fevereiro 16, 2009

Lince de Boquinhas


A indicação da coleção JOGOS DE BOQUINHAS é para crianças/adultos em fase de desenvolvimento compatível com a alfabetização, ou aqueles que desejam aperfeiçoar suas habilidades iniciais da leitura e escrita. Sua aplicabilidade pode se estender ao uso domiciliar, clínico ou escolar.



O jogo LINCE é encontrado em muitas versões e fabricantes e tem sido utilizado para desenvolver habilidades relacionadas aos processamentos visuoespaciais, necessários à aquisição da leitura e escrita.

A autora do Método das Boquinhas, Renata Jardini, desde 1980, tem se servido desse jogo para avaliar e estimular crianças e adultos que apresentam alterações de aprendizagem. Essa avaliação, embora informal, tem contribuído de maneira prática e eficiente à clínica fonoaudiológica, psicopedagógica e aos educadores de uma maneira em geral e foi descrita no livro Passo a Passo do Método das Boquinhas (Jardini, 2005).



Objetivos do jogo:

Desenvolver habilidades de percepção, análise e síntese, figura/fundo e processamento visuoespacial.

Desenvolver lateralidade.

Desenvolver a consciência fonêmica e fonoarticulatória.

Desenvolver a soletração.

Desenvolver comunicação sensorial – mímica.

Desenvolver expressão gráfica – desenho.

Desenvolver linguagem verbal – categorizações semânticas.

Desenvolver habilidades de leitura.

Desenvolver habilidades de escrita.



Conteúdo:

Um tabuleiro com 140 figuras e as mesmas em peças individuais.

Um quadro de todas as Boquinhas (articulemas) e suas respectivas letras (grafemas), que podem auxiliar na escrita da palavra toda.



Recomendações:

Idade: a partir de 4 anos.

Participantes: individual ou até 4 participantes.

Uso domiciliar, clínico ou escolar.



Como jogar:

A seguir serão apresentadas 20 maneiras de se jogar o LINCE DAS BOQUINHAS, que vão aumentando o nível de complexidade e, portanto, devem ser adequados àquelas crianças de escolaridade maior. Os objetivos de cada maneira serão descritos abaixo.



1- Percepção visual e nomeação de figuras. Encontrar no tabuleiro uma figura sorteada aleatoriamente. Falar o nome da figura.

2- “Dicas”. Encontrar no tabuleiro uma figura, por meio de suas “dicas”, suas características. Ex.: Serve para sentarmos = /cadeira/. Deve-se priorizar “dicas” esclarecedoras do objeto, que remetam à sua função.

3- Soletração. Encontrar no tabuleiro uma figura, a partir da soletração de seu nome. Por análise (um soletra a palavra sorteada para o outro descobri-la) ou por síntese (um descobre a palavra que o outro soletrou). Ex.: Análise: /o-vê-e-éle-agá-a/ e Síntese = /ovelha/. Na soletração diz-se o nome das letras e não o seu som.

4- Coordenadas. Encontrar no tabuleiro uma figura, a partir de suas coordenadas (linha/coluna), como no jogo batalha naval - Ex.: L8 = /jacaré/.

5- Coordenadas em movimento. Encontrar no tabuleiro uma figura, partindo-se da figura anteriormente descoberta, recebendo duas coordenadas que envolvam cima/baixo e direita/esquerda. Ex.: a partir de /jacaré/, sobe duas casas e vira à esquerda quatro casas = /cachorro/.

6- Mímica. Encontrar no tabuleiro uma figura, a partir de sua representação gestual = mímica. Priorizar linguagem gestual que envolva ações, ou seja, verbos aplicáveis àquele objeto.

7- Primeira sílaba e categoria semântica. Encontrar no tabuleiro uma figura, a partir de sua primeira sílaba e uma dica semântica. Ex.: fruta vermelha que começa com /mo/ = /morango/.

8- Boquinhas de vogais e categoria semântica. Encontrar no tabuleiro uma figura, a partir da consciência fonêmica e fonoarticulatória (Boquinhas) de suas vogais e uma dica semântica. Ex.: animal com as vogais /e-e-ã-e/ = /elefante/. Pode ser usado como apoio, o quadro de Boquinhas, ou a escrita da palavra.

9- Boquinhas de consoantes e categoria semântica. Encontrar no tabuleiro uma figura, a partir da consciência fonêmica e fonoarticulatória (Boquinhas) de suas consoantes e uma dica semântica. Ex.: animal com as consoantes /t-c-n/= /tucano/. Pode ser usado como apoio, o quadro de Boquinhas, ou a escrita da palavra.

10- Elaboração de frase oralmente. Encontrar no tabuleiro duas ou três figuras, a partir de uma frase formada, oralmente, com essas figuras. Ex.: O menino não usa mais chupeta porque já sabe usar o lápis. Figuras: /menino – chupeta - lápis/.

