edital para selecionar e fomentar cinco centros de referência do Brasil na área de distúrbios de aprendizagem e dislexia. A primeira etapa da seleção consistiu na entrega de cartas de interesses pelas entidades candidatas. Em seguida, os oito projetos aprovados foram avaliados, sem serem identificados pelo nome, pelo comitê consultivo composto pelos maiores especialistas em dislexia do mundo: Hugh Catts (University of Kansas/EUA), Linda Siegel (University of British Columbia/Canadá), Leonard Katz (University of Connecticut/EUA), Margaret Malpas (British Dyslexia Association/Reino Unido) e José Morais (Université Libre de Bruxelles/Bélgica).

Na última fase, a seleção foi realizada por um comitê consultivo brasileiro formado por profissionais de diferentes áreas como jornalistas, empresários, professores. Eles avaliaram os benefícios dos projetos diante das necessidades da sociedade. Então, no último mês de abril foram escolhidos os seguintes centros de referência: o ambulatório de Transtornos da Língua Escrita da UFRJ - única entidade de fora do estado de São Paulo - a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, a Unesp de Marília/Botucatu, o Instituto Cefac (Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica) e a Faculdade de Medicina do ABC.


O projeto

De acordo com Renata Mousinho - mestre e doutora em Linguística e coordenadora do Projeto do Centro de Referência de Distúrbios de Aprendizagem e Dislexia da UFRJ - o trabalho desenvolvido no Instituto de Neurologia Deolindo Couto atuará em cinco frentes: prevenção, diagnóstico, atendimento, apoio aos pais e capacitação de professores. “O projeto está em via de ser assinado, falta apenas uma questão burocrática entre a UFRJ e o Instituto ABCD”, diz a coordenadora.

O trabalho de prevenção é o único no qual a participação é restrita. Ele é feito junto com o Colégio de Aplicação da UFRJ (CAp/UFRJ). “Uma turma é atendida desde que entrou na escola e continuará até finalizar o curso. As crianças que apresentam risco de dislexia ou distúrbio de aprendizagem participam de oficinas de linguagem e estimulação pedagógica. Se de fato apresentam alguma dificuldade recebem o atendimento propriamente dito. Também é feito contato o tempo inteiro com os professores para orientá-los como lidar com os alunos”, explica Renata.

As demais áreas do projeto são abertas ao público, mas haverá prioridade para alunos e professores da rede pública. Segundo Mousinho, a dislexia é um problema específico de leitura. As crianças e adolescentes não conseguem relacionar o som e as letras de uma forma automática. E por causa disso possuem dificuldades escolares.

Portanto, no diagnóstico está o grande diferencial do centro de referência da UFRJ. “Teremos um primeiro momento de diagnóstico aonde são feitas avaliações interdisciplinares com neuropediatra, fonoaudiólogo, psicólogo e psicopedagogo. Depois dessa avaliação, os que realmente tiverem risco de dislexia e distúrbio de aprendizado vão passar por seis meses de estimulação pedagógica e de atuação dentro das oficinas de linguagem. Em seguida, serão reavaliados e aí sim poderemos determinar quem de fato tem risco de ser dislexo, com uma hipótese diagnóstica, pois eles terão tido um tempo de estimulação pedagógica para retirar a variável pedagógico-social”, analisa a doutora.

Ainda serão desenvolvidas ações de intervenção e acompanhamento com crianças com distúrbios de aprendizagem, em especial, dislexia da Área Programática do SUS 2.1 (que abrange bairros da orla marítima e zona sul do Rio de Janeiro, contemplando as comunidades da Rocinha e Vidigal), além da orientação dos seus pais. A capacitação de professores ocorrerá com a realização de cursos semestrais, em parceria com a Associação Nacional de Dislexia, participação em seminários, congressos e simpósios, em parceria com as “Oficinas de Leitura e Escrita” do Instituto de Psicologia da UFRJ.

“Com a ajuda do Instituto ABCD o projeto foi largamente ampliado. Até agora acontecia apenas um serviço de avaliação que era estritamente fonoaudiológica e não interdisciplinar. Antes não podíamos por falta de mão-de-obra. A prevenção já existia e será ampliado dentro do CAp. O apoio aos pais começou agora e a capacitação dos professores será ampliada. Antes só tínhamos a cada três anos esses cursos que agora serão semestrais e anuais. Teremos a possibilidade de atender mais crianças. O tempo inteiro teremos reuniões e oficinas para conversarmos entre esses cinco centros de referência nacional, além de encontros com centros mundiais que o instituto trará”, revela Renata Mousinho.