11- Categorias semânticas. Encontrar no tabuleiro outros objetos de mesma categoria semântica do objeto sorteado. Ex.: sorteia-se /gato/ = animais, procura-se = coelho, elefante, cachorro, vaca, etc.

12- Memória visual. Encontrar no tabuleiro, em sequência, seis figuras (ou menos que seis, caso a criança seja muito pequena) vistas e memorizadas.

13- Memória auditiva. Encontrar no tabuleiro, em sequência, seis figuras (ou menos que seis, caso a criança seja muito pequena), tendo ouvido e memorizado seus nomes.

14- Desenho. Encontrar no tabuleiro uma figura a partir de seu desenho, feito em folha separada, sob cópia e observação visual. Não vale “colar” o desenho. Explorar detalhes.

15- Movimento sacádico de olhos (direita e esquerda). Nomear a primeira e a última figura de cada linha, sem ater-se às figuras internas. Repetir para todas as linhas do tabuleiro.

16- Elaboração de “dica” por escrito. Encontrar no tabuleiro uma figura, escrevendo uma “dica” desse objeto. Priorizar “dicas” que remetam à sua função, ou características marcantes. Ex: Animal grande que tem uma tromba = /elefante/.

17- Leitura de frase da “dica” do objeto. Encontrar no tabuleiro a figura descrita na “dica” anteriormente dada.

18- Verbos. Encontrar a figura a partir de 3 verbos (ações) que sejam aplicáveis àquele objeto. Ex.: servir água, quebrar, lavar = /jarra/.

19- Adjetivos. Encontrar a figura a partir de 3 adjetivos ou locuções adjetivas (qualidades) que sejam aplicáveis àquele objeto. Ex.: gelado, tem casquinha, é de fruta = sorvete.

20- Boquinhas. Quando sortear uma Boquinha, pronunciá-la (articulema), ouvir seu som (fonema) e encontrar no tabuleiro sua letra (grafema). Dar 3 palavras iniciadas com essa letra.

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Então, como diagnosticar a dislexia?

Diagnóstico

Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes que seja feito um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, mas não confirmam a dislexia. Os mesmos sintomas podem indicar outras síndromes neurológicas ou comportamentais.
Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve-se procurar ajuda especializada.
Uma equipe multidisciplinar formada por: Psicóloga, Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clínica deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista, Otorrinolaringologista e outros, conforme o caso.A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de AVALIAÇÃO DIFERENCIAL MULTIDISCIPLINAR.

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

PORQUÊ.... SOMOS DIS !??

COMO É A VIDA DE UMA PESSOA COM DIS...

PORQUÊ, SOMOS DIS !!!

Saiba , que entendo muito bem , quando vc fala (mal sabem eles o que tenho de fazer para chegar ate onde cheguei.... ´´e horrivel para mim. Agora vou ter que enfrentar um exame da ordem. Nao sei se mostro que sou dislexica ou nao para fazer a prova. Tenho que decidir, gostaria que vcs me orientasse o que devo fazer) vou te dar varias razões, para você não esconder que é dislexica, e outras tantas mais para você se cuidar e se respeitar em quanto há tempo. Seja quem você realmente é !!! Não seja preconceituosa com você mesma , como eu fui, por pura falta de conhecimento , coisa que você já tem.
e o mais importante ...tem a conciência dos seus direitos como cidadã. O meu conselho é: exerçar seus direitos e cumpra seus deveres, como ser pensante e atuante na nossa sociedade.

como vc sabe , também sou dislexica, mas só tive conciência do que estava acontecendo comigo, depois que ...já tinha meu emocional todo comprometido.
E mesmo assim , tive que passsar por mentirosa, pois já havia passado em um concurso publico, atuava como professora alfabetizadora e estava fazendo uma graduação em pedagogia. E te digo ...só eu e deus, sabia o que eu escondia !!!
Vivi toda minha vida com medo, e com vergunha , quando alguèm percebia meus erros ortograficos ,minha total incapacidade de escrever ao mesmo tempo que outra pessoa falava, não consiguia anotar as informações.
Com tudo isto, fui desfaçando para conseguir viver neste mundo letrado!!!
Até que minha mente e meu corpo , não suportou o estress!!! E tudo ficou encontrolavel, entrei em um processo de depressão, ansiedade e hiperatividade , altissimo.
Foi quando , fui em busca de ajuda medica. Sem saber o que eu escondia...os profissionais de saúde, se desdobraram em busca de explicações para o meu estado de saúde. Cada um chegou a um diagnostico conclusivo.
O psiquiatra, depressão e asiedade, que deveria ser trabalhada com terapia e medicação. A psicologa, hiperatividade causada por meu comportamento obcessivo de perfeição, e fata de confiança, deveria tentar me concentrar melhor no presente. O reumatologista, para ele eu estava com fibromialgia e outras coisas, causadas pelo estress, elevado, seria necessario procurar auternativas de relaxamento, e medicação. Fiz , hidroterapia, acupuntura, rpg , caminhada, cessão de relaxamento mental, com os psicologos, participei de programas para levantar minha auto-estima. Mais nada adiantava...tive outros sintomas, como gagueira, que foi trabalhado com a fonaldiologa. Labirintite, refluxo, que foram tratados por medicos da aréa, especialistas.
Depois tive problemas na visão, ai foi que tudo se entrelaçou, o oftalmologista , pedio um exame para descartar , adivinha o que?
Esclerose multipla....ai na resomância deu possitivo!!! E tudo levava a crer, neste diagnostico, quando se juntava tudo o que estava acontecendo com o meu corpo!!!
Pensa que acabou por ai!!?? Não! Tudo só estava recomeçando...
Mas paralelo a tudo isto, que vinha se passando, eu não parei de estudar, herá ponto de hora!!Para mim!! Fiquei de licença do trabalho , para tratamento, e ainda tive que enfrentar a doença da minha mãe que estava com o diagnostico de câncer. E meus filhos confusos e em plena adolecência. Eu estava completamente perdida!!!! Sem estrutura emocional, e sem controle cognitivo, esquecia as coisas , chorava muito,comecei a escrever e ler com muito mais dificuldades , já estava saindo da realidade, que me parecia um pesadelo!!
Mas, como uma boa dislexica, até então sem saber, não deixei de lutar contra o mundo. E quando estava fazendo minhas pesquisas para o trabalho do tcc, para conclusão do curso de graduação em pedagogia, sobre o tema que mais mim encomodava, os erros ortograficos em sala de aula e a visão do professor, quanto os problemas de aprendizagem. Por acaso, entrei no site da associação brasileira de dislexia, e quando estava lendo um depoimento de um dislexico adulto!!! O chão se abriu e o céu também...e as coisas foram tendo sentido, minha vida tava fazendo sentido. Eu estava diante , de uma explicação para a minha total "burrice"!!! Diante dos meus maiores medos, das minhas grandes vergunhas, das minhas piores dificuldades, e de tudo o que eu fazia questão de esconder, que erá a minha incompetência, diante do desafio de ler e escrever!!!
Mas o que eu julgava ter diante de me, toda solução para explicar todos as minhas angustias, sem fundamento , porquê , agora haveria uma razão. Senti meu esprírito leve, despreoculpado, pensei, agora não vou mais ter que mentir , tenho que revelar o meu maior segredo, e só atravez desta revelação serei liberta do medo, da vergunha, desta vida prisioneira da culpa de ser o que eu herá!!!
Bem , caros colegas, as coisas não foram, e não são tão faceis deste jeito que pensei...todos os profissionais de saúde que estavam , cuidando do meu equilibrio, duvidaram da minha verdade. Passaram a olhar , para me, como se eu estevesse, louca...e se perguntavam!!???
E questionavam, como eu tinha dislexia e tinha chegado onde cheguei sem ajuda!!??? Como eu saberia ler e escrever !!??? Porquê, e como poderia ter escondido isto!!!?? Bem , as respostas para estas perguntas, só eu e deus sabe o que tive que fazer,e tive que reunir forças,buscar conhecimento para meus argumentos e levanta uma quantia em dinheiro, para ir até são paulo, o unico lugar , onde teria profissionais seguramente competêntes para fazer o diagnostico, porquê todos os outros se mostravam completamente impossibilitados para assinar um laudo fechado de um diagnostico sobre dislexia.
E neste exato momento , luto contra todos os mesmos, sentimentos e há todos os mesmos pré-conceitos. E tenho que usar os mesmos meios para continuar sobrevivendo. Mas com uma diferênça fundamental,hoje já não tenho tanta vergonha de escrever errado, entendi que isto não mim tira o direito de ser respeitada e que sou competente e capaz .
Imagina ser ...professora alfabetizadora, pedagoga e atualmente estou fazendo pós- de psicopedagogia. Se tenho dificuldades...claro!! Se vejo discriminação nos olhos de muitos ...simmm!!! Fui aposentada pelo governo do distrito federal, por razões óbvias, que já não tenho forças para questionar.

Mas o que mais importa é que dessidi ir á luta, por mim e por nós!!

Quero que todo disléxico assuma sua condição, não somos doentes para procurar há cura...devemos ir a procura do entendimento do nosso ser pensante e atuante , diante desta sociedade letrada e preconceituosa.

Abjncrção!
Elizabete aguiar.
Perfil profissional:
Profª Elizabete M. Rodrigues R. da R. Aguiar.
Graduada em Pedagogia – UNB.
Especialização em Psicopedagogia Reeducativas Clínica e Institucional –UniEvangelica
Especialista e Neuropedagogia e Psicanálise – FTB.
Dir. Adm. Adjunta da Associação de Psicopedagogia – ABPp- Seção BRASÍLIA.
Profª da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal – GDF.
Consultoria e Assessoria em Psicoeducação.