Serviço
Os interessados em participar do projeto devem ligar para o telefone (21) 3873-5609 e agendar visita para o processo de triagem. Ele é realizado as segundas e quartas-feiras, das 8h às 12h, no Serviço de Fonoaudiologia do Instituto de Neurologia Deolindo Couto (Avenida Venceslau Brás, 95, Campus da Praia Vermelha).

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Então, como diagnosticar a dislexia?

Diagnóstico

Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes que seja feito um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, mas não confirmam a dislexia. Os mesmos sintomas podem indicar outras síndromes neurológicas ou comportamentais.
Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve-se procurar ajuda especializada.
Uma equipe multidisciplinar formada por: Psicóloga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clínica deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista, Otorrinolaringologista e outros, conforme o caso.A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de AVALIAÇÃO DIFERENCIAL MULTIDISCIPLINAR.

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

COMO É A VIDA DE UMA PESSOA COM DIS...

PORQUÊ, SOMOS DIS !!!

Saiba , que entendo muito bem , quando vc fala (mal sabem eles o que tenho de fazer para chegar ate onde cheguei.... ´´e horrivel para mim. Agora vou ter que enfrentar um exame da ordem. Nao sei se mostro que sou dislexica ou nao para fazer a prova. Tenho que decidir, gostaria que vcs me orientasse o que devo fazer) vou te dar varias razões, para você não esconder que é dislexica, e outras tantas mais para você se cuidar e se respeitar em quanto há tempo. Seja quem você realmente é !!! Não seja preconceituosa com você mesma , como eu fui, por pura falta de conhecimento , coisa que você já tem.
e o mais importante ...tem a conciência dos seus direitos como cidadã. O meu conselho é: exerçar seus direitos e cumpra seus deveres, como ser pensante e atuante na nossa sociedade.

como vc sabe , também sou dislexica, mas só tive conciência do que estava acontecendo comigo, depois que ...já tinha meu emocional todo comprometido.
E mesmo assim , tive que passsar por mentirosa, pois já havia passado em um concurso publico, atuava como professora alfabetizadora e estava fazendo uma graduação em pedagogia. E te digo ...só eu e deus, sabia o que eu escondia !!!
Vivi toda minha vida com medo, e com vergunha , quando alguèm percebia meus erros ortograficos ,minha total incapacidade de escrever ao mesmo tempo que outra pessoa falava, não consiguia anotar as informações.
Com tudo isto, fui desfaçando para conseguir viver neste mundo letrado!!!
Até que minha mente e meu corpo , não suportou o estress!!! E tudo ficou encontrolavel, entrei em um processo de depressão, ansiedade e hiperatividade , altissimo.
Foi quando , fui em busca de ajuda medica. Sem saber o que eu escondia...os profissionais de saúde, se desdobraram em busca de explicações para o meu estado de saúde. Cada um chegou a um diagnostico conclusivo.
O psiquiatra, depressão e asiedade, que deveria ser trabalhada com terapia e medicação. A psicologa, hiperatividade causada por meu comportamento obcessivo de perfeição, e fata de confiança, deveria tentar me concentrar melhor no presente. O reumatologista, para ele eu estava com fibromialgia e outras coisas, causadas pelo estress, elevado, seria necessario procurar auternativas de relaxamento, e medicação. Fiz , hidroterapia, acupuntura, rpg , caminhada, cessão de relaxamento mental, com os psicologos, participei de programas para levantar minha auto-estima. Mais nada adiantava...tive outros sintomas, como gagueira, que foi trabalhado com a fonaldiologa. Labirintite, refluxo, que foram tratados por medicos da aréa, especialistas.
Depois tive problemas na visão, ai foi que tudo se entrelaçou, o oftalmologista , pedio um exame para descartar , adivinha o que?
Esclerose multipla....ai na resomância deu possitivo!!! E tudo levava a crer, neste diagnostico, quando se juntava tudo o que estava acontecendo com o meu corpo!!!
Pensa que acabou por ai!!?? Não! Tudo só estava recomeçando...
Mas paralelo a tudo isto, que vinha se passando, eu não parei de estudar, herá ponto de hora!!Para mim!! Fiquei de licença do trabalho , para tratamento, e ainda tive que enfrentar a doença da minha mãe que estava com o diagnostico de câncer. E meus filhos confusos e em plena adolecência. Eu estava completamente perdida!!!! Sem estrutura emocional, e sem controle cognitivo, esquecia as coisas , chorava muito,comecei a escrever e ler com muito mais dificuldades , já estava saindo da realidade, que me parecia um pesadelo!!
Mas, como uma boa dislexica, até então sem saber, não deixei de lutar contra o mundo. E quando estava fazendo minhas pesquisas para o trabalho do tcc, para conclusão do curso de graduação em pedagogia, sobre o tema que mais mim encomodava, os erros ortograficos em sala de aula e a visão do professor, quanto os problemas de aprendizagem. Por acaso, entrei no site da associação brasileira de dislexia, e quando estava lendo um depoimento de um dislexico adulto!!! O chão se abriu e o céu também...e as coisas foram tendo sentido, minha vida tava fazendo sentido. Eu estava diante , de uma explicação para a minha total "burrice"!!! Diante dos meus maiores medos, das minhas grandes vergunhas, das minhas piores dificuldades, e de tudo o que eu fazia questão de esconder, que erá a minha incompetência, diante do desafio de ler e escrever!!!
Mas o que eu julgava ter diante de me, toda solução para explicar todos as minhas angustias, sem fundamento , porquê , agora haveria uma razão. Senti meu esprírito leve, despreoculpado, pensei, agora não vou mais ter que mentir , tenho que revelar o meu maior segredo, e só atravez desta revelação serei liberta do medo, da vergunha, desta vida prisioneira da culpa de ser o que eu herá!!!
Bem , caros colegas, as coisas não foram, e não são tão faceis deste jeito que pensei...todos os profissionais de saúde que estavam , cuidando do meu equilibrio, duvidaram da minha verdade. Passaram a olhar , para me, como se eu estevesse, louca...e se perguntavam!!???
E questionavam, como eu tinha dislexia e tinha chegado onde cheguei sem ajuda!!??? Como eu saberia ler e escrever !!??? Porquê, e como poderia ter escondido isto!!!?? Bem , as respostas para estas perguntas, só eu e deus sabe o que tive que fazer,e tive que reunir forças,buscar conhecimento para meus argumentos e levanta uma quantia em dinheiro, para ir até são paulo, o unico lugar , onde teria profissionais seguramente competêntes para fazer o diagnostico, porquê todos os outros se mostravam completamente impossibilitados para assinar um laudo fechado de um diagnostico sobre dislexia.
E neste exato momento , luto contra todos os mesmos, sentimentos e há todos os mesmos pré-conceitos. E tenho que usar os mesmos meios para continuar sobrevivendo. Mas com uma diferênça fundamental,hoje já não tenho tanta vergonha de escrever errado, entendi que isto não mim tira o direito de ser respeitada e que sou competente e capaz .
Imagina ser ...professora alfabetizadora, pedagoga e atualmente estou fazendo pós- de psicopedagogia. Se tenho dificuldades...claro!! Se vejo discriminação nos olhos de muitos ...simmm!!! Fui aposentada pelo governo do distrito federal, por razões óbvias, que já não tenho forças para questionar.

Mas o que mais importa é que dessidi ir á luta, por mim e por nós!!

Quero que todo disléxico assuma sua condição, não somos doentes para procurar há cura...devemos ir a procura do entendimento do nosso ser pensante e atuante , diante desta sociedade letrada e preconceituosa.

Abjncrção!
Elizabete aguiar.
Perfil profissional:
Profª Elizabete M. Rodrigues R. da R. Aguiar.
Graduada em Pedagogia – UNB.
Especialização em Psicopedagogia Reeducativas Clínica e Institucional –UniEvangelica
Especialista e Neuropedagogia e Psicanálise – FTB.
Dir. Adm. Adjunta da Associação de Psicopedagogia – ABPp- Seção BRASÍLIA.
Profª da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal – GDF.
Consultoria e Assessoria em Psicoeducação